CHAPTER two

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1

Fui em direção as escadas de casa. Minha mãe não estava, como de costume. Ela trabalhava como diarista e fiacava o dia todo fora de casa, mas eu ja estava acostumada com isso.

Passo ao lado de uma escrivaninha que tinha na entrada de casa, onde havia uma caixinha de música. Senti meu corpo arrepiar ao olhar para aquela coisa. Subi as escadas correndo.

Ganhei aquela caixinha no meu aniversário de 6 anos e naquela noite a minha vó me contou uma lenda sobre essa caixinha de música quando que me pertubou por anos. Confesso que até hoje me pertuba.

Quando cheguei no segundo andar olhei para o final do corredor e vi a mesma caixinha, ela estava no chão e estava tocando aquela musiquinha infernal.

♩Eu vi um homem torto que andava sem parar, achou uma moeda e sorte viu chegar...♩

Aquela musica entrava nos meus ouvidos como facas e fazia tudo em mim estremecer.

Caminho lentamente em direção a caixinha, aquilo não podia ser real, não mesmo. Isso só podia ser coisa da minha cabeça. Repetia para mim mesma mas ainda tremia a cada passo que eu dava.
Quando cheguei o mais próximo possível da caixinha me abaixo na altura da mesma e olhei para dentro dela. La tinha a figura do homem torto que girava sem parar com o toque da música. Era quase hipnotizante.

Quando finalmente a música acabou tudo ficou em silêncio. E quando levantei minha cabeça la estava ele...

Olhando nos meus olhos e com àquele sorriso macabro

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Olhando nos meus olhos e com àquele sorriso macabro.
Meu susto foi tão grande que cai pra trás de bunda no chão, ele se levantou ainda olhando pra mim. Era tão alto que até precisava ficar curvado para não bater no teto.

Sem saber o que fazer só me levantei e sai correndo desesperada em direção ao banheiro atrás de mim no fim do corredor. Ele corria atrás de mim cantando a música:

-Eu vi um homem torto, que andava sem parar...-Sua voz era macabramente assustadora.

Corri o mais rápido possível e impossível sem nem olhar pra trás. Não me lembrava que o corredor era tão comprido, ele parecia ter se esticado. E tudo ao redor aparentava estar estranhamente diferente e distorcido.

-...COM UMA RISADA TORTA VAI SUA FAMÍLIA TORTA MATAR.

Finalmente cheguei no banheiro fechando a porta com força. Ele batia na porta freneticamente. Peguei um guarda-chuva que ficava atrás da porta para servir de "arma". Era a única coisa que eu tinha pra tentar me defender. Ele parou de bater na porta. E um silêncio arrepiante se faz presente.
Coloquei a mão na chave da porta a destrancando e posiciono a mão na maçaneta com receio de abrir, na outra mão segurava minha "arma". Respirei fundo e abaixei a maçaneta devagar abrindo a porta. Não havia mais nada.

Nem homem torto, nem caixinha. E o corredor havia voltado ao normal. 
Fiquei um momento paralisada no meio do corredor tentando entender o que tinha acabado de acontecer.
Foi quando uma sombra de algo cresceu atrás de mim. Me virei lentamente me deparando com um palhaço assustador, de dentes afiados e com baba escorrendo pelos lábios.

-Olá Lucy! -Ele disse com com um sorriso de orelha a orelha. -Você quer ouvir uma música comigo?

Soltei um grito e tentei acerta-lo com o guarda-chuva. Mas quando o guarda-chuva enostou em sus pele ele virou uma espécie de fumaça densa, se desolvendo no ar. Deixei o guarda-chuva cair no chão e sai correndo sem rumo.

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IT A COISA- I'M WATCHING YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora