#Capítulo Dois:

11.8K 545 71
                                    

O caminho é mais curto do que parece

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O caminho é mais curto do que parece. Minha mente divaga, o caos instalado enquanto por fora apenas concordo e sorrio com tudo que falam. Meu coração está torcido, sangrando a cada batida. Minha respiração está acelerada, mas não posso transparecer. Não devo. Não vou. Sou retirada do vazio com Yasmin chamando meu nome, chegamos em sua casa. Me despeço de Ph com um abraço apertado. Apertado até demais, ele estranha. Não é hora de pensar nisso, Alice. Respiro fundo, voltando a colorir meu mundo. Entramos na casa encontrando Felipe jogado no sofá pequeno, me sento no grande sofá livre e Yasmin se senta ao meu lado antes de se voltar para o irmão.

— Não trabalha mais não, garoto?

— Te manca pirralha que eu já tô de saída, alguém aqui tem que ser útil.

Ele levanta, passando por trás do sofá em que estamos e dando um leve tapa na cabeça da irmã que reclama, mas se cala quando ele planta um beijo no local, e repete o ato comigo antes de seguir até a saída. Minha amiga me chama para seu quarto, a sigo e nos jogamos na cama, abraçadas. Não a afasto, a aperto mais.

— O que aconteceu?

Seu olhar preocupado faz eu me sentir péssima, mas não posso dizer, não posso deixar que saibam o quão fraca eu sou.

— Nada. — Minha voz sai fraca, até eu não acredito em minhas próprias palavras.

— Eu não vou te pressionar, mas você sabe que pode contar comigo pra tudo né? — Assinto. — Então promete pra mim que vai me dizer se você estiver com problemas?

Eu queria poder ser sincera, queria prometer e cumprir, entretanto meu destino é outro. Não posso envolve-la nisso.

— Prometo. — Minto, me odiando por isso.

Yasmin me aperta propositalmente em seus braços, me espremendo, me debato em busca de ar.

— Você vai me matar assim.

— Então você descobriu meu plano maléfico, muahahahaha. — Ela imita uma risada maquiavélica e eu acabo rindo.

— Sério, essa risada foi muito escrota.

— Mas conseguiu te arrancar um sorriso, então é o que vale. 

Sorrio pra minha amiga, me sentindo feliz de tê-la em minha vida.

— Agora vamos levantar essa bunda daí e ir comer porque eu tô morrendo de fome, e saco vazio não para em pé.

Tomei um banho, vesti um short com uma blusa soltinha, fiz uma trança rápida no cabelo, Yasmin vestiu um short e um cropped e descemos as duas até o restaurante da dona Vera. O aroma maravilhoso de seus temperos fez meu estômago roncar, faz tempo que não provo sua comida. Dona Vera é um amor de pessoa, quando minha mãe morreu ela cuidou de mim como podia, já que Rogério não quis abrir mão da minha guarda, me visitava sempre, trazendo sua comida maravilhosa e me acolhia nas noites em que eu fugia de casa, me recebendo de braços abertos pelo tempo que for.

AMOR NO ALEMÃO [MORRO] #1Onde histórias criam vida. Descubra agora