8 | Marcellus era um filho pra mim

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Melanie On~

Não esperava por isso.

- Klaus, tenta me entender. Eu fiz o que achei que era necessário para nos manter a salvo - disse, tentando manter a calma.

- E como eu deveria entender? Você desaparece por séculos, nos faz acreditar que estava morta e agora quer que simplesmente confiemos em você? - sua voz aumentava, a frustração e a raiva evidentes.

- Eu sei que parece egoísta, mas eu estava com medo. Não sabia lidar com tudo isso. Eu sou uma tríbida, Klaus. Lobisomem, vampira e bruxa. E isso foi um erro, um erro que Esther criou e tentou controlar.

Ele deu um passo para mais perto, seus olhos brilhando de fúria.

- Você acha que pode voltar e dizer que foi tudo um erro e que fugiu para nos proteger? Você não tem ideia do que passamos!

- Não, você não entende! - gritei, a frustração transbordando. - Eu estava com medo! Acreditava que, se ficasse, colocaria todos vocês em perigo. Não só por Esther, mas pelo que eu poderia fazer!

Klaus revirou os olhos - Sempre demos um jeito, sempre estivemos em perigo, mas sempre estivemos juntos - Klaus diz

Okay, realmente ele tem razão, mas droga! É muito difícil entender que não queria ser mais um peso?

Vejo Klaus respirar fundo e balançar a cabeça.

- Preciso de mais Respostas do que simples desculpas. Então me diga, por que tirou o Salvatore do nome?

Respirei fundo, tentando me acalmar.

- É o sobrenome do meu pai. Não me considero muito uma Salvatore - dou de ombros, tentando aliviar a tensão.

- E por que os Salvatore de hoje não são lobos? - ele perguntou, a curiosidade momentaneamente substituindo a raiva.

- Consegui fazer uma bruxa me ajudar a acabar com a maldição da minha família. Odeio meu pai, e a alcatéia era seu maior amor, muito mais do que eu fui um dia, talvez. Então cortei o mal pela raiz.

- Não sabia que era possível - ele admitiu, a raiva ainda latente, mas agora misturada com interesse.

- Quando se tem a melhor bruxa de magia negra, se tem tudo - respondi, olhando diretamente para ele. - Eu fiz o que tinha que fazer.

- E o que você virou? - ele perguntou, tentando compreender.

- Já falei. Pelo que eu sei, uma tríbida: loba, vampira e bruxa.

- Mas não pode ser vampiro, bruxo e lobo segundo o equilíbrio. Tenho procurado uma explicação para Hope desde que ela nasceu.

- Por isso sempre digo que a vaca da sua mãe fez merda. Sou um efeito colateral do mundo sobrenatural. Pode parecer estranho, mas minha fome é muito maior. Minha vontade de matar cada um que está nesse bar é enorme, e por muitos anos me mantive afastada de humanos para não virar uma estripadora.

Klaus estreitou os olhos.

- Hope passará por isso?

- O caso da Hope é diferente. Ela nasceu com o sangue de vampiro no corpo. Acredito que vai ser difícil, mas ela já nasceu assim. Eu fui um erro.

Ele franziu a testa, confuso.

- Eu velei seu corpo... Ou pelo menos o caixão. Hoje nem sei o que minha mãe colocou lá dentro.

- Eu sei - falei desviando o olhar

- Como? Você não tinha fugido? - ele perguntou, ainda mais confuso.

Suspirei, sabendo que não podia mais esconder a verdade.

- Uma hora ou outra vocês vão saber...

- Não me julga antes de entender, por favor. Já tinha voltado uma vez, há 100 anos, para rever vocês. E uma coisa levou à outra e acabei ficando por um bom tempo, mas tive que fugir de novo.

- Eu não lembro disso - disse ele, incrédulo.

- Vamos lá... Quando o Marcellus já estava morando com vocês, eu tinha voltado. Mas Esther tinha conseguido algum controle sobre mim, o qual eu pensei ter quebrado. Comecei a ver o perigo que estava pondo vocês. Ela queria matar vocês, e tudo que ela mandava eu fazia sem querer. Eu podia matar vocês, e não iria suportar isso.

Klaus deu um passo para trás, a raiva misturada com choque.

- Você está querendo me dizer que já tinha voltado? Se voltou 100 anos atrás, o que fez nos outros?

- Esther tinha controle sobre mim. Fui capacho dela por muitos e muitos anos. Depois, fui procurar descobrir mais sobre mim. Por ser a única da espécie, não tive muitas respostas.

Ele parecia tentar processar tudo.

- E como eu não lembro? Como meus irmãos não se lembram?

- Uma magia misturada com meu lado vampiro fez eu conseguir compelir vocês a me esquecerem e continuar com a memória de eu ter morrido. Se quiser, posso te devolver essas lembranças.

Klaus ficou em silêncio, lutando com suas emoções.

- E agora? Você vai ficar aqui até a Esther voltar das cinzas e te controlar para você ter que ir embora?

- Não, Niklaus. Eu consegui - sorri com os olhos lacrimejados. - Eu finalmente me livre, assim que vocês mataram ela. Ela nunca mais vai poder me controlar, e eu não vou precisar ir embora.

Klaus olhou para mim, ainda desconfiado.

- Quanto tempo você ficou aqui pela última vez?

- Uns 30 anos. Marcellus já era um homem feito - sorri orgulhosa. - Ele foi um filho para mim, do mesmo jeito que foi para você.

- Você pode me devolver as lembranças agora? - ele perguntou, confuso e perdido.

- Claro.

Ponho minhas mãos na testa dele e faço o feitiço.

- Klaus? - falo assustada. Ele parou do nada.

Ele respirou fundo, seu rosto pálido.

- Eu... eu... preciso pensar.

- Eu sei - sorri, embora meu coração estivesse pesado. - Foi bom rever você, Niklaus - falei, saindo em velocidade de vampiro para minha casa.

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o que acham que vai acontecer???💕💕

De Volta A Família MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora