Capítulo 7

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Ana:

    Eu acordei com o corpo todo dolorido e fraco. Tive dificuldade para me mover, somente com muito esforço consegui fazer com que o meu corpo conseguisse ficar sentado na cama. Olhei em meu redor um pouco confusa sem saber onde eu estava, todo o lugar estava muito escuro. Provavelmente já era noite. Só depois de acostumar com a escuridão consegui ver que eu estava em meu quarto. Estranhei pois não entendi como eu fui parar no meu quarto, tudo o que me lembrava era o quando que eu estava no cemitério da minha mãe. Eu tentei recordar o que aconteceu, mas a minha cabeça estava tão dolorida e parecia que todo o meu redor estava girando, não havia condições para de eu conseguir lembrar alguma coisa agora, por isso, achei melhor de deixar isso para uma outra hora.

      Foi nessa momento que eu ouvi a porta se abrir, no primeiro instante pensei que fosse a dona Sueli, no entanto me surpreendi quando apareceu a figura de um homem. Eu o reconheci na hora e senti meu coração disparar quando meus olhos se cruzaram com o dele. Mas eu também fiquei confusa, porque ele estava aqui, não era para estar viajando?

-- Ana como você está? _ ele perguntou preocupado se  aproximando com pressa chegando até no meu lado. Eu fiquei calada somente olhando para ele como uma tola. --Está sentindo alguma dor? _ chamou minha atenção novamente enquanto dessa vez tocando
a minha testa. Foi esse toque que me trouxe de volta à realidade.

--E-eu estou bem, só um pouco cansada e tonta. _ respondi um pouco nervosa com a proximidade dele.

-- Se quiser eu posso pedi para curandeira fazer um remédio para te ajudar a recuperar as energias.

--Não é preciso, logo essa tonteira passa. _ eu respondi com um sorriso. Ele olhou para mim por alguns instante antes de balançar a cabeça.

--Tudo bem, mas se essa tontura não passar irei imediatamente chamar a curandeira para vir e te dar uma medicação amarga. _ disse com humor e desta vez foi a minha vez de concordar.

--Está bem. _ depois disso ficamos em um silêncio um pouco constrangedor, mas mesmo assim, aproveitei esse momento para dar uma olhadinha melhor em seu rosto que estava tão próximo ao meu. Reparei que havia olheiras debaixo dos seus olhos, parece que havia algo que estava o preocupando. Acabei estranhando, mas o que me deixou assustada foi quando eu vi que o seu ombro e algumas partes do seu corpo, estavam todos enfaixadas com gases.

      Entretanto o mais horrível foi
aquela mordida em seu pescoço, aquele ferimento era estava um pouco inchado e parecia ser bem profundo. Mas parecia que o ferimento foi causado por uma pessoa, no entanto quem seria capaz de conseguir que o Hector sofresse daquele jeito?

--O que aconteceu com você?? _ perguntei chocada, sendo chamado de repente também o assustou, pois também estava um pouco distraído.

--O quê? _ perguntou confuso.

--Porque você tá com uma mordida no pescoço e todo machucado? Quem te fez isso? _ perguntei olhando para ele e vi que ele me olhou com os olhos um pouco regalados.

--Você não consegue se lembrar? _disse amargamente.

--Me lembrar de que? _ ele não respondeu a minha resposta, somente apontou para o meu pescoço. Por reflexo coloquei a mão senti uma dor como uma picada, não foi preciso ter em um espelho para adivinhar que no meu pescoço também havia a mesma mordida que o dele. --Mas o que é isso?? --Como eu...

       Parei de falar quando lembranças começaram aparecer na minha mente, lembranças durante cemitério, depois a minha transformação, quando perdi o controle da minha loba. Depois disso, as lembranças começaram a ficar todas borradas, eu apenas ouvia gritos, cheiro forte de sangue e de algumas pessoas chamando meu nome em desespero, havia principalmente o desejo de sangue da minha loba.

Minha loba 2Onde histórias criam vida. Descubra agora