O tempo cura ! Confie !Depois que ajeitamos as coisas da Deia no meu quarto, Yago ligou para seu agente.
Ele estava planejando em nos levar a um show aqui, em um barzinho chamado Sam’s Place, onde ele costumava tocar quando estava no Ensino Médio.
Yago sempre disse que um bom ator , tem que ter experiência em tudo, aprender de tudo um pouco.
Queria honrar o lugar de onde ele veio, dar algum tipo de retorno para os residentes daqui, como o Bruce Springsteen sempre faz no Stone Pony.
E é no Sam’s Place onde estamos agora.
Está lotado. Só dá para ficar em pé. Deia e eu estamos na frente, nossos braços estão se batendo conforme dançamos e cantamos.
Estava bem estampada em minha face , que não estava tão empolgada com o ambiente, mais tinha que permanecer ali, pelo meus amigos pelo Yago.
Sobe no palco um amigo de infância do Yago, Scott. Assim que ele esta no palco , estradinha violão, a primeira pessoa que passa na minha mente é ele Bruno.
Em minha mente passa uma filme, sabe aqueles filmes preto e branco em fala ?
No meu caso , com fala e cores Bruno contando os detalhes de como batalhou pra chegar onde chegou, quantos não levou, e um único sim, te levou ao topo da carreira.
Minhas lagrimas descem e tento esconder pra que Deia não consiga ver. E pra completar minha noite Scott canta It
E como estou agora ? Sem chão.
A batida pulsa na minha barriga. E escuto os versos. Penso em como sou sortuda por ter todas estas coisas. Bênçãos inestimáveis e preciosas. Tenho uma
família que me ama. Amigos que morreriam por mim. Literalmente.
Penso em quem eu sou. Sobrevivi à morte de meu pai com minha alma
intacta. Me formei na Universidade de Wharton como a melhor aluna.
Lembra quando comecei a trabalhar no estúdio? E Bruno Mars era o menino de ouro?
Coloquei-o no lugar dele, expulsei-o de um lado do escritório para o outro.
Eu fiz aquilo.
Pois era teimosa. E esperta. E porque acreditei ser capaz.
Bruno uma vez me disse que é possível mudar a cor das paredes, só que o lugar continua o mesmo.
E ele estava certo.
Eu era tudo aquilo antes dele, e continuo sendo todas aquelas coisas agora.
Sem ele.
Me imagino daqui a alguns anos, voltando para casa pelas ruas da cidade do serviço que amo, com uma mão segurando uma pasta e a outra, a mãozinha fofa da
minha menininha ou menininho.
Nos vejo na mesa da sala de jantar, fazendo a lição de casa e conversando sobre o nosso dia.
Vejo momentos de contar histórias, horas de dormir, momentos de cócegas, abraços e beijos de afeto.
Ser mãe solteira não foi algo que planejei, mas agora? É o que eu quero ser.
Sabe aquele ditado? Os projetos mais bem elaborados, sejam de ratos ou de homens…?
Acho que é melhor se lembrar dele neste momento.
Porque logo que a decisão começa a criar raízes na minha mente, sinto uma fraca dor latejante. Vocês, mulheres, sabem do que estou falando. Aquela cãibra,
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Renda-se 2
RomanceApaixonar-se é fácil, difícil é continuar apaixonada. Aguardem...