Capítulo 22 - O Maior Amor de Todos - O final da história de Esme

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_Então, o menino chorando machucado era o Emmett? - perguntei incrédula e completamento submersa na história da Esme.

_Sim, era ele.

_E o pai dele fez isso com ele? - perguntei perplexa.

Eu sei, tudo em mim, cada instinto que meu corpo possuía deixava claro que eles eram monstros que matavam pessoas e bebiam seu sangue, mas não havia como não sentir a dor e a revolta da Esme junto com ela. Lembrando do que o Edward havia me contado e com o que estava sabendo agora, não tinha como não sentir empatia, não conseguia lidar com a vontade crescente de ajudar essa família.

_Infelizmente sim, Bella - confirmou Esme, com a voz triste. Estava claro que isso ainda a abalava.

Fiquei em silêncio esperando que ela terminasse, mas seu olhar ficou vago e distraído, percebi que ela estava revivendo tudo novamente, e fui tomada por uma vontade louca de abraçá-la e dizer que tudo já havia passado e que eu estaria com ela agora.

E indo contra todos os meus instintos, a abracei. E ela me abraçou. E foi bom. Foi apertado e cheio de sentimento.

Quando nos afastamos percebi que seus olhos estavam baixos e tristes, imaginei que me contar essa parte da sua vida estava custando a ela cada parcela de força que tinha.

_Você é muito doce, Bella. Você me lembra do melhor da minha família - foi um elogio acompanhando de um sorriso triste. - Enfim, continuando, pois, sei que estou me estendendo, quando descobrimos que o pai biológico de Emmett o estava machucando, foi com grande certeza que sabíamos o que teríamos que fazer.


[Flashback de Esme Cullen] 18 de Fevereiro de 1834.

Chicago, Illinois. Estados Unidos da América.

Ver aquele menino tão desesperado, tão amedrontado e machucado partiu meu coração.

Carlisle me encarou e naquele instante sabia que seus pensamentos refletiam os meus.

_Qual o seu nome? – perguntei delicadamente para o menino.

_Emmett, mas podem me chamar de Em, é como minha irmãzinha me chama. – A voz dele soou animada, quase eufórica, me surpreendeu que mesmo machucado e com medo, ele ainda demonstrava uma alegria fora do normal, mesmo para uma criança.

_Emmett, eu sou o Carlisle e está é minha mulher, Esme. – Carlisle se apresentou calmamente. – E preciso que você nos leve até a sua casa.

Os olhos de Emmett se arregalaram e a alegria foi embora.

_Não posso, senhor. Ele vai me matar se os levar até em casa. – O medo era quase palpável.

_Posso lhe garantir, Emmett, que nunca mais alguém vai lhe fazer mal. – Carlisle afirmou com segurança e um tom de promessa na voz, que mais uma vez me lembrou o motivo de ter me apaixonado por ele.

Emmett pareceu confiar em nós, pois se levantou, pegou minha mão e começou a andar.

Depois de quase 20 minutos de uma caminhada silenciosa chegamos na frente de um casebre pequeno e malcuidado, que duvidei muito que fosse sobreviver a uma tempestade.

_EMMETT, é você? É bom ter mais dinheiro dessa vez, ou vai dormir novamente na rua – eu entendi o motivo do medo do menino, a voz era grossa, desprovida de amor ou carinho.

_Ele trouxe! – respondeu Carlisle assim que a porta se abriu.

O homem parado na soleira era grande, gordo e claramente estava bêbado, não lembrava em nada o menino que segurava minha mão com força.

A Bella e a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora