Capítulo 17

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_ Anelisse tu tens que divertir-te, namorar. Dizia Urbi com um sorriso no rosto.

_ Eu sei, só que não estou com a cabeça para pensar nessas coisas.

_ Como assim, achas que a vida irá parar para esperar-te? O que é tão importante assim, mais importante que a tua própria felicidade?

_ Os albinos Urbi, eu não consigo parar de pensar sobre todos esses problemas, afinal nós viemos cá para isso.

_ Anelisse, nós estamos perante uma guerra sim, eles precisam de nós sim, agora me diz uma coisa... como é que achas que conseguiremos ajudar essas pessoas se nós não estivermos de bem com a nossa vida? E a vida é isso, lutar. Saicu está tão apaixonado por ti, eu vejo isso em seus olhos e tu também queres, mas estás a deixar todos os problemas desta sociedade consumirem-te, e eu não trouxe-te aqui para morreres de depressão, caso contrário o melhor seria voltares.

_ Deixa-me está bem, a vida é minha, eu não quero falar sobre este assunto mais. Tu estás aqui a dizer-me o que eu devia fazer enquanto tu estás aí, solteira e nem sequer te vejo a planear a tua vida, então não tens moral para dizer se estou certa ou não. Beijos e até amanhã Urbi.

_ Passar bem, sua tosca.

As duas amigas se despediram entre beijos e tapas, mas Urbi sabia que seu coração foi despedaçado com a morte de Eric, seu primeiro e único amor.

Talvez um dia ela consiga interessar-se por outra pessoa. Ao ver sua amiga sair , ela dirigiu-se para seu escritório, tinha muitas coisas a organizar, precisava encontrar novamente com o delegado Savimbi. Ela sentia realizada porque sabia que estava a fazer tudo a seu alcance para ajudar as pessoas a verem a vida com os olhos da mente, mas sentia também que talvez não estivesse a fazer o suficiente. Abriu seu computador, com o pensamento de que algo a escapava, não era possível que os seres humanos fossem assim tão manipuláveis mas, devemos entender que a nossa mente é uma máquina que podemos usar pelo nosso bem, ela guarda informações no nosso inconsciente, que podemos destruir e reconstruir. Urbi saiu de seus devaneios, ajeitou seu cabelo, e abriu o último email que recebeu, ficou feliz que alguém tenha se interessado na causa, via-se perante Mustafá mais uma vez .

Ele dizia no seu email

Senhorita Urbi Tero, é com muita satisfação que subscrevo me para fazer parte da vossa equipa de Fundação. Tenho certeza que com o meu conhecimento na área darei o melhor de mim para que possamos juntos atingir o objetivo pretendido.

Gostaria de marcar uma audiência para prestar mais esclarecimentos sobre o projeto e ajudar a desenvolver mais atividades para travar esse grande flagelo o massacre de albinos. Aliás, já tenho um dossiê sobre o assunto.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

Mustafá Smith

A fundação precisava de qualquer ajuda que beneficiava a causa, por isso ao ler aquele e mail, acreditou que sim, podiam aproveitar do conhecimento do professor e expandir os projetos da fundação, então respondeu o email.

Prezado professor Mustafá Smith,

Fico feliz que queira se juntar a nós.

Estarei disponível na fundação todos os dias a partir das 14 horas, o senhor poderá passar aqui para conversamos melhor. Teremos prazer em recebe-lo e tê-lo a trabalhar connosco.

Aguardo a sua presença.

Abraços.



Urbi- Massacre de AlbinosOnde histórias criam vida. Descubra agora