🖤 CAPITULO 3 (MORENA)

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Os dias estavam corridos e eu nem tinha tempo pra dormir na maioria das vezes, tinha que dar conta de muito dinheiro que tava sumindo e de mercadoria que estavam também.

Day: Você precisa manter a calma, minha irmã!

Morena: Tem dinheiro sumindo, Day! Eu preciso desse dinheiro e infelizmente vou ter que perguntar a porra daqueles vapores!

Pego meu rádio na mesa e chamo um deles

Luis: Mandou me chamar?

Morena: Senta nessa porra ai, Luís Miguel!

Luis: Aconteceu algo patroa?

Morena: Aconteceu caralho, se não eu não tinha mandado chamar né?

Day: Se acalma, nena!

Morena: Tá sumindo dinheiro e junto mercadoria, eu preciso de papéis confirmando esse dinheiro todo!

Luis: Morena, acho que você tá precisando de folga!

Morena: Folga uma porra!

Bato na mesa com força

Luis: Morena, o dinheiro você me deu pra ajudar nas reconstrução das escola do morro que foram destruídos no confronto.

Morena: Pode ir, Luís!

Vejo ele levantar e sair pela porta e me sento na minha cadeira.

Day: Você precisa de descanso, Nena! Acho que a volta do Nando te deixou confusa.

Morena: Tô precisando trabalhar mais nessa porra, precisando de adrenalina, diversão!

Day: Por que você não dá as caras no baile de hoje?

Morena: Nem morta eu vou pra porra desse baile.

Day: Você sempre vai!

Morena: Não com a volta daquele lixo na comunidade!

Day: Realmente...

Morena: Vira pó, Dayana!

Vejo ela sair da minha sala e ouço o barulho do sapato se perder pelos corredores, levanto e olho pela janela.

Quando a noite caiu eu ainda tava preparando encomendas em meio a vários papéis na minha mesa, eu sempre fiz questão de deixar um bom dinheiro pra fazer os baile da comunidade e sempre fiz questão também deles serem um dos melhores, fui interrompida dos meus pensamentos com minha mãe.

Antônia: Trouxe pra você!

Ela deixa uma vasilha dentro de um saco em cima da minha mesa.

Morena: Sua benção minha mãe...

Antônia: Deus lhe abençoe, minha pimentinha!

Morena: Senta aí Dona Antônia! Como sabia que eu tava aqui?

Antônia: Você sempre tá aqui minha Pimentinha!

Morena: Como a Hilary ta?

Antônia: As notas só sobem e ficou muito feliz com os brinquedos que você mandou! Devia passar lá pra dar um beijo nela.

Morena: Que bom! Diga a ela que prometo pega-la na escola e leva-la no parque quando for possível.

Antônia: Minha pimenta, sua irmã sente saudades.

Morena: Eu pago escola de qualidade, ballet, judô, natação e sempre compro roupas em datas festivas, por favor, não me peça pra levá-la pra morar comigo já que é sua obrigação.

Antônia: Me desculpa!

Morena: Eu me alterei, desculpas! Acho melhor a senhora ir.

Antônia: Ela amou que o Nando voltou!

Morena: Que ótimo! Ele pode brincar com ela como irmão mais velho. Agora eu preciso trabalhar...

Vejo Dona Antônia sair e fechar a porta. A Day tem razão, o Luís também, eu tô pertubada com muitos pensamentos e o passado vindo agora veio a tona junto com várias responsabilidades e coisas que a acontecendo, preciso esfriar a cabeça!

Sai do escritório com meu carro e fui direto pra minha casa na comunidade, procurei algo pra vestir novo e percebi que aos poucos eu estava me desleixando e me arrumando menos, eu não ia mais para os bailes e se ia era quando alguém arrumava confusão e como dona da comunidade precisava mostrar autoridade.

Eu tomei um banho rápido e sequei meu cabelo, meus pensamentos me consumiam e deixava a porra da minha adrenalina lá em cima e tudo que eu pensava era no Nando, eu tentava parar enquanto procurava uma roupa, pensava em como tava o baile e nas contas que a comunidade tinha e nas encomendas e quanto eu tava sem roupa e fazia um tempo que eu não ia no shopping e de repente eu sentei no canto do quarto no chão e me perguntei o por que de de repente eu me importar com roupas novas e bonitas, afinal, eu não precisava impressionar ninguém, as pessoas que deviam me impressionar afinal eu era a dona da comunidade...

A dona do morro (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora