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Tudo é possível quando olhamos a vida de um ponto de vista mais positivo.

Yago: Katie Sullivan com uniforme de caubói. Estou realmente vendo isso ou é apenas algum flashback excêntrico bem real?

Tinha seis anos quando vi Yago pela primeira vez. Sabe aquela época em que Joey Martino estava abandonando Amélia naquele quarto de hotel?

Sua irmã mais nova, Sophie, também estava sendo expulsa de casa.

Porque ela também estava grávida. Aparentemente, a velha senhora Warren seguia o estilo de criação de Mamãezinha Querida cabides de arame e tudo mais.

De qualquer modo, cinco

anos depois, Sophie morreu em um beco de drogas, de uma overdose de metanfetamina.

O Estado acabou assumindo a custódia de Yago até que conseguissem rastrear seu único parente vivo.

Deia ficou conosco naquele final de semana quando sua mãe foi buscá-lo na Califórnia. Amélia entrou no abrigo e viu um menininho com olhos cansados, usando uma camiseta preta rasgada.

A partir daquele momento, Yago era dela, mesmo sem ter saído de sua barriga.

Durante os primeiros quatro meses em que Yago morou com Amélia e Deia , ele não falava. Nada. Ele nos seguia, fazia tudo que fazíamos.

Quando brincávamos de escolinha, ele era a lousa; quando procurávamos pelo tesouro enterrado, era ele quem carregava o peso.

Mas não falava.

Até que um dia, Amélia estava comprando umas coisas na Avenida Principal e passaram por uma loja de penhores. Yago parou no caminho. Ficou observando a vitrine.

Olhando para um mini Teatro de brinquedo.

Kate: Yago !

Jogo meus braços em seu pescoço. Ele me aperta bem forte na cintura e meus pés saem do chão. Minha voz abafa, por causa de seu ombro.

Kate : Caramba, como é bom te ver!

Sei que você o acha um idiota. Mas ele não é. Sério.

Você só o viu através das lentes coloridas de Bruno.

Yago se afasta, com as mãos em meus antebraços. Já faz uns oito meses desde a última vez que o vi.

Ele está musculoso e bronzeado, saudável. Está bonito. Exceto pela barba. Não estou curtindo a barba.

Está grossa e desgrenhada, me lembra um lenhador.

Yago : Digo o mesmo, Katie. Você está…

arqueia a sobrancelha. O sorriso se torna um questionamento.

Yago: Porra. Você tá parecendo uma merda velha.

Sim, esse é o Yago. Ele sempre soube o que dizer para uma mulher.

Kate: Uau. Falando desse jeito, você deve estar pegando todas lá em Los Angeles, né? Aliás, você sabe que tem um rato pendurado no rosto?

Ele ri e esfrega a barba.

Yago: É meu disfarce. Preciso de um agora, sabe.

De repente, um garoto, que parece ter uns dez anos, chega perto de nós um pouco hesitante.

Garoto: Senhor Rogers, pode me dar um autógrafo?

Yago abre um sorrisão. E pega a caneta e o papel oferecidos.

Renda-se 2Onde histórias criam vida. Descubra agora