Morando com meu primo! | SasuSaku

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[Tokyo - 09:12]
Sábado

Desliguei o despertador, completamente indisposta, mas aí lembrei que era sábado e tinha marcado sair com Kiba até o shopping.

Esse pensamento me fez arregalar os olhos e olhar para o relógio. Aí você pergunta: como assim, shopping às 09:00? Aí eu simplesmente digo: Kiba quer ser um dos primeiros a chegar, ou seja, eu estou atrasada.

Corri para o banheiro para tomar um banho rápido, porém não tinha como, pois eu estava mais que atrasada, do jeito que eu sou apenas vesti roupas do estilo "mais verão". Ao chegar em meu quarto, meu querido Iphone vibrava em cima da cama desarrumada.

Era ele.

─ Ki-Kiba? ─ atendi, preparada para mais um sermão da semana.

─ Ah, Saky. ─ ouço um espirro do outro lado da linha. ─ Eu estou atrasado, mas também gripado, poderia vir aqui em casa?

─ Claro! ─ falei, eufórica porque não tinha sido eu a atrasada.

Puxei minha bolsa do closet e corri pelas escadas até a saída, anunciando aos meus pais que iria visitar meu amigo.

Não precisei me preocupar com táxi porque hoje o carro dos meus pais estava livre, então o motorista se ofereceu a me levar até lá.

Como era cedo, não havia muito movimento nas ruas, nem havia muitos carros para causar engarrafamento, para mim o caminho fora tranquilo.

Agradeci ao motorista e fui em direção à porta de meu amigo, sendo recebida por um cachorro extremamente pequeno. O acariciei enquanto tocava a campainha, esperando ser atendida.

─ Entra, não deixa o pulguento entrar! ─ ouvi a voz zoada dele gritar lá dentro. Soltei o cachorro e entrei, vendo Kiba assistir Bob Esponja enquanto comia um sanduíche.

─ Bela vida, hein? ─ brinquei, me sentando ao seu lado.

Antes eu pretendia ficar ali por meia hora, mas acabou que fiquei  até o anoitecer. Passamos a manhã toda assistindo séries da Netflix, por sorte estavam legendadas, como por exemplo: Riverdale, S.H.I.E.L.D., entre outros. Acabou que eu almocei com ele e passamos o resto da tarde jogando papo fora enquanto disputavamos em Mortal Kombat.

─ Sua mãe te deu a resposta? ─ ele perguntou enquanto eu caçava minha bolsa rosa no meio dos controles.

─ Realmente, faz um mês. Ela não me disse nada, nem meu pai.

─ É uma pena. ─ ele apenas disse, para me confortar.

- * - * -

Me joguei sobre o sofá da sala, mais uma vez massageando meus pés cheios de calo. Chiyo, a governanta da casa, colocava um chá bem quente numa xícara para mim, generosamente do jeito dela.

─ Meus pais estão? ─ perguntei, bebendo um gole enquanto saboreava aquela divindade criada por mãos calejadas de Chiyo.

─ Estão sim, e me pediram para avisar que eles querem falar com a senhorita.

─ Ah, deve ser mais um assunto da empresa. ─ respondi, completamente desinteressada. Não que eu não tivesse vontade de herdar a empresa, mas era algo bem cansativo.

Papai é dono de uma empresa que une todas as redes de hospitais de Tokyo, dependendo da marca. Existem hospitais públicos que por sua vez não são comandados por ele, ou também hospitais particulares, mas enfim, eu teria que me formar em medicina e administração.

O negócio exige muita atenção, coisa que eu não tenho e estou lutando para ter, não é fácil.

─ Mesmo assim, será melhor se a senhorita for, poupará falas da parte deles.

─ Boa ideia. ─ murmurei, deixando a xícara de lado, e subi até o escritório de meus pais. Parei de frente à porta, batendo algumas vezes. Ouvi um "entre" bem baixinho. ─ Pai? Queria falar comigo?

─ Ah, é você, até que em fim! E sim, vamos conversar agora. ─ ele disse, bebericando algo da xícara. ─ Se lembra do que falamos sobre morar sozinha?

Prendi a respiração, completamente aflita. Estava na hora. Ia ser apenas "sim" ou "não" a definir.

─ Sim...

─ Pensamos em fazer um acordo com você. Esses dias andei conversando com seu primo, Sasuke. Pedi que ele a abrigasse até que pudesse morar sozinha. ─ ele pronuncia, firme, me olhando desafiador.

Por um momento, levei na brincadeira. Sasuke não é nada mais que um desconhecido para mim, pois quando éramos pequenos eu brincava mais com Itachi do que com ele. Comecei a rir, sem parar.

─ Qual a graça?

─ É uma piada, certo?

─ Ele é quem mais confio no momento. ─ meu pai sorri, dando de ombros.

─ Você...Não confia em mim para morar sozinha? ─ questiono, prendendo a respiração.

─ Sakura, você é menor de idade. Por favor, considere isso. Qual o problema? Ele é seu primo!

─ O problema é que eu irei morar com um estranho, pai! Ele está fora de questão! ─ me exaltei, fazendo meu pai arregalar os olhos. Começamos uma série de discussões até mamãe aparecer na porta.

─ Sakura, querida, pare de gritar. ─ ela olha para mim, apertando meu ombro num afago. ─ Ou Sasuke ou nada, tudo bem? Seu pai e eu só queremos o seu bem, entenda. Não precisa dar a resposta imediata, certo?

Assenti, olhando para o chão enquanto mordiscava meu lábio inferior.

─ Desculpa, pai. ─ proferi, antes de me retirar do cômodo que até então permanecera silencioso.