Aaaaaaaa 15k de visualizações e 1,02k votos mdssss eu tô muito feliz 😹Mas vamos lá
Boa leitura ❤️
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Eu fiquei ali ao lado de Klaus, absorvendo suas palavras e o momento raro de vulnerabilidade entre nós. Havia tanto sobre o qual conversar, tanto que ficou pendente por anos, mas o simples fato de estarmos dispostos a tentar já era um passo enorme.
— Eu queria que tivéssemos paz — falei, quebrando o silêncio enquanto nossos olhares se cruzavam. — Tipo, para criar as crianças, sabe? Não quero que Dylan cresça nessa vida de brigas e guerras. Ele é tão pequeno, Klaus... ele não deveria carregar o peso do que nós carregamos.
Klaus me olhou com um misto de compreensão e tristeza.
— Te entendo, love. — Ele se aproximou mais, envolvendo-me em seus braços. — Faremos o possível para manter as coisas assim, longe de conflitos... mas você sabe que nosso passado sempre tenta nos puxar de volta.
Havia verdade nas palavras dele, mas naquele momento, eu só queria acreditar que poderíamos, ao menos por um tempo, ter a paz que tanto ansiamos. Abracei-o mais forte, sentindo o calor e a familiaridade que por tanto tempo me faltou.
— Dorme comigo hoje? — perguntei, quase num sussurro.
Klaus me olhou, surpreso, mas logo sorriu, aquele sorriso que eu conhecia tão bem, cheio de charme.
— Não preciso pensar duas vezes — disse ele, antes de me empurrar levemente para a cama, caindo por cima de mim, seus olhos brilhando com uma ternura rara.
Ficamos assim, nos olhando, os corpos próximos e os corações batendo no mesmo ritmo. Havia uma conexão ali que nunca se quebrou, mesmo com o tempo e as feridas.
— Senti sua falta — sussurrei, quebrando o silêncio pesado que havia se formado entre nós.
— Eu pensei em você todos os dias — ele confessou, sua voz um pouco rouca, como se aquelas palavras pesassem. — Você foi a minha única companhia... a única coisa que me ajudou a suportar toda aquela angústia.
Eu fiquei sem palavras por um momento, surpresa pela intensidade da revelação. Klaus sempre foi o tipo de homem que escondia seus sentimentos por trás de uma máscara de força, mas ali estava ele, vulnerável, mostrando uma parte de si que poucos conheciam.
Sem saber o que dizer, comecei a fazer carinho em seu cabelo, sentindo-o relaxar ao meu lado. Ele se ajeitou, deitando-se ao meu lado e me puxando para mais perto. Ficamos assim, em silêncio, apenas sentindo a presença um do outro, até que, aos poucos, o sono começou a me envolver. Continuei a acariciar seu cabelo, até que, lentamente, adormeci em seus braços.
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Acordei com a luz suave do sol entrando pelas cortinas. A sensação de segurança e conforto era palpável. O calor do corpo de Klaus ainda me envolvia, e eu me movi lentamente, sem querer quebrar aquele momento de tranquilidade. Pela primeira vez em muito tempo, senti como se o peso que carregamos tivesse diminuído, nem que fosse apenas por uma noite.
Klaus ainda dormia ao meu lado, sua respiração tranquila e regular. Era raro vê-lo assim, tão em paz. Desviei o olhar para o quarto silencioso, lembrando-me de Dylan e Hope. Havia muito a fazer, e aquele breve momento de paz seria logo substituído pela realidade de nossas vidas, mas, por agora, eu queria prolongar esse sentimento o máximo possível.
Pouco depois, senti Klaus se mexer ao meu lado, seus braços ainda me envolvendo. Ele abriu os olhos lentamente, me encarando com um sorriso sonolento.
— Bom dia, love — sua voz estava rouca pelo sono, mas havia uma suavidade nela que me fez sorrir.
— Bom dia — respondi, aproximando-me para um breve beijo em seu rosto. — Dormiu bem?
— Como eu não dormia há séculos — ele disse, sua mão subindo até minha nuca, acariciando levemente. — Talvez porque eu finalmente tive uma boa companhia.
Ri baixinho, me afastando para sair da cama.
— Vou ver como estão as crianças — falei, sabendo que Hope provavelmente já estava acordada e Dylan, como sempre, cheio de energia logo cedo.
Klaus assentiu, mas havia um brilho em seus olhos que me fez hesitar antes de sair do quarto.
— Temos que conversar com eles também. Eles precisam saber que estamos comprometidos em fazer tudo diferente dessa vez — eu disse, minha voz firme, mas cheia de esperança.
— Eu sei, Mel. Eles merecem a chance de viver de outra forma — Klaus respondeu, sua expressão ficando séria, mas compreensiva.
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Desci e encontrei Dylan já sentado à mesa, com um sorriso enorme no rosto, enquanto Rebekah preparava algo no fogão. Hope estava ao lado dele, mostrando um desenho que ela havia feito.
— Bom dia, mamãe! — Dylan gritou, balançando as perninhas na cadeira, animado.
— Bom dia, meu amor — respondi, aproximando-me e beijando o topo da sua cabeça. — Hope, isso está lindo!
— Ela está me ensinando a desenhar! — Dylan anunciou, como se fosse a coisa mais importante do mundo.
Sentei-me à mesa, sentindo uma leveza em meu peito que não sentia há tempos. Hope e Dylan conversavam alegremente, e Rebekah se juntou a nós logo depois, trazendo um prato de panquecas.
— Espero que estejam com fome — Rebekah disse, sorrindo.
— Você tem talento na cozinha, Rebekah — eu ri, pegando uma panqueca para mim e para Dylan.
Enquanto comíamos, Elijah entrou na cozinha, com seu semblante sempre calmo, mas com uma seriedade habitual. Ele se aproximou, beijando a cabeça de Hope e me lançando um olhar rápido, como se estivesse avaliando o humor da manhã.
— Precisamos falar mais tarde, Mel — ele disse em voz baixa, sentando-se ao meu lado. — A situação com Marcel ainda está indefinida. Klaus disse que vai encontrá-lo esta noite.
Senti o aperto familiar no estômago. Era como se a sombra de Marcel estivesse sempre por perto, mesmo nos momentos mais tranquilos. Por mais que quiséssemos uma trégua, a incerteza estava sempre presente.
— Eu sei — respondi, mantendo minha voz calma para não alarmar as crianças. — Vou falar com Klaus sobre isso mais tarde.
Elijah assentiu, mas a tensão entre nós era clara. Sabíamos que o que estava por vir poderia mudar tudo.
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Mais Tarde, No Jardim
Enquanto as crianças brincavam no jardim, sentei-me ao lado de Klaus em um dos bancos de pedra que adornavam o lugar. Ele parecia distraído, perdido em seus pensamentos.
— Está pronto para encontrar Marcel? — perguntei, quebrando o silêncio.
— Nunca se está verdadeiramente pronto para uma conversa com Marcel — ele respondeu, um sorriso irônico surgindo em seus lábios. — Mas vamos ver se ele ainda tem algo a perder com essa guerra.
Eu sabia o quanto Klaus tentava manter o controle, mas também sabia que sua paciência era limitada. Marcel representava uma ameaça constante, e a paz que desejávamos parecia sempre um passo fora de alcance.
— Só... tome cuidado. Não quero que as coisas escalem de novo — falei, tentando esconder minha preocupação.
Klaus assentiu, mas eu podia ver a batalha interna que ele travava. Nova Orleans era importante para ele, mas nossa família era o que realmente importava agora.
— Eu farei o que for preciso para proteger vocês, Mel. — Ele me olhou nos olhos, sua voz séria, mas cheia de convicção.
A noite seria decisiva, e no fundo, eu sabia que o destino de todos nós dependia daquele encontro.
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De Volta A Família Mikaelson
VampireE se houvesse um ser mais poderoso que os próprios Originais? Melanie, uma tríbida - lobo, vampira e bruxa - carrega segredos que podem mudar tudo. Criada ao lado dos Mikaelson e vítima das manipulações de Esther, seu passado está repleto de sombra...