Septem.

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O Natal havia passado, mas a neve continuava a brilhar em Hogwarts, Siriús e Tiago tentavam fazer um castelo de neve enquanto Remo e Pedro estavam apenas tentando fazer uma muralha. Eles iriam fazer guerra de neve.

- Siriús, aumenta essa torre, se colocar assim eles vão acertar a gente. - Potter ordena e Black revira os olhos, indo aumentar a torre.

Snape e Lily se aproximavam dos rapazes.

- O castelo não vai ser páreo para a muralha. - Severo fala observando e Lily assente.

- Fazer algo bonito nem sempre significa que vai fazer algo forte. - A ruiva diz e Tiago nega

- Bom, quando a gente ganhar, ai conversamos. - Siriús sorri e após aumentar a torre, começa a construir o canhão ao lado do outro canhão que Tiago fazia.

Ao prestar mais atenção na estrutura, viu que ambos possuíam canhões de neve que provavelmente seriam ativados por magia.
Com uso de Transfiguração, Tiago e Siriús criaram soldados de neve, enquanto Remo fazia armadilhas na neve com azarações sussurradas.

Severo percebeu que mais do que uma guerra entre reinos, seria uma guerra entre reis.

- Isso não está me parecendo uma guerra de neve convencional. - Lilian falou e Snape sorriu.

- Acho que é porquê realmente não é, eles estão fazendo algo como... como xadrez bruxo. - Os dois se entreolham.

- Acha que o Tiago e o Siriús podem ganhar? - Evans pergunta.

- Não sei se os soldados deles vão ser páreos para as azarações. - O sonserino comenta e recebe uma bola de neve na cara e olha indignado para Remo que controlava o canhão.

- Vocês estão nos atrapalhando. - Ele fala e Tiago ri.

- Não consegue se concentrar com o barulho, Lupin? - Pertuba e ele e o Siriús começam a cantarolar alto.

Até que Remo joga algumas bolas de neve neles.

- Que a guerra comece. - Pedro diz e os outros dois bruxos se ajeitam atrás da muralha e então começam a atacar.

Os soldados conseguem avançar pelo campo, mas são facilmente derrotados pelas mini avalanches e presos nas azarações, em compensação, isso distraía facilmente os canhões, fazendo com que o outro lado obtivesse mais vantagem.

No fim das contas, Pedro lança um Expelliarmus e a muralha da outra dupla cai.

- Isso foi roubo! - Siriús grita em protesto.

- Não foi! - Pettigrew branda e Black rosna e saca a varinha.

- Bombarda! - A muralha se desfaz imediatamente, fazendo Lupin recuar para que o feitiço não o acerte. - Assim é muito fácil, não é?

Tiago vê o estado de seu amigo e o toca no ombro.

- Não vale a pena, Siriús. - Sussurra no ouvido do amigo que apenas ignora e avança mais.

- Diz de novo que não foi roubo, Pedro. - Black fala lentamente e então Snape e Lilian resolvem interferir.

- Protego! - Os dois lançam ao mesmo tempo, fazendo Siriús, Tiago e Pedro serem arremessados por conta da intensidade da barreira que surgiu.

- Vocês estão parecendo crianças. - Remo diz e vai até Sirius, o ajudando a levantar, já que o mesmo fora o mais afetado. - Você roubou, Pedro, ao menos admita.

Depois que todos estão de pé, Pedro dá de ombros.

- Tudo bem, eu roubei, mas agora, eu vou entrar para tomar banho. - Ele fala e sai arrastando a capa até Hogwarts.

- Rato nojento. - Black murmura e Tiago ri alto em seguida.

- Qual é, foi só uma brincadeira. - Ele diz e se joga na neve.

- Você vai pegar uma gripe. - Lilian fala revirando os olhos, ignorando quando Tiago começa a fazer um anjo na neve.

Enquanto converam, Siriús vê o irmão e os outros bruxos chegarem e revira os olhos mais uma vez e se afasta do grupo quando Régulo o chama com um gesto de cabeça.

Ao se aproximar do irmão eles apenas se olham, Régulo era uma cabeça mais baixa que Siriús, porém possuía os mesmos traços angulosos e os cabelos cacheados.

- Feliz Natal. - O Black menor e mais novo sauda e o mais velho apenas assente.

- O que você quer? - Siriús vai direto ao ponto e cruza os braços.

- Mamãe quis saber porquê você não voltou, ela ficou chateada. Você renega à família, mas normalmente vai para casa no Natal. - Régulo olha com mágoa pra Siriús.

- Lá não é minha casa. - O Grifinório é frio.

- Eu preciso de você, Siriús, eu estou com medo. - O Sonserino murmura.

- Medo? Que novidade um Black com medo. - Ele diz com ironia e o irmão segura a manga de seu braço.

- Eu o vi... Eu vi Você-Sabe-Quem... Ele foi na nossa casa... Siriús, ele estava lá... - Black vê o medo no olhar do irmão mais novo.

- Mas você não o idolatrava? - Perguntou de cenho franzido.

- Sim, até encarar seus olhos de cobra. - O rosto de Régulo era puro pavor. - Querem que eu me alie a ele, eu não quero.

Siriús, finalmente se empadece para com o irmão.

- Você não precisa, Régulo. - O mais velho dos Black acaricia o cabelo do irmão.

- Eu tenho. Pela mamãe. - Ele sussura e se afasta.  - Tenho que ir, adeus, Siriús.

O garoto se afasta assustado e Siriús volta até seus amigos que observavam a cena.

- O que aconteceu, Siriús? - Lilian foi a primeira a perguntar.

- O senhor das trevas. Ele esteve na minha casa. - Black fala e Lilian engole em seco.

- O que Régulo queria? - Tiago pergunta pondo a mão no ombro do amigo que parecia abalado.

- Esse é o problema. Eu não sei. - Mas no fundo, Siriús sabia o que Régulo queria.

Cervus et Lupus - Tiago e SiriusOnde histórias criam vida. Descubra agora