Sábado, 29/06/17, 10:15. AM
Antes de desceram para casa do escrivão ele a convidou para tomar café, na lanchonete da rodoviária, Abigail aproveitou para pedir o maior Milk Shake do cardápio acompanhado de vários salgadinhos, aquele era o tipo de refeição que Abigail evitava para manter sua forma, mas naquela manhã não, ela comeu sem neura, sorrindo consigo mesma imaginando que não estaria nem lá pras gordurinhas quando elas chegassem.
Literalmente...
Sábado, 29/06/17, 10:45. AM
Assim que o carro apontou na rua da casa de Rodrigo (O escrivão), ele mostrou orgulhoso sua casa a Abigail que impressionada observava a residencia e o entorno e concluiu que aquela era de longe a casa mais bonita da rua, tinha muros altos, uma cerca elétrica, e até sistema de câmeras nos cantos do muro.
Com a destreza de quem já é acostumado Rodrigo acionou o portão elétrico assim que o carro passou por ele o mesmo já estava fechando.
A edificação em si não ocupava uma área muito grande do terreno, embaixo era uma garagem e área de serviço, havia uma escada que dava acesso a casa que ficava semeada no no muro dando espaço na frente para estacionar vários carros e carro é acomodar uma pequena mas bela piscina ladeada por uma área gourmet.
– Fuiu, – Assobiou balançando a cabeça – Uma bela casa você tem aqui! – Rodrigo sorriu fingindo modéstia.
– Fazer o quê, gosto de coisas boas – Falou ao pé do ouvido de Abigail enquanto sua mão direita apalpava sua bunda.
Abigail sorriu tentando disfarçar a tensão que sentia, ele percebendo que ela estava nervosa gentilmente pegou sua mão e a conduziu até o primeiro andar.
– Por favor, fique à vontade – Disse Rodrigo apontando um sofá laranja que ocupava quase metade da sala. – Aguarde um instante que eu já volto!
– Tudo bem! – Respondeu Abigail já se sentando.
(É Abi parece que dessa vez você escolheu direito), sorriu um sorriso amargo, imaginando que só mesmo com a proximidade da morte pra ela acertar, seu dedinho podre nunca errava, não era atoa que de tantos caras na festa ela tinha justamente que escolher um maldito puxador de carros!
(Desta vez vai dar certo!)
"De copo sempre cheio coração vazio, vou me tornando um cara solitário e frio[...]"
Era o toque do seu celular, na bolsa, assim que Abigail desbloqueou o display observou que haviam vinte e duas chamadas não atendidas.
– Nossa, parece que alguém além de mim está morrendo – Terminou a frase baixinho procurando Rodrigo imaginando se ele teria escutado.
Cinco chamadas eram do consultório do Dr. Alex.
Seis eram de Geraldinho.
As outras onze chamadas eram de Gabriele.
Abigail se recostou no sofá, imaginando que o médico provavelmente haveria mudado de ideia, talvez agora ele a quisesse como cobaia por ter uma raríssima doença para testar tratamentos loucos como que ela já estava praticamente morta mesmo, não teria do que reclamar.
– Nem a pau que eu vou atendê-lo.
– E Geraldinho? Será que ele acredita mesmo que eu vou aceitar um convite para ir na festinha dele?
Mas o pior eram as chamadas de Gabriele, Abigail queria retornar aquelas ligações, contar tudo a ela, desabafar no ombro da amiga, mas sentia que era melhor não fazer isso, ela não suportaria ter que contar todo, se fizesse isso provavelmente se desmancharia em choro e não havia tempo para isso, não agora.
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Os últimos dias de Abigail
RomanceAbigail havia planejado bem a sua vida, primeiro ela se estabilizaria profissionalmente, e depois procuraria o amor. As coisas estavam indo bem até ela receber a trágica notícia de que só tinha três dias de vida. Agora ela vai precisar de sorte, par...