Capítulo 5

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--Me desculpe Ana, eu não sabia que Catarina iria reagir deste modo. _ disse Jorge um pouco constrangido.

--Sem problemas. _ respondi com tranquilidade, eu já imaginava que isso poderia acontecer. Principalmente quando a Catarina se gabava de todos que seria a futura Luna, e agora que ela sabe que isso não será mais possível por minha causa, seria estranho se ela não sentisse ódio e não planejasse nada contra mim. --Quando a festa começa? _ perguntei desviando o assunto para não deixar o clima ainda mais tenso. E como previsto, Jorge sorriu alegre.

--Já pode está começando agora, acredito que todas as pessoas da alcatéia já estão lá fora esperando por nós. _ disse feliz mas eu já podia sentir o nervosismo me atacando novamente. Mas antes que eu pudesse dizer algo, a porta do escritório é aberto e aparece uma senhora que tinha um sorriso gentil em seu rosto.

        Na hora que dona Sueli entrou na sala, Jorge soltou um grande resmungo parecendo não entender do por que ninguém o avisar da sua chegada nem como ela pode entrar em seu escritório sem a sua permissão. Mas, toda a sua reclamação foi cortado com apenas um olhar mortal que a Sueli jogou na sua direção. Ficou calado e parecia se encolher tentando não provocar a raiva da senhora e olhando para aquele cena não pude deixar de rir, eu não tinha visto antes aquele reação do grande alfa quando a Sueli estava por perto.

--Como você está Ana? Jorge não fez nada fez nada de errado com você de novo, não é? _ perguntou olhava para mim e depois para ele.

--Não aconteceu nada Sueli. _ afirmei ainda segurando a risada.

--Ainda bem, se ele fizesse aquela burrice novamente em deixar aquela marca vermelha horrível em seu rosto, como naquele dia, desta vez eu não apenas irei repreender, eu vou matá-lo! _ disse parecendo furiosa.

--Sueli, você sabe como me arrependo disso e até hoje me sinto culpado. Não entendo porque diz isso já que sabe que eu não fazerei mais isso. _ disse magoado e um pouco de raiva também.

--Desculpa, mas é que eu acabei de ver aquela sobrinha nojenta saindo daqui e não pude de pensar que você fosse contaminado por sua falsidade e culpasse Ana novamente. _ falou com honestidade sem se importar com o rosto amargurado que o Jorge fazia. --Fazer o que, está garota teve que puxar os genes daquele pai barato e traidor.

--Por favor Sueli, não chame aquele desgraçado para nossa conversa novamente, não hoje. _ disse agora tomando coragem o suficiente para olhar furiosamente para Sueli, talvez se lembrando que foi o Roberto, seu irmão traidor que causou a morte fatal da sua esposa.

--Perdão, erro meu. _ ela confessou tristemente também se lembrando do acontecimento.

--E Sueli, Catarina não é uma garota má, apenas um pouco mimada, então não quero que você a prejudique. _ falou seriamente.

--Se você quer acreditar nisso, tudo bem, mas sugiro que você rapidamente abre bem os olhos, antes que uma faca esfaqueasse você pelas costas. _ criticou.

--Sueli!! _ ele disse assombrado, deixando a boca aberta.

--Gente! Nós não vamos mais para a tal festa? _ perguntei já me intrometida na conversa, não tendo mais paciência para suportar a discussão deles. Isso chamou a atenção deles e finalmente pararam de discutir.

--Claro que vamos filha, só vou pegar algumas rosas e já estamos saindo. _ falou Jorge correndo rapidamente para outra sala me deixando confusa no que ele queria dizer sobre pegar algumas rosas. Mas, antes de poder perguntar alguma coisa, senti mãos quentes segurarem as minhas. Olhei para o lado e vi a dona Sueli ao meu lado sorrindo para mim gentilmente.

Minha loba 2Onde histórias criam vida. Descubra agora