28 | Promessa silenciosa

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VOOOOOORTEII❤️

Boa leitura xuxus🤗

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Depois do encontro casual com Marcel, levantei do banco e segurei a mão de Dylan. Ele ainda sorria, empolgado com sua pipoca, sem se dar conta da complexidade das conversas ao redor dele. Era uma das bênçãos de ser tão jovem; o mundo era simples, dividido entre o que era doce e o que não era.

- Vamos, filho, tem mais coisas para a gente ver por aqui - falei, dando um último aceno para Marcel, que permaneceu no banco, observando-nos se afastar.

Enquanto caminhávamos pelas ruas coloridas de Nova Orleans, eu sentia um misto de alívio e desconforto. A cidade era o berço de tantas memórias, boas e ruins, e estar ali com Dylan, que era a mistura perfeita de mim e Klaus, só reforçava o peso do que ainda estava por vir.

Mas, por ora, decidi que deixaríamos as preocupações para depois. Nova Orleans estava viva como sempre, com música nas ruas, o cheiro doce de beignets no ar e a energia vibrante que parecia nunca cessar.

- Mamãe, posso brincar ali? - Dylan apontou para um grupo de crianças que corria ao redor de uma fonte.

- Pode sim, mas fique perto de mim, tá? - disse, observando-o correr com suas perninhas rápidas em direção às outras crianças.

Enquanto ele se distraía, percebi que meus pensamentos sempre voltavam para Klaus. Ele havia ficado tão distante quando saímos de casa, e nossas últimas palavras ainda ecoavam na minha mente. Foi um erro tocar naquele ponto sensível, jogar na cara dele que havia acabado de voltar à vida de Dylan. Eu sabia que ele estava tentando, mas o passado sempre nos puxava de volta.

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Quando retornamos à casa dos Mikaelson, já estava anoitecendo. Dylan estava exausto, com o rosto sujo de pipoca e brincadeiras, mas feliz. Ao entrar, vi Klaus encostado na parede da sala, com os braços cruzados, observando-nos. Seus olhos estavam fixos em Dylan, e seu olhar era indecifrável, uma mistura de orgulho e dúvida.

- Papai! - Dylan gritou com a alegria habitual, correndo em sua direção.

Klaus, um pouco surpreso, abaixou-se e pegou Dylan no colo, abraçando-o. O gesto era suave, mas ainda havia algo em sua postura que denunciava a tensão por baixo daquela fachada. Ele olhou para mim sobre o ombro de Dylan, como se estivesse tentando medir minhas reações.

- Como foi o passeio? - perguntou, sua voz tranquila, mas carregada de algo mais.

- Foi bom. Mostrei a cidade para o Dylan. Ele adorou - respondi, mantendo o tom leve. Era melhor não trazer à tona a discussão anterior naquele momento.

Klaus assentiu e colocou Dylan no chão, que imediatamente correu para subir as escadas, aparentemente determinado a contar alguma aventura para Hope.

Eu me aproximei devagar, parando ao lado de Klaus. Havia tanto que precisava ser dito, mas as palavras não vinham com facilidade.

- Eu queria pedir desculpa - comecei, sentindo a tensão no ar. - Sobre o que eu disse mais cedo... Eu não quis dizer que você não é o pai dele. É só que, às vezes, eu me sinto tão sobrecarregada com tudo isso. Ele tem esses poderes, Klaus, e eu tenho medo de não saber como ajudá-lo.

Klaus ficou em silêncio por um momento, olhando para a escada por onde Dylan havia desaparecido. Finalmente, ele virou-se para mim, seu rosto relaxando um pouco.

- Eu entendo, Mel. Eu também tenho esse medo. Dylan é... extraordinário, mas com isso vem uma responsabilidade que nem sempre sei como lidar - ele suspirou, passando a mão pelo cabelo. - Estou tentando. Eu realmente estou. Mas você tem razão, eu perdi muito tempo. E não posso mudar isso.

A sinceridade na voz de Klaus me pegou de surpresa. Ele raramente era tão aberto sobre suas falhas, mas ali, naquele momento, ele estava sendo honesto, e isso me comoveu.

- Nós vamos descobrir como fazer isso juntos - disse, dando um passo à frente e colocando a mão em seu braço. - Ele precisa de nós dois.

Klaus olhou para mim, e por um momento, o peso entre nós pareceu se dissipar. Era uma promessa silenciosa de que faríamos isso funcionar, de uma forma ou de outra.

De Volta A Família MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora