Capítulo 10

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Os dias passam e meu relacionamento com o Lucas começa a descer por água a baixo. Ele quer uma coisa que não posso dar...que não devemos ter. Será que é tão errado estar apaixonado pelo seu meio-irmão?

Enfim chega meu aniversário de 18 anos. Convido poucas pessoas. Inclusive a Alis vem de Chicago só para isso.

Minha mãe, junto com a mãe da Elle e dá Alis preparam o almoço. O pais cuidam da carne. Menos o Sr. Victor Lessons, ele se acha muito importante para ficar impregnado com o cheiro de fumaça. Ele está sentado, debaixo da grande macieira que tem no nosso quintal.

Eu, Alis e Elle estamos sentados.

- Juntos de novo né - fala a Alis, ela não se toca que eu e a Elle não somos mais tão amigos - Ei gente, vocês estão estranhos.

- Estranho? Eu...não, não.

- Nem eu...estou super tranquila.

O Henry a chama e ela vai ao seu encontro.

- Então - fala a Alis - vai me me contar ou vou ter que descobrir?

- A Elle está estranha...ela não fala, nem conversa mais comigo.

- Mas porque isso?

- Eu não sei.

Eu já estou aflito. O Lucas não veio com nosso pai. Será que ele não vem?

- Vamos comer - grita minha mãe - o almoço está servido.

Os adultos vão para uma mesa grande perto da macieira. Cerveja e vinho serve de bebida para eles.

Nós adolescentes, ficamos em outra mesa. Bebemos suco.

- Olha o que eu trouxe - fala o Henry me entregando uma garrafinha de metal.

- O que é isso? - pergunto.

- Vodka...vamos jogar no suco.

Não penso duas vezes e despejo o conteúdo na garrafa de suco.

- Droga Henry...você sabe que eu não bebo - fala Elle.

- Desculpa meu amor...mas eu adoro.

Todos rimos, menos a Elle. Olho para o lado e vejo que o Lucas se aproxima.

- Eu achei que você não vinha - sussurro.

- Não podia perder o aniversário de 18 anos do meu a...irmão. Tinha que entregar seu presente.

Depois do almoço, os adultos já estão um pouco alterados. Todos entram em casa e se jogam no sofá, nas cadeiras e até mesmo no tapete da sala para descansar. Até mesmo meu pai.

Passamos o resto da tarde conversando. Quando tenho a oportunidade puxo a Elle para o lado.

- Porque você está tão estranha comigo?

- Não estou estranha com você Judy.

- Ah vá...o que foi?

- Judy é que...eu sempre te apoiei...não vejo problema em você ser gay...mas você se relacionar com o seu irmão? Isso é errado e você sabe disso.

- É por isso que você está distante?

- Muitas pessoas já sabem Judy...elas comentam.

- Quer dizer que você vai trocar nossa amizade por eles?

- Não, claro que não...só resolva tudo, tá bem?

Balanço a cabeça.

- Grande consideração Mariellen.

- Desculpa Judy...acho que já tá na hora de irmos.

Elle abre a bolsa e me entrega uma caixinha.

- Feliz aniversário Judy - ela dá um beijo no meu rosto e vai embora.

A Alis logo vai também. Ela me dá uma coleção de livros.

- Cinquenta Tons de Cinza, Alissa?

- Sim...eu aprendi muitas coisas com esses livros - ela fala piscando.

Eu começo a rir.

- Por que você teve que ir pra tão longe - Faço biquinho.

- É a vida meu amor, pessoas vem e vão...e até já encontrei  alguns gatinhos na escola nova - ela ri - tenho que ir....PAPAI E MAMÃE VAMOS! - ela grita.

Amo essa louca.

Depois que todos vão, só fica a família. Minha mãe preparou um grande bolo de chocolate, com granulados, recheado com mais chocolate ainda.

- Isso é um presente para diabetes Angelica - fala meu pai.

Ele sorri e se aproxima de mim, me da um breve abraço, depois abre minha mão e coloca uma chave.

- Meu presente para você.

Fico com aquelas chaves não mão, os olhos arregalados.

- Um...um carro? Nossa...eu não sei o que falar...

Ele sorri orgulhoso.

- Sim...daqui a alguns meses você se forma...vai precisar se locomover até a faculdade.

- Você não acha que um carro é demais Victor? - Fala minha mãe - Deveria ter me comunicado.

- Ah Angelica...passei a vida toda do Judy sem lhe dar um presente, quero que esse seja especial.

Como se um carro fosse curar a falta que ele fez durante anos.

- Conversamos depois - termina minha mãe - esse é o meu - ela me entrega uma caixa - Não é um carro, mas é de coração.

Abro a caixa, tem um grande agasalho de lã bordado.

- Eu que fiz...é pra noites de frio.

- Que bom Dona Angelica...ele vai precisar disso pra meu presente - fala o Lucas.

O que o Lucas tem em mente? Meu pai e minha mãe o olham.

- O que você está aprontando Lucas? - meu pai pergunta.

- Vamos fazer uma viagem! - fala ele sorridente.

- O quê? Não, isso não - falo.

- É meu presente e você tem que aceitar.

- Ok, se eu por um acaso aceitar...pra onde seria?

- A casa de Veraneio da família.

- Na Carolina do Norte? - fala nosso pai.

- Sim pai, na Carolina do Norte.

- Meu Deus é do outro lado do país - fala minha mãe.

Nosso pai está de cara feia.

- Eu não quero os dois sozinhos...ainda mais tão longe.

- Pai - fala o Lucas - eu já tenho 19 e o judy tem 18...já somos bem grandinhos né?

Ele não fala nada.

- Porque vocês não vem junto? - eu falo torcendo para que eles possam ir. Ficar só com o Lucas vai ser difícil.

- Não Judy - fala o Lucas - a viagem é só nossa. Minha e sua.

Engulo em seco com suas palavras.

O Encontro do Amor - LIVRO 2 (Romance Gay)- CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora