Capítulo 3

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Será que isso é mesmo possível?

Será que eu poderia ser...


Meu coração estava disparado. Eu não sei se devo ter esperanças, mas, desejo que tenho guardado dentro de mim estava quase me elouquecendo. Eu quero, quero de todo o meu coração ser a sua companheira, mas... E se não for? Não sei por que, mas me destrói por dentro só de pensar nessa possibilidade.

Eu não tenho mais duvidas, estou completamente apaixonada por Hector. É ele que faz meu coração disso disparar igual louco quando está ao meu lado. Mesmo que eu não saiba o motivo que me impediu de senti a ligação entre Hector e eu deste no momento que o vi, meu amor por ele responde todas as minhas dúvidas. E aquele medo que eu sentia, que ainda sinto, a partir do momento que eu encontrá-lo novamente, e ficar cara a cara com ele, tenho a plena certeza que desaparecerá como fumaça. Mas, não sei na onde ele está neste momento, nem sei se ele vai poder chegar a tempo na festa. Eu queria poder vê-lo e olhar bem fundo nos seus olhos para poder descobrir com sinceridade se ele tinha os mesmo sentimentos que eu.

Queria estar com ele e ficar no seu abraço quente, que me faz sentir segura e acolhida...

--Ana? Você está bem? _ perguntou Alice me retirando no mundo dos sonhos. Balancei a cabeça e percebi que ela me encarava estranha.

--Claro que estou bem, por que não estaria?

--É que você está fazendo algumas caretas engraçadas. _ respondeu com desconfiança.

--Que tipo de caretas?_ perguntei confusa.

--Caretas de alguém perdidamente apaixonada. _ diz e se alegrou quando me viu corar. --Eu não disse, você está caidinha para o Hector.

--Eu não sei do que está falando. _ menti e tentei não denunciar a minha expressão.

--Ah, não adianta fingi que não sabe de nada para mim Aninha. _ disse enquanto cutucava a minha bochecha. --Eu sou sua amiga e mesmo que seja pouco tempo eu ainda te conheço muito bem. Você estava pensando no seu boy agora mesmo né.

Não era pergunta mas sim como uma afirmação. Não escondi mais e sorri envergonhada.

--Pode ser que eu estava pensando nele sim, mas...

--EU SABIA!! _ respondeu eufórica.

--Calma, isso não é uma grande coisa, dúvido que não há qualquer outra garota que não faz a mesma coisa. _ sério, foi uma merda de eu pensar nisso, porque agora um sentimento estranho apertou no meu peito. Acho que seja ciúmes.

--Até parece que é igual. Você é ele além de ser tornarem um casal perfeito, estão completamente apaixonados um por outro. _ suspirou, viajando para o mundo da fantasia.

--Como você tem tanta certeza? _ perguntei desanimada. --Espera, você acha que ele também gosta de mim?

--Pode acaso você é cega? _ Me olhou chocada. --Do modo que aquele cara te encarou naquele dia no baile, fez várias meninas suspirar de inveja. Não imagina o quanto de meninas que queria te matar naquele momento. _ ela riu. --Achei legal da troca de olhar de vocês. Ele olhava para você com adoração e você o olhava com choque, que foi até engraçado. Mas isso prova como ele gosta de você, parecia que a muito tempo ele não se relacionava com uma garota. E de repente parece com você como um cachorrinho em busca da atenção da dona, e...

--Tá bom! Já entendi! _ eu a interrompi quase morrendo de vergonha, mas muito feliz por dentro. É bobeira minha, mas eu me senti aliviada e mais corajosa. Agora eu sei, quando eu encontar com o Hector poderei me declarar sem medo. Espera por mim, Hector...

--Viu, agora está sorrindo igual uma boba. _ disse Alice e depois riu.

--Chega de baboseira, não estamos já atrasadas para a festa? Então, vai se arrumar logo ou vou deixar você para trás. _ falei enquanto a empurrava para o banheiro a impedindo que me visse com as bochechas coradas.

--Tudo bem, tudo bem... Mas sabe que está conversa não acabou. Principalmente hoje que você ainda deve encontar o seu companheiro, já imagino a cara das pestes ao ver o poderoso alpha com você. _ falou já fechando a porta entrando no banheiro.

--Você já me disse isso, eu já vou avisando que ele talvez não chegue a tempo na festa. E mesmo que chegasse e se não acontecer nada entre a gente?

--Credo, tem vezes que você é muito do contra Ana. Tenta relaxa e deixa as coisas seguir o seu rumo. _ diz calmamente e eu já podia imaginar a sua cara formar uma expressão de alguém sabia. Eu ri daquilo. --Mas de verdade, espero que este amor de vocês seja verdadeiro, e mesmo que eu desconfiasse estes rumores que Hector não teria companheiro, espero que isso não prejudique vocês dois.

--Eu também espero. _ murmurei baixinho.

Depois daquele conversa, Alice rapidamente terminou de se arrumar. Tudo pronto, voltamos para a sala e encontramos a sua mãe costurando alguma roupa. Ela olhou para nós e sorriu. Alice foi até nela e despediu com um beijo na bochecha. Eu também me despedi com um aceno, depois disso saimos da casa indo na direção do centro da alcatéia. No entanto, até que não era muito longe da casa de Alice, em poucos minutos já estávamos lá.

Não permaneci por muito tempo naquele lugar e foi direto na casa do alfa, Alice decidiu ficar do lado de fora me esperando. Os guardas já tinha o conhecimento de mim e me deixou entrar na casa, sem interrupções fui direto para o local de trabalho do alfa.

Quando cheguei no grande cômodo, encontrei o Jorge em cima da mesa assinando alguns papéis. Quando entrei na sala sua atenção foi voltada a mim e quando me reconheceu sorriu brilhamente.

--Ana, finalmente você veio. _ diz com entusiasmo e feliz.

--Oi Jorge. _ respondi e sorrio também. Ele se levantou da mesa e me deu um abraço de urso, o que me deixou um pouquinho desconfortável. Eu não estava acostumada a isso, mas aos poucos fui retribuindo o abraço.

--Senta-se você sentirá mais confortável. _ diz apontando para o sofá em frente da mesma. Como aquilo parecia tão confortável não pensei duas vezes e me joguei naquele sofá.

--Obrigada. E... Como anda a apresentação.

--Tudo vai ótimo, toda a alcatéia vai vir. _ com aquelas palavras eu o olhei em choque. Tantas pessoas que havia nesta alcatéia.

--Ah, que legal. _ me desanimei na hora.

--Que desânimo é esse. _ perguntou para mim percebendo o meu desânimo. Olhei para ele me lembrei da minha conversa com a Sueli. Eu realmente te no medo que na hora de me apresentar as pessoas ficam com medo e começam a acusar injustamente o Jorge e a dona Sueli.

--Desculpa, é que eu...

--Ana, não precisa se preocupar não importa o que, eu vou está com você. _ falou como se lesse a minha mente.

--Obrigada. _ agradeci com sinceridade. Mas antes que ele falasse algo porta é aberta e entra uma garota metida a besta.

--Tio que festa é essa que eu não sei que mesmo os guardas não param de cochichar. Por acaso você está querendo fazer uma festa surpresa para mim e...

--Catarina...

--Nossa, estou tão feliz que nem posso...

--Catarina. _ insistiu Jorge e finalmente conseguiu chamar a atenção daquele louca. Mas quando me viu ao lado dele, ficou toda pálida.

--Tio! O que está garota está fazendo aqui? Como essa imunda tem o direito de entrar aqui??

Minha loba 2Onde histórias criam vida. Descubra agora