2- Revelar

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Draco o abraçou ainda mais enquanto ele desabava contra seu ombro, se tremendo de tanto chorar, nunca imaginou isso dele, nunca o viu tão frágil, nem quando ele se fingiu de morto nos braços do meio gigante. O pegou carregando de leve pro outro lado se sentando no assento estendido e como ele ainda era menor que ele, o deixou sobre suas pernas e deixou os braços a sua volta, sua mão passando por suas costas e se balançando devagar pra acalmá-lo, como sua mãe fazia quando ele era pequeno e o deixou molhar sua camisa.

Parecia que estava chorando o peso do mundo, também, vendo aquele povo morrer a sua volta, sem poder fazer nada, só soube que ele estava procurando alguma coisa pra derrotar o cara de cobra e foi procurar no castelo e a coisa toda desandou, mas enfim, tudo acabou. Suspirou e fez uns sons pra acalmá-lo e continuou com a mão passeando por suas costas e mal percebeu estava derramando algumas lagrimas, as limpou depressa e continuou a balançá-lo.

E ele parou de chorar aos poucos, mas continuava a balançá-lo e passar as mãos por suas costas, deixando sua cabeça ao lado da dele e ele ficou nos soluços contidos, o loiro não falou nada, só pegou um lenço de suas vestes e o entregou que pegou quieto e se deixou ficar em seus ombros e limpou o rosto e os óculos e ficou ali parado um pouco, tentando conter a vergonha de ter feito uma coisa dessas.

— Desculpe... – sussurrou baixo.

— Nada, você estava precisando... – falou do mesmo modo, mexendo em seus cabelos rebeldes.

Ele funga e fica mais ali, que estava gostando um pouco dessa atenção do loiro, ele que espezinhava tanto sua vida e o enchendo que gostava da fama que carregava, mas vivia fugindo e agora o estava consolando. Realmente, ajudou por aquilo tudo pra fora, suspirou e se ergueu ficando reto, ficando um pouco envergonhado de estar em seu colo, limpou melhor os olhos e lhe entregou o lenço, ele sorriu e negou deixando com ele.

— você precisa mais do que eu. – falou sorrindo de lado. O moreno piscou os olhos e deixou a cabeça cair de lado, que o loiro achou fofo. Fofo?

— Nárnia? – questionou confuso. O loiro sorriu e afirmou. – olha, você vendo coisas de trouxas... – falou com um pequeno sorriso.

— Fazer o que? Eu tinha que fazer alguma coisa no meu tempo... – falou e mudou o rumo. – pelo menos de fiz sorrir. – falou cutucando os cantos de sua boca, que se soltou com um esboço de riso.

— é... – falou e voltou a ficar sério, olhando pra frente.

— oh, fica assim não. Se as coisas ficarem escuras demais... – falou e fez uma pausa e ele o olhou e não segurou o riso. – continue a nadar, nadar, nadar...

— Nemo!? – falou espantado. E não conseguiu deixar de rir do loiro, que fez quase perfeito.

— É, aprendi algumas coisinhas... – falou rindo junto.

O olhou e riu mais um pouco, cada coisa desse loiro, balançou a cabeça e o olhou, que percebeu que o olhava admirado, ergueu uma sobrancelha e ele sorriu e ergueu uma mão e contornou seu rosto, que ficou levemente corado com isso e mais um pouco quando se percebeu ainda sentado em cima dele. E o loiro o olhou em seus olhos por mais tempo e seus dedos o puxando de leve, que se espantou um pouco, mas não fez nada para pará-lo. E quando viu o loiro se aproximou e o beijou.

Soltou um suspiro de choque e ele o pressionou mais um pouco e ele o beijou lentamente e quando percebeu, cedeu a passagem de sua língua, o beijando de volta. E sentiu que era aquilo que faltava, que era o que queria e intensificou mais o beijo, passeando sua língua na dele e soltou um gemido baixo quando ele lhe sugou a língua, entrelaçou sua língua na dele e ele lhe mordeu de leve o lábio inferior e puxando de leve, quando não tinha mais ar. E ficou com sua testa colada a dele, tentando buscar a respiração e abriram os olhos e se viram refletidos no outro e gostou um pouco quando viu sua pele clara corada.

— Malfo...- fala e o outro lhe cala com um dedo nos lábios.

— Draco. – fala com sorriso pequeno e lhe da um selinho que lhe arrepia. – Harry. Acho que sempre quis isso... – fala confessando.

— Mas... – fala se afastando um pouco.

— Por que você acha que não lhe entreguei quando foi lá em casa? Quando deixei de fazer tantas coisas? – falou e ele lhe olhou espantado e balançou a cabeça. – não era exatamente medo, era porque não queria te perder. Talvez o professor tivesse razão o tempo todo, eu não era... ruim... por isso te protegi, pelo menos um pouco. – confessa.

— Draco. – fala espantado e ele sorri quando usa seu nome.

—... e também quase chorei como os outros, quando o vi nos braços lá do seu amigo grande. – fala sorrindo de lado acariciando seu rosto, que corou um pouco.

— chorou? – perguntou arqueando a sobrancelha.

— disse quase, mas me segurei lá na hora, não podia dar bandeira pra eles... – falou um pouco amargo. – mas quase pulei junto com os outros, quando você 'reviveu' e chegou chegando no cara de cobra. – falou sorrindo, que o outro riu.

— é, culpado também, que te salvei lá na sala. – falou corado o olhando de lado.

— é, meu herói... – fala o apertando. Que tira seu sorriso.

— não diz isso... – fala num sussurro baixo.

— oh caramba, ok, meu moreno lindo, cheio das coragem grifinoriana, que se meteu no meio do fogo, só pra livrar meu rabo lindo de ser queimado. – falou pomposo. E o moreno riu. – é assim que eu te quero. – falou sorrindo pegando em seu rosto.

E não resistiu mais e o beijou novamente, acariciando seu rosto, que suspirou e correspondeu. E o pegou pelo pescoço, o fazendo se aproximar ainda mais e aprofundando o beijo, enlaçando suas línguas em um duelo entre elas e se beijaram com mais vontade e o moreno se arrepiou quando ele apertou sua cintura o fazendo ficar mais perto. E aumentaram ainda mais o beijo se tornando quente e necessitado e ele lhe sugou a língua quando não existia mais ar.

— te quero testa rachada. – falou quente com um sorriso.

— também, fuinha albina. – falou corado, mas com um sorriso de lado.

O loiro franziu o nariz pela lembrança, mas sorriu e o pegou pela cintura o arrepiando, o trazendo pra mais perto, ficando mais em cima dele e passeou os dedos por suas costas o arrepiando. E o loiro lhe afrouxou a gravata, ele se afastou um pouco hesitando, mas mordeu a boca por seu olhar quente e permitiu deixando ele tirar a gravata e o beijou com mais vontade, não resistindo mais e retirando suas vestes.

Retornando a escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora