#11

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– Jeno — me chamou baixinho — você me ama também? Ele estava perto. Muito perto. Isso era ruim.

Engoli em seco e contorci os lábios. Toquei sua bochecha e o encarei, intercalando minha atenção entre a boca trêmula dele e seus orbes.

– Tenho que te beijar de novo para você entender o que sinto por você? — a boca de Jaemin entreabriu-se e eu sorri sem mostrar os dentes — sim, Jaemin. Eu amo você também.

E, pela primeira vez, quem teve a iniciativa do beijo, foi Jaemin. Seus lábios quentes e macios contra os meus, seus braços em meu pescoço, seu corpo roçando o meu, sua respiração descompassada contra a minha, minhas mãos em sua cintura: eu estava completamente hipnotizado por Jaemin. O beijo não era calmo. Era voraz, algo que nunca esperei da parte dele. Nossas línguas se entrelaçavam, e eu buscava explorar toda sua boca. Assim que o fôlego me fez falta, eu me afastei um pouco dele e encarei seus lábios avermelhados. Toquei sua nuca e a acariciei antes de desvencilhar-me dele por completo e andar até o sofá. Me sentei ali, sendo seguido por Jaemin, que se sentou ao meu lado. Depois de alguns segundos, eu trouxe sua cabeça lentamente para meu ombro e entrelacei nossos dedos. Ele ficou boquiaberto no início, mas depois sorriu e se aconchegou.


 
 


[...]

 
 
 
 
 

Quando Chenle e Jisung finalmente deixaram o quarto, eu estava vendo TV e Jaemin havia desistido do filme, e estava filmando coisas pela casa, difamando o Jisung. Eu só conseguia rir daquela situação.

– Minnie — Chenle o chamou — por quê está fazendo isso? — olhei para os três.

– Eu tenho que fazer jus ao meu ódio por Jisung, oras — Chenle riu — o quê? — Jisung rolou os olhos. — Lele, você é meu melhor amigo. É óbvio que vou te ajudar — Chenle abriu um sorriso. Um sorriso tão largo e bonito que eu acabei sorrindo também.

Eu consegui sentir a tristeza de Chenle ser transmitida com aquele sorriso, mas também senti sua felicidade.

– Você quer comer sushi, Minnie? — Jaemin arregalou os olhos e assentiu freneticamente, puxando Chenle até a cozinha. Jisung sentou-se do meu lado quando os dois foram para a cozinha.

– Falou com ele? — indaguei.

– Chenle tem uma vida tão complicada — suspirou e encostou as costas no sofá — a mãe morreu e suspeitam do pai.

– Isso é triste — murmurei — ele vai vir morar com você?

– Se ganhar o processo, talvez algum outro parente da família queira a guarda dele.

– vai dar tudo certo, Sung. — Jisung suspirou.

– Jisung, levante essa bunda daí, porque não sei onde estão as panelas! — Jaemin gritou e eu ri. Olhei para Jisung, que rolou os olhos e caminhou para a cozinha.

Acabei me levantando também, e me sentei em uma das cadeiras, observando Jisung xingar Jaemin todas as vezes que ele falava que era imprestável. Chenle ria e depois focava sua atenção em cortar e limpar os peixes. E foi graças à essas discussões, que Jaemin deixou as algas caírem e Chenle mandou ele e Jisung para a sala.

– Não sei como você os atura — murmurei e ele riu — quer ajuda?
– Se você for um Jaemin versão aprimorada, pode ficar sentado aí — ri, me levantei, arregacei as mangas e fiquei ao seu lado no balcão.

Ele me entregou uma faca e um peixe. Comecei a limpá-lo e terminamos em silêncio.

Jisung e Chenle foram para o quarto depois da refeição, e Jaemin eu lavamos a louça. Jaemin e eu dormiríamos no quarto ao lado de Jisung e Chenle.

– Jaemin — estendi minha mão para ele, que me olhou desentendido — vamos dormir.
– Dormir? — ri daquela audácia. Eu estava cansado. Mas também queria aproveitar a presença de Jaemin. Ele entrelaçou seus dedos nos meus e subimos a escada. Abri a porta e já retirei a blusa, e ouvi um gritinho de Jaemin. Arqueei uma das sobrancelhas ao me virar para ele.
– O que foi? — ri — você nunca viu um homem sem camisa antes, Jaemin? — ele olhou para o lado e eu me aproximei dele. Ele acabou indo de encontro a parede e eu aproveitei a deixa para colar nossos corpos e nossos lábios. Dei apenas um selinho, me afastei e o olhei: corado. Tão fofo — vou tomar banho — ele assentiu. O dei as costas e caminhei até o banheiro.

Optei por uma ducha fria, e em alguns minutos eu já havia saído do chuveiro. Sempre deixo roupas extras na casa de Jisung, e elas estavam no closet. Enrolei a toalha na cintura, saí do banheiro e avistei  Jaemin fazendo uma live no Instagram. Quando ele me viu, engasgou e caiu da cama. Eu ri, mesmo sendo errado.
Vesti a roupa e baguncei o cabelo ainda molhado ao me aproximar da cama e me deitar. Jaemin havia desligado o celular e se levantou da cama, indo até o banheiro. Ele acabou o banho, literalmente, uma hora depois. Me pediu para que pegasse uma roupa para ele, e assim o fiz. Jaemin abriu a porta, e percebi o quão fofas as roupas ficaram. Estaria tão adorável, se não fosse uma naja na maior parte do tempo. Jaemin se deitou ao meu lado, e eu apaguei a luz.

– Jeno — murmurou. Eu me aproximei dele, e comecei a mexer em sua franja — não faça aquilo nunca mais, não quero morrer de susto — ri baixinho e dei um beijo em sua testa.
– Não farei — o puxei para que se deitasse em meu peito e ele se aconhechegou ali. Senti o cheiro de camomila emanar dele, e fechei os olhos, esperando que o sono me atingisse.

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Eu disse que ia att mais rapido em, na madrugada escrevendo pra vocês sz.

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