#Capítulo Doze:

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— Tem certeza que você pode sair? — Pergunto mais uma vez, vendo-o colocar o cinto ao meu lado

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— Tem certeza que você pode sair? — Pergunto mais uma vez, vendo-o colocar o cinto ao meu lado. — Quero dizer, você é tipo, o chefe daqui. — Minha explicação óbvia atrai sua atenção. — Não tem problema?

Felipe se inclina em minha direção, me calando com um selinho casto, e sorri voltando as mãos no volante.

— Não se preocupe, eu já adiantei tudo que pude pra isso. A nossa função agora é só relaxar e aproveitar. — Ele pisca um dos olhos, mordo o lábio ao constatar o quão bonito ele fica despojado assim. — Além do mais, Ph está no meu lugar, se acontecer alguma coisa ele me liga.

Confirmo com a cabeça, convencida, e me conforto no banco, encostando a cabeça na janela. A viagem começa, observo entretida a paisagem do lado de fora. A lua pinta a escuridão noturna, me pego a constatar que não a aprecio a tempos. Felipe reservou uma casa de praia para nós pro final de semana, não tivemos um tempo só pra nós desde que oficializamos nosso relacionamento, e a nossa casa que nunca está vazia não ajuda nada com isso. Ou é Yasmin reclamando de Pedro pra um lado, ou Manuela roubando açaí da nossa geladeira alegando que está com preguiça de ir comprar, ou Vitor chegando de surpresa e dormindo lá sem ser convidado. Enfim, bando de folgados. Controlo um suspiro de deixar meus lábios quando a mão de Felipe descansa sobre minha perna, fazendo um carinho circular com o dedão, sorrio por isso.

O clima é agradável dentro do carro, o ar condicionado faz meus olhos pesarem, só noto que peguei no sono quando ele me acorda com cuidado, avisando que havíamos chegado. Pego minha mochila e deixo o veículo, sentindo a brisa fria noturna bagunçar meus cabelos e o cheiro de maresia acolher minhas narinas. Observo extasiada a casa a minha frente, ela tem apenas um andar e é toda de madeira escura, trabalhada em um modelo rústico que a faz parecer uma casa de boneca. Felipe coloca a mão em minhas costas, me guiando para entrarmos. Dentro sua decoração é simples, mas caprichosa, os móveis bem posicionados ornam de um jeito que deixam a casa confortante. Vamos conhecendo todos os cômodos, todos encantadores, e paramos na suite, onde coloquei minha mochila no chão.

Tem uma cama de casal com colunas de madeira nas quatro pontas, uma janela grande toda de vidro dando visão ao mar refletindo a lua cheia em suas ondas, e os móveis comuns para guardar nossas coisas, o tapete felpudo no chão me faz querer largar tudo e deitar ali, tenho certeza que deve ser tão confortável quanto a cama. No quarto tem um banheiro, quando entro meu queixo cai ao ver uma banheira gigante. Não, essa palavra não serve aqui, por que aquilo lá tá mais pra uma piscina. Me viro para Felipe, que está encostado no batente da porta com os braços cruzados e um sorriso lateral vendo minhas reações.

— Felipe, isso aqui deve ter sido o olho da cara. — Me aproximo ainda em choque, ele passa as mãos por minha cintura, juntando nossos corpos.

AMOR NO ALEMÃO [MORRO] #1Onde histórias criam vida. Descubra agora