Sou acordada do meu sono com uma chacoalhada leve no ombro, encontro Yasmim com a cara tão amassada quanto a minha, provavelmente também havia recém despertado.
— Chegamos. — Diz com a voz grogue.
Levo minha atenção para a janela, confirmando que havíamos pousado.
Fico indignada de não ter acordado pelo caminho, queria muito ter visto a vista, mas também não posso cobrar muito sendo que tenho uma princesa roubando toda minha energia em minha barriga.Estalo o pescoço sentindo desconforto, a posição que dormi não foi muito favorável, e levanto alongando de leve a coluna. Yasmim me ajuda a pegar as malas de mão na parte de cima e seguimos o caminho junto com as outras pessoas formando uma fila para sairmos do avião, quando finalmente conseguimos e pisamos o pé fora do transporte somos recebidas com o vento gostoso batendo em nossos rostos, bagunçando nossos cabelos.
— Chegamos pra arrasar. — Yasmim diz sorrindo, acabo sorrindo também.
Fecho os olhos aproveitando a sensação.
Meu momento.
Meu começo.
A calmaria chega...
— Vai ficar meditando até quando, estranha?
E lá se vai.
Abro os olhos com a frase de Yasmim.
— Até você aprender a calar a boca.
Ela leva a mão ao peito, dramatizando.
— Tá andando muito com PH, você não era assim.
Reviro os olhos sorrindo pequeno.
— Vamos logo, a gente ainda tem lugares pra conhecer.
Seguimos para a área de desembarque em busca das nossas malas, demora uma meia hora pra que a gente consiga, as pegamos e seguimos em direção a saída, meu coração dispara ansioso dentro do peito. Eu sabia que eles estavam aqui, eles avisaram que viriam nos buscar.
— Usa esses seus olhos pra algo útil e me ajuda a achar eles. — Estreito os olhos pela multidão de táxis e civis a espera de seus queridos.
— Eu sou míope. — Ela reclama.
— Se vira.
Amor de irmãs.
Vou procurando e caminhando pelas pessoas presentes no local até encontrar dois senhores encostados em um carro com uma plaquinha em específico.
"Alice Santos"
Meu estômago revira.
Aviso Yasmim e seguimos em direção a eles, que parecem ainda não terem notado nossa presença, nos procurando na multidão. Quando estamos pertos o suficiente a senhora é a primeira a nos perceber, levando as mãos aos lábios em surpresa com os olhos marejados enquanto me observa, cutucando o senhor que sorri amável quando nos vê.
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AMOR NO ALEMÃO [MORRO] #1
Novela JuvenilAlice é uma menina forte que já suportou muita coisa na vida, como ser maltratada e humilhada constantemente por seu progenitor. Com um pai viciado e moradora do morro do alemão, ela é uma menina com um passado trágico e um presente mais doloroso ai...