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Mães são como equações (em algumas vezes), você não as entende. A minha por exemplo, ou até mesmo a mãe do Sasuke, que resolveu nos visitar em um fim de semana próximo. Eu estou um tanto nervosa, essa é a verdade.

Tudo bem, não estava tão perto, só faltavam alguns dias, mas acontece que eu veria minha tia após anos longe. Tinha saudades do meu tio, infelizmente com a separação dos dois, os seus filhos provavelmente ficaram indecisos na escolha de quem ficar.

No fim, tio Fugaku aceitou que deveriam permanecer com a Mikoto. Ele já estava um pouco mais frágil emocionalmente, de acordo com o que mamãe me dissera, mas com o tempo seu orgulho diminuiria e sua vida seria mais tranquila sem empresa e papeladas.

─ Srta. Haruno? ─ a professora para em minha frente, balançando a mão no meu rosto. ─ A aula já acabou. Você está bem?

─ Ahn? Ah, estou sim, só um pouco confusa, sabe? ─ arrastei minha mão nervosamente sobre a mesa, vendo alguns poucos alunos que estavam na sala me encararem. Ops, a caneta caiu. ─ Não se preocupe.

Sai tinha ido embora mais cedo, alegando que iria encontrar com uma tal Ino. Se não me engano era uma garota que estudava nessa escola mas em outra coisa; porém ele tinha me prometido apresentar pessoalmente a sua atual crush.

Sim, meus queridos, Sai tem uma crush. O que eu até achei surpreendente, um garoto tão inteligente e atarefado não teria tempo para gostar de alguém. Ou teria? Nada contra, na verdade, nem sempre o que a sociedade diz respeito em relação a uma pessoa.

Balancei a cabeça negativamente antes que voltasse a viajar para o mundo da busca dos nexos de Sakura, arrumei meu material, e chequei o celular, vendo uma mensagem de Sasuke e Itachi.

Sasukitus: ei, irritante, o Itachi está indo te buscar. Se assegure de colocar o cinto porque ele não é eu, ok?

                   Eu: O que está insinuando?

Sasukitus: Nada, apenas vá com cuidado. Boa sorte.

A mensagem de Itachi dizia que ele estava na frente da escola há uns vinte minutos e eu ainda não tinha aparecido. Dei uma risadinha diante de sua paciência e corri até a saída, vendo-o de cabelo preso, braços cruzados, enquanto batia os pés no chão incessantemente.

─ Vamos? ─ o despertei de seus pensamentos e comecei a andar, mesmo não sabendo qual era seu carro. Pelo menos não era chamativo, ou eu teria achado facilmente.

─ Ali, sua tonta.

─ Ah, claro, obrigada.

Entramos no carro e me certifiquei de por o cinto como Sasuke pedira. Itachi liga o carro e começa a dirigir calmamente. Ué...

─ Onde vamos?

─ Pra casa?

─ Ai, eu queria comer alguma coisa. ─ murmurei. ─ Vamos passar na loja de salgados pra eu pegar alguma coisa.

Assim que nos deparamos em uma avenida quase vazia, ele aumentou a velocidade do carro de tal forma, que meu corpo chegou a colidir com o banco.

─ Ei! Seu maluco, o que está fazendo?!

─ Estou dirigindo. ─ ele afrouxa um pouco mais o pé do acelerador, me fazendo sentir um frio na barriga.

As janelas estavam abertas, o vento que entrava devido a velocidade era tão forte que meus cabelos estavam esvoaçando. Me agarrei ao cinto e olhei para Itachi.

─ Itachi! Diminui a velocidade!

─ Só se você disser por favorzinho.

─ Itachi idiota! Diminui a velocidade! ─ berrei, desesperada. Nós vamos bater se ele continuar assim.

─ Tá bom, sua medrosa. Ali está o prédio, então cala essa boca.

Educado até demais esse menino.

─ Me erra. ─ comecei a rir enquanto saía do carro. ─ Até mais.

─ Até fim de semana. ─ ele dá uma piscadinha e antes mesmo que eu lhe questionasse, o maior sai cantando pneu. Balancei a cabeça e entrei no prédio.

[...]

─ Nunca mais me deixe com aquele doido varrido. ─ resmunguei assim que vi Sasuke, ele lia alguns papéis e os assinava. Confesso que até achei bonito como ele ficava de óculos.

─ Me desculpe, eu tinha uma reunião e só cheguei agora.

─ Então da próxima vez ficarei esperando.

─ Não se preocupe, não vai se repetir. ─ ele segurava uma risada. Por fim, teve a coragem de levantar e me olhar.

─ Não ria, isso não tem graça.

─ Vamos supor que não tenha graça mesmo, mas se fosse comigo você ia rir.

Revirei os olhos e encarei a tela do meu celular, recebendo várias mensagens de Sai. Ele estava contando como foi sua tarde com a crush.

─ Como está indo nas aulas? Fez amizades?

─ Sasuke, você está parecendo minha mãe.

─ Acho que é pra eu parecer ela mesmo, já que tenho que tomar conta de você.

Me remexi no sofá, entediada. Antes que eu abrisse a boca para falar, alguém chegou arrombando a porta do apartamento. Eu só queria bater nessa pessoa.

─ TEEEEMEEEEEEE!

─ O que você quer?

─ Preciso de ajuda.

─ O que foi, Naruto? ─ o moreno indaga impaciente, parando o que estava fazendo.

─ Posso dormir aqui essa noite?

Morando com meu primo! | SasuSaku Onde histórias criam vida. Descubra agora