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Chegamos no meu novo lar e eu tratei de ir direto fazer uma ligação para meus pais e em seguida Kiba pelo Skype. Sasuke estava do meu lado, mastigando alguma coisa desconhecida por mim.

Antes que eu perguntasse alguma coisa, uma voz vinda do Notebook em minhas mãos me chama a atenção.

Fala, baixinha. ─ sua voz era sonolenta. Me esqueci por um momento que os horários são bem diferentes.

─ Ah! Me desculpa, Kiba, liguei na hora errada.

Eu estava acordado, vendo algumas séries. Oh, quem é esse?

Seu olhar vai para meu primo, que estava concentrado no que comia e na tela do celular, mas não tardou muito para virar seus olhos e encarar meu amigo.

─ Sou o primo dela.

Nossa, você parece ser ainda mais legal de perto! Poderia cuidar da Saky por mim?

Talvez fosse impressão minha, mas acredito que Sasuke não tenha ido muito com a cara de Kiba. Balancei os ombros e calculei as horas, supondo que lá no Japão fosse duas da manhã.

─ Kibe, eu tenho que desligar, talvez eu ligue depois, ok? Vá dormir.

Não some, por favor.

Sorri confortante e me despedi dele, finalizando a chamada.

─ O que faremos agora?

─ Quer aproveitar suas últimas horas antes de iniciar uma coisa chata chamada escola?

─ Já sei! ─ deixei o notebook de lado e abri o bloco de notas do celular. ─ Vamos fazer um respostas e perguntas.

─ Perguntas e respostas?

─ Isso. Eu vou anotando no meu bloco de notas algumas coisas que você fala, e se quiser, anota o que eu falo também.

Me sento de frente para ele, cruzando as pernas, ele fez o mesmo, puxando o celular do bolso.

─ Eu começo! Data de nascimento...?

─ Vinte e três de julho. E você?

─ Daqui a três semanas, vinte e oito de março. ─ murmurei, digitando a data de nascimento dele.

─ Minha vez...cabelo natural ou não? ─ ele pergunta, sorrindo.

─ Estranhamente natural. Qual estilo de música você gosta?

─ Algumas bem clássicas, mas a maioria que eu gosto são do pop. E você?

─ Gosto do pop do nosso país de origem e alguns daqui. Você nasceu no Japão, se não me engano. ─ franzi a testa, vendo-o manear a cabeça positivamente. ─ Comida preferida?

─ Essa você sabe, lembra quando você ia brincar com o Itachi e a tia fazia uma torta inesquecível...?

─ Você mal saía daquele quarto! A única coisa que eu sabia era seu nome e que amava mais do que ninguém o tomate.

Deixei um sorriso escapar de meus lábios, tendo um momento nostálgico. Eu não era muito chegada a ele, como citei antes, apenas a Itachi. De vez em quando trocávamos algumas poucas palavras e depois ele se trancava naquele quarto misterioso.

─ Quantos anos você tem mesmo? Vinte e cinco?

─ Não, Sakura, eu tenho vinte e dois. Pareço tão velho assim? Você vai fazer dezoito, sua mãe me disse.

─ Eu ia chutar dezenove anos, isso seria novo demais pra quem está quase pegando uma empresa famosa mundialmente. Uns vinte e cinco no máximo.

Meu estômago revirou no momento em que eu digitei sua idade, fazendo um barulho alto perante o silêncio que havia se estendia. Sasuke deu uma risada baixa e começou a vasculhar algo no celular.

─ Eu não estou com ânimo de te presentear com uma comida privilegiada do meu cardápio, então vou pedir um lanche bem saudável.

─ Com batata frita no meio!

Gargalhei de sua careta e me aquietei, voltando-me para o celular.

🌙🌌

Depois de nos alimentarmos saudavelmente, com muita gordura, resolvi ir dormir para descansar mais o corpo, afinal não estava acostumada com a diferença de horário.

─ Boa noite, Sasuke.

─ Boa noite, Sakura. E, ah! Meu despertador toca sempre aqui na sala então você sempre terá que levantar e desligar, senão vai encher o saco. ─ ele deu uma piscadela.

Que estratégia perfeita para fazer alguém levantar da cama. Escovei os dentes, tomei um banho e desliguei todas as luzes do apartamento, indo me deitar.

E cadê o sono que não vinha? Suspirei e comecei a me virar para todos os lados da cama. Que ótimo.

Me levantei e caminhei até a cozinha beber um copo de água, e pude reparar que as luzes estavam acesas. Sasuke falava no telefone, parecia irritado. Decidi não entrar na cozinha e esperar na porta. Ele estava de costas para mim.

Percebi então que ele estava sem camisa, suas costas eram perfeitamente definidas sem nenhum excesso de gordura em lugar algum.

─ Pai, eu já disse que não vou casar com ela. Não gosto dela. ─ ele se silenciou por um momento. ─ Foda-se, não vou juntar riquezas, não vou casar por interesse, pare com essa paranóia. Você prefere ver um filho rico e triste, ou um celibatário com suas próprias riquezas?

Arregalei os olhos. Um casamento arranjado? Parecia até aquelas histórias de vários livros de romance que eu já li. Saí de meus devaneios e me assustei quando seu celular foi parar no chão com uma força imensa.

─ Sasuke? Está tudo bem?

Seu tronco subia e descia rapidamente, parecia nervoso. Parei ao seu lado, vendo algumas lágrimas se formarem em seus olhos. Seu rosto mostrava fúria e tristeza.

Sem pensar muito em meus atos, eu o puxei para um abraço.

─ Bom, eu não te conheço muito bem, mas você não é tão estranho pra mim. Afinal, nos conhecemos desde pequenos, apenas não nos falamos muito.

Dei uma risadinha, tentando não surtar. Okay, o abraço que eu dei era de lado, mas não me impedia de ver seu abdômen super... indescritível.

─ V-você pode confiar em mim, se quiser falar o que houve. ─ gaguejei, vendo que ele retribuía o abraço.

Oh, céus, onde eu fui me meter?

*-*-*-*-*
Estão gostando até agora? 🌌❤

Morando com meu primo! | SasuSaku Onde histórias criam vida. Descubra agora