11 - O que é isso?

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Abigail tentou desabotoar a calça dele para libertar aquele desejo que estava preso ali dentro, mas ele não deixou.

– O que é isso? – Perguntou sério!

– Isso, isso é o seu presente de aniversário! – Respondeu ela!

– Não! – Disse Geraldinho!

– Como Não? – Inquiriu Abigail...

– Você vive correndo atrás de mim o tempo todo, não era isso que você queria?

– Era! – Gaguejou Geraldinho.

– Então qual é o problema?

– Eu quero ficar com você se é isso que você está me perguntando, mas isso não é tudo, você me entende?

Pasma com a resposta do garoto Abigail disse que não compreendia.

– Eu quero você sim, mas não é só para uma "transa casual", eu te quero de verdade, quero você para ficar comigo, eu, eu sou apaixonado por você! Sempre fui, mas você nem me via, a agora de uma hora para outra me chama no seu apartamento, vestida assim...

– Você não quer ficar comigo?

– Claro que eu quero! – Mas tem algo errado aqui, eu te juro que eu tô esperando até agora alguém aparecer gritando "Pegadinho do malandro!".

– É tudo como se fosse um sonho, mas não é, eu não sei bem como te explicar mas, essa não é você, eu sinto que tem algo errado.

Abigail estava irritada com o rumo da conversa de Geraldinho.

– O que você quer então, não gostou da roupa, eu tiro ela – Dizendo isso ela começou a subir o vestido para retira-lo.

– Não – Geraldinho segurou seus braços, – Você está vendo, é disso que eu estou falando!

– Você não é assim! Você é recatada, é trabalhadora, sai cedo chega tarde é certinha é bonita é não é vulgar, é honesta não mente você é tudo o que um homem poderia querer de uma mulher!

– Mas essa pessoa que está agora aqui na minha frente não é você, não sei porque você está fazendo isso mas, essa não é a mulher por quem eu estou apaixonado!

– Abigail corou, de vergonha, ela nunca imaginou que o Geraldinho a observasse, a conhecesse tanto.

Um fio de lágrima correu de seu olho esquerdo ela sentia como se queimasse sua face.

Geraldinho fez menção de enxugar suas lagrimas mas ela não deixou, afastou a mão do rapaz com a costa da dela é pediu com a voz meio tremula que ele fosse embora.

– Mas...

– Por favor, vai! – Disse abigail, já ao pé da porta.

– Eu já ia me esquecendo, disse Geraldinho retirando do bolso um envelope enrolado feito um canudo já meio amassado.

Antes mesmo de pegá-lo Abigail reconheceu timbre do laboratório no papel, ela tinha um igual em sua bolsa, um que dizia que ela iria morrer.

– Um médico – Explicou Geraldinho, um tal de Dr. Alex deixou isso aqui ontem para eu te entregar, ele disse que era MUITO importante, disse que você não atendia as ligações dele.

– O tal médico parecia muito aflito quando me fez prometer que te entregaria isso em mãos! – Abigail deu um bote no papel é bateu a porta na cara dele.

Chorando ela se escorou na porta escorregou até o chão e ficou ali sentindo as lágrimas descerem pelo seu rosto.

Os últimos dias de AbigailOnde histórias criam vida. Descubra agora