The Walking Dead And 1D

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THE WALKING DEAD AND 1D

PARTE 1

Sempre penso no fim do mundo, fico imaginando jeitos de como ele acabaria, tenho um medo em relação a isso, mas acabo pensando, às vezes, sem querer. Hoje especificamente, esses pensamentos não param de me atormentar. Estou com uma sensação ruim, me arrepio a cada segundo, não sei o que é, muito menos porque, estava pensando nisso quando uma voz atrapalha meus pensamentos.

- Ester, responda logo, não tenho o dia todo.

Nem tenho tempo de organizar meus pensamentos, Valnéria, minha professora de português está de pé na minha frente, exigindo a resposta de alguma pergunta que eu nem sei qual foi. Não sei o que dizer, não prestei atenção em nada na aula.

Eu: Er.... Bem...  – Comecei a suar frio, preparada para levar a maior bronca e ouvir o longo sermão que estaria por vir.

Valnéria: Responda logo garota!

Estava quase dizendo que não sabia, quando uma voz amiga, disse em meu ouvido bem baixinho.

Guilherme: Petróleo – Meu melhor amigo Guilherme acabou me salvar de uma possível ocorrência, não perdi tempo.

Eu: Petróleo professora - Digo em alto e bom som.

Risada geral. Guilherme quase caiu da cadeira de tanto rir, a professora me olhou séria.

Valnéria: Senhorita Ester, o que os pronomes têm a ver com Petróleo?

Pronomes? Como assim pronomes? Sem pensar duas vezes pergunto, mais vermelha que pimentão

Eu: Pronomes? Como assim? Qual foi a pergunta?

Mais risadas. A esse ponto Guilherme já estava perdendo a consciência de tanto rir. Valnéria me fuzilando com os olhos, disse mais brava do que nunca

Valnéria: QUAL FOI A PERGUNTA DONA ESTER? ONDE VOCE ESTA COM A CABEÇA?

Eu: Eu estava... pensando na sua prova professora, ela foi tão bem elaborada, só uma gênia faria questões tão bem feitas. – Disse com a maior cara de pau e sarcasmo.

Valnéria: Hm...Realmente as questões foram elaboradas muito bem. Mas isso não ameniza sua situação, se as questões estão tão bem elaboradas assim, porque a senhora, invés de ficar pensando nelas, não as faz direito?

 Eu: E por que você não vai dar a sua aula ao invés de ficar infernizando a minha vida?

A este ponto eu já estava me roendo de raiva, sem medir as consequências, quando vi, já tinha dito. A sala ficou num silencio profundo. Valnéria parou, andou até sua mesa e sentou, depois de algum tempo sem tirar os olhos do papel que estava segurando disse:

Valnéria: Guilherme, acompanhe sua colega mal educada até a diretoria.

Guilherme: Sim professora. – Ele me lançou um olhar culpado, que eu interpretei como um “desculpa”, seguimos nós dois pelo vazio corredor num infernal silencio, até que ele resolveu quebrar o gelo.

Guilherme: Maus, não queria te ferrar

Eu: Não se preocupa, eu teria feito a mesma coisa, mas não foi culpa sua, eu que xinguei ela.

Estávamos chegando na diretoria, quando algumas vozes começaram a falar descontroladamente, uma era do diretor, e a outra da coordenadora, eu e Guilherme ficamos espiando a conversa atrás da porta

Diretor: Mais crises, estão chegando aqui, os últimos ataques foram a menos de 100 km daqui, está se aproximando rápido.

Coordenadora: Temos que proteger a cidade doutor Zayn.

Ouvimos uma outra voz, que imagino ser a do tal doutor Zayn, continuamos atentos a conversa, cada vez mais curiosos

Zayn: Temos que evacuar a cidade, estamos tomando o cuidado para que isso não caia na mídia, para não despertar um pânico geral.

Diretor: Quais são os locais já atingidos doutor?

Zayn: Toda a América Central, partes da América do Sul, cidades a quilômetros daqui, está tomando toda a América, as únicas partes seguras agora são a África, Ásia e Europa.

Coordenadora: Quantos mortos, digo, nas cidades afetadas?

Zayn: Não sabemos ao certo afinal, ninguém seria tão burro a ponto de ir contar, mas se estima aproximadamente 10 mil.

Oi? Dez mil mortos? Oque está matando tanta gente? Eu e Guilherme olhamos um pro outro, algo me diz que ele está pensando o mesmo que eu.

O sinal bate na hora em que eu ia exigir explicações, eu e Guilherme vamos a pé para casa, então não podíamos nos atrasar, ele não podia porque tinha que ir para um tal jogo de futebol com uns meninos, e tinha ir pra casa e pedir meu almoço. Geralmente meu pai cozinha, mas esse ano nossa sala foi a vencedora de um sorteio que leva os responsáveis dos alunos para uma viajem de 2 meses para um tour pela Europa, não gostei da ideia dessa viajem no começo já que os próprios alunos não poderiam ir, mas agora que ouvi essa conversa do diretor, da coordenadora e do doutor Zayn, agradeço por eles terem ido. Depois tenho que ir para o trabalho, uma hotdogueria a 3 quarteirões daqui, “onde servimos com um sorriso no rosto e amor no coração”, A única coisa boa em meu trabalho são meus amigos que também trabalham lá, Maria Clara (que chamo só de clara) e Liam.

Cheguei em casa exausta, normalmente eu tomaria um banho e pediria comida, mas vou direto no quarto e me jogo na cama, desfaço minha trança lateral, e penteio devagar meus cabelos pensando no que ouvi na diretoria, do que será que estavam falando? Uma praga? Ou talvez uma epidemia? De qualquer jeito, não consigo mais ficar acordada, deito em meu travesseiro e entro em um profundo sono.

The Walking Dead And 1DOnde histórias criam vida. Descubra agora