Cervus et Lupus - Tiago e Sirius

Quattuor

Com o trabalho de poções pronto e o problema dos Marotos finalmente resolvido, os garotos saíram pela passagem secreta do Salgueiro Lutador e foram até a cabana de Hagrid.

- O que vocês vão fazer agora? - A voz de Remo soou no ambiente e Sirius e Tiago se entreolharam.

- Acho que vamos dar uma volta, e vocês? - Black respondeu e Pedro deu de ombros.

- A única coisa que quero nesse momento é dormir. - Ele diz e os outros riem. - E você, Remo?

O garoto sorriu de lado e olhou o céu.

- Acho que vou para a biblioteca. - Lupin disse que Tiago riu.

- Que rebelde, Aluado, estou realmente impressionado com sua capacidade de se divertir. - Zombou do amigo que apenas o ignorou e saiu andando junto com Pedro de volta para o castelo.

- Aonde quer ir? - Potter perguntou e o outro garoto apenas olhou para baixo com as mãos dentro dos bolsos da capa.

- Eu não sei, podemos ir para a torre de Astronomia ou assaltar a cozinha, ou... - Black é interrompido pelo próprio amigo.

- Uma batalha de feitiços! - Sorri animado enquanto o amigo cacheado sorri de volta. Que Dumbleodore os perdoassem, mas ninguém resiste a um bom duelo.

Na sala de astronomia, afastados da maioria das pessoas do colégio, dois jovens bruxos de casas rivais encaravam o céu.

- Por que você acha que só algumas pessoas podem fazer magia? - Lilian perguntou, sem desviar o olhar de uma nuvem que lhe captara a atenção.

- Qual seria a graça? Na verdade, acho que todos os trouxas têm um pouco de magia dentro de si, eles só não querem acreditar e nem deixar com que elas se manifeste. - Severo responde encarando a ruiva ao seu lado.

- Eu não entendo. Por que alguém se recusaria a acreditar na magia? - Ela desvia o olhar também, vendo o jovem sonserino com o rosto iluminado pela luz do sol.

- Algumas pessoas simplesmente preferem se fingir de cegas, como a sua irmã, a Petunia, ela sabe da existência da magia, mas não crê nela. - O mestiço se senta e a encara, enquanto Evans apenas desvia o olhar. Passos na escada são escutados e os dois se viram a tempo de ver Potter e Black entrando na sala.

- Opa! Incomodamos? - Sirius pergunta e Lilian nega.

- O que estão fazendo aqui? - Ela pergunta com suavidade na voz.

- Íamos fazer um duelo de azarações, sobre o que estão conversando? - Potter pergunta da mesma forma.

- Sobre os trouxas e a magia. - Severo explica e Sirius se senta ao seu lado.

- Estão falando o que exatamente? Que eles são inferiores? - O sangue puro pergunta fazendo uma careta contra a ideia que ele mesmo havia proposto e Potter senta-se ao seu lado.

- Na verdade, é mais como os trouxas não querem ver a magia e por isso não a têm. - Lilian explica.

- Então você acha que só têm o poder aquele que acredita? E como explica as linhagens de sangue puro? - Tiago pergunta, curioso.

- Na verdade, Potter, seria mais como se só se manifestasse naqueles que acreditam. - Severo explica.

- E bem, crianças de linhagem bruxas já nascem acreditando e sabendo sobre a magia. - Lilian fala.

- E os abortos? - Black questiona.

- Talvez eles não acreditem de verdade na magia e em seu próprio poder. - Potter é quem responde, finalmente entendendo a essência do debate.

- Então somos todos mágicos? - Sirius pergunta confuso.

- Apenas se você acredita. - Snape diz e o grupo nada diz, apenas encaram o sol, notando a magia presente naquele momento.