2 - Geraldinho

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Sexta feira, 28/06/17, 4:30h. PM

Abigail desceu apressada do táxi em frente a Clínica Central observou a fachada imponente de mármore do prédio refletindo o sol, o lugar era bacana, porém distante do seu trabalho, irritada ela consultou o relógio.

Estava trinta minutos atrasada, Abigail detestava estar atrasada, mas infelizmente sua ex patroa e nova "sócia", Miriam não perdera tempo, antes mesmo da notícia virar fofoca, ela juntou todos e contou uma história na qual fez parecer que aquilo já era algo que vinha ocorrendo pelos bastidores, Gabriela sorriu de esguelha para Abigail umas duas vezes, durante a fala de Miriam e no final houveram muitos parabéns todos pareceram felizes por ela, menos Miriam, e claro.

– Merda de Reunião – Resmungou Abigail, lembrando da raposa velha querendo manter a pose de que tinha tudo sob controle.

Naquela altura do campeonato, Abigail não tinha o menor interesse em ficar plantada na fila do médico (que era concorridíssimo), esperando uma consulta de retorno, ela queria mesmo era comemorar com Gabriele e não fosse pela intrigante insistência da secretária do doutor ela teria remarcado para outro dia.

Assim que visualizou a porta espelhada do elevador Abigail deu de cara com um aviso de "Em manutenção!", e ficou ainda mais irritada ao lembrar que o consultório do Dr. Alex era no oitavo andar.

Deixou escapar um sonoro "merda!", quando subiu o primeiro lance de escadas seu celular pôs-se a tocar, ela enfiou a mão na bolsa, subindo e vasculhando, quase não o alcança antes de dar na caixa postal, puxou ligeiro o aparelho e atendeu sem ao menos ver quem era.

– Alô.

– Oi disse uma voz masculina e meio vacilante.

– Pois não! – Disse Abigail.

– Abigail, sou eu Geraldo!

– Geraldo, Geraldo de onde? Qual a razão da sua empresa Sr. Geraldo?

– Não, não sou de nenhuma empresa, sou Geraldo seu vizinho! – Abigail retirou o telefone da orelha e observou o número, (não estava agendado), depois voltou a falar – Geraldinho? – Ele demorou um pouco para responder.

– Isso, sou eu – Confirmou agora um pouco mais confiante.

– Menino, como foi que você conseguiu meu contato?

– Isso importa? – Disse Geraldinho tentando parecer displicente.

– Claro que importa! – Ela pôde ouvi-lo respirando fundo do outro lado da linha.

– Abi, eu queria te convidar para o meu aniversário de dezoito anos, vai ser depois de amanhã! É uma data importante e gostaria que você viesse!

– Primeiro, não me chame de Abi, não lhe dei essa intimidade, segundo, você é um menino, eu te vi crescer, pelo amor de Deus!

– Agora vamos, me conta quem foi que te deu meu número pessoal?

– Pois é, tenho que desligar Abi, afinal são muitos afazeres, te vejo na festa, abraço! – Desligou o telefone.

Ofegante, Abigail alcançou o andar do consultório do doutor Alex, imaginando que quando chegasse em casa falaria com a mãe de Geraldinho sobre o comportamento do garoto.

Ofegante, Abigail alcançou o andar do consultório do doutor Alex, imaginando que quando chegasse em casa falaria com a mãe de Geraldinho sobre o comportamento do garoto

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Os últimos dias de AbigailOnde histórias criam vida. Descubra agora