Capítulo 18 - O Maior Amor De Todos - Parte II

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Capítulo 18 - O Maior Amor De Todos - Parte II

Narrado por Esme Cullen

Os olhos de Bella me fitavam com curiosidade, mas ao mesmo tempo com receio. Receio com o que eu estava para pedir, e receio pelo o que eu tinha para contar.

Não podia culpá-la. Não diante de tudo que estávamos fazendo-a passar, era muito mais do que qualquer ser vivo conseguiria perdoar. Mas, creio, que a palavra qualquer não se aplicava em Isabella.

E era por isso que estava fazendo exatamente o que Carlisle pediu para não fazer, e estava sentada em sua frente, preparada para lhe entregar mais um fardo maior do que suas capacidades. Mas eu confiava nela.

E no momento estava confiando mais que minha vida à ela. Estava confiando a vida da minha família.

13 de Setembro de 1831.

Noyon, Departamento de Oise. Norte da França.

Colina Maudit, Casa dos Russeau, Terceiro Quarto.

 

Não há como explicar na dor que estava sentindo. Sentia-me rasgada, acabada. Meu corpo inteiro rugia em protesto. Mas, não havia como negar. Embora, estivesse toda dolorida, não tinha como estar mais feliz.

 

Pois, tinha acabado de dar a luz ao meu primeiro filho. E não há... Não há... Dor que possa extinguir felicidade como essa. A felicidade de poder segurar seu filho nos braços, e pegar em seus pequenos dedinhos, enquanto ele dorme em um sono leve e tranquilo. Não havia NADA como isso. No meu caso era ela. Minha menininha. Minha princesinha.

 

—- Mamãe, ela não é linda, mamãe? – eu repetia eufórica, enquanto não conseguia deixar de encará-la. Era perfeita.

 

—- Sim, Esme. Ela é linda. – respondia minha mãe, com os olhos tristes.

 

Eu não conseguia entender porque tanta tristeza. Quer dizer, como poderiam estar tristes quando eu estava segurando a criatura mais maravilhosa do mundo?

 

—- Por que a senhora está triste, mamãe? – perguntei a encarando rapidamente, antes de voltar meus olhos para minha filha.

 

Minha mãe ficou em silencio, e olhou pela janela.

 

Chovia forte, e o vento estava violento. Era o pior temporal que já havia visto. Mas no momento não me importava com o temporal. Não me importava com nada. Pois, como poderia me importar?

 

Como poderia me importar, quando estava segurando a coisa mais importante do mundo?

 

—- Oh, Esme! – mamãe lamentou, enquanto me lançava um olhar agoniado.

 

Era comum nos últimos meses ver esse olhar nos olhos de minha mãe. E eu sabia muito bem por que.

 

A Bella e a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora