Capítulo 8 - Amor e Ódio

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Capítulo 8 - Amor e Ódio

"Se julgarmos o amor pela maior parte dos seus efeitos, ele assemelha-se mais ao ódio do que à amizade."
(François de La Rochefoucauld)

Eu sabia.

Sabia que beija-lo era o errado. Sabia que não deveria fazer isso. Sabia que deveria odia-lo, e teme-lo com todas as minhas forças. Mas eu simplesmente não conseguia. Como também não conseguia afastar meus lábios dos seus.

Parecia ser mais forte do que eu, mais voraz. Era como se eu não tivesse mais vontade própria, naquele momento. Como se todo meu corpo estivesse funcionando porque seus lábios estavam unidos aos meus.

Nada mais parecia importar.

Senti o oxigênio começar a faltar, mas não queria solta-lo. Porque naquele momento, ele não parecia o maníaco mascarado, ele parecia apenas o... Edward. Como se fosse outra pessoa. Uma pessoa que fazia meu chão tremer, e meu organismo entrar em festa, enquanto minha mente se desligava, e meu coração batia acelerado ao ritmo de nossas lábios.

E parecia incrivel como só de pensar em seu nome, eu me sentia eufórica. Me sentia viva.
Eu não saberia dizer se estava começando a desmaiar pela falta de ar, ou se havia morrido, e estava no céu, com anjos tocando minha boca. Apenas que a ultima coisa de que me lembro, foi de sentir seus lábios frios, beijando os meus.

Senti minhas pálpebras pesadas, e meu corpo levemente dolorido.

Especialmente meu pescoço. Parecia que tinham enfiado facas ali.

-- Que horas ela vai acordar, Alice? - era a voz de Emmett, em um murmúrio baixo, me fazendo sentir um poquinho mais acordada.

-- Ela irá abrir os olhos daqui há 5 minutos Em.

Será que ela já sabia que eu estava acordada?

Queria poder abrir os olhos, e ver o que havia acontecido. Mas ficar com eles fechados estava tão bom.

-- Certo. Estarei com Lily. Me chame a hora que ela acordar. - Emmett continuou, e logo depois ouvi o bater leve de uma porta.

Silêncio.

-- Ele já está lá em cima. - Alice murmurou. - Acho que podemos conversar agora.

-- Não temos nada para conversar Alice. - era a voz de Edward. E parecia tão perto de mim, como se eu estivesse deitada ao seu lado.

-- Negue o quanto quiser. Mas eu não sou o Emmett, e não irei cair na sua desculpa, de que apenas se descontrolou, um pouquinho, e quase a matou sufocada.

-- Mas foi exatamente isso que aconteceu. - Edward respondeu em um rosnado baixo.

-- Não adianta negar Edward. Eu vi. - ela respondeu em tom triunfante.

Edward rosnou baixo.

-- Foi por isso que ninguém veio socorrê-la, quando quase a matei sufocada?

-- Exatamente por isso. - Alice respondeu, e eu percebi que ela estava sorrindo. - Disse a todos que você não iria machucá-la. Claro que Jazz ficou na dúvida, e Emmett arranjou um xingamento para cada ano de sua idade. Mas os convenci, que ela iria ficar bem. Apenas não esperava que seu desejo de beijá-la fosse tanto, que a faria perder os sentidos por falta de ar.

E então a lembrança do beijo invadiu minha mente, como uma bala. Precisei me controlar para não ofegar, apenas por ter lembrado.

Eu não podia ter gostado. Não podia.

A Bella e a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora