Capítulo 15

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E aí pessoas turubom?? Eu sei eu sei, foi mal a demora. Mas peço que entendam que estudar, trabalhar e vida social às vezes toma o nosso tempo mas cá estou para mais um capítulo. Antes de mais nada muuuuuuuito obrigada a todos que votaram e comentaram no capítulo anterior. Digo e repito, não respondo todos os comentários mas eu leio sim todos, então eu sei o que vocês estão achando, as opiniões de vocês e tal. E por isso não deixem de comentar tá? Espero que gostem desse capítulo e não prometo mais vou tentar voltar o mais rápido com o próximo. Obrigada a todos e tenham uma ótima semana.
Obs: Perdoem o erros, não tive tempo de revisar.

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-- Chega assim não dá. - Joguei a caneta em cima da mesa e girei a cadeira pra ficar de frente a menina que estava deitada na minha cama. -- O que foi?

A loira soltou mais um dos seus suspiros daquela tarde antes de tirar os olhos do celular e me encarar.

-- Vamos Clara eu não tenho muito tempo. - Teríamos uma prova de física daqui a dois dias no qual eu não tinha estudado NADA e digamos que minha querida meia irmã e suas lamentações não estavam ajudando muito.

-- Fio. - A garota sussurrou voltando o olhar pra qualquer canto que não fosse a minha cara.

O silêncio reinou um pouco onde eu não fazia questão nenhuma de quebrar. Não sou de forçar ninguém a falar, mas também não tinha muita paciência em esperar. E por isso insisti.

-- Sim?? - Arqueei a sobrancelha esperando a continuação.

-- Eu acho que estou interessada nele. - Falou rápido. Pude ver um pouco de apreensão nos seus olhos o que me fez levantar para sentar na cama.

-- E isso é tão ruim assim? - Franzi o cenho tentando entender qual o problema disso. Tirando o fato de ter ficado com a Samantha, Fio era um cara muito gente boa e no fundo eu sabia que ele faria muito bem a loira.

-- Eu não sei. - Seu olhar começou a correr pelo o meu quarto e eu vi aquilo como uma tentativa de encontrar respostas. Como eu sei disso? Eu fazia isso.

-- Tem certeza que não sabe? - A chamo de volta para a conversa. -- Tem certeza que a cor da pele dele não te apreensiva de alguma forma? - A encarei séria sabendo exatamente o que se passava na sua mente.

-- Claro que não Lica. Eu não sou racista! - Falou na defensiva. -- Eu não quero ser. - E novamente baixou o olhar.

-- Fomos criadas pra ter medo deles né? -Vejo a sua cara confusa após a pergunta. -- Colocam na nossa cabeça que são perigosos, que vão fazer mal pra gente…

-- O Fio não é nada disso. - Ela me cortou. -- Ele é muito legal, trabalha, estuda, fez um clipe lindo..

-- Eu sei. -- Concordei.

-- Será que eu sou mais preconceituosa do que eu pensava? - Seu receio era evidente e um pouco triste. Clara sempre foi uma menina legal, mesmo com todos os  problemas que tivemos, e ver que algo assim a assustava e machucava, mexia comigo.

-- Pode ser. Mas tem um jeito de lutar contra isso.

-- Como? - E pela primeira vez naquela conversa, minha meia irmã esboçou um sorriso.

-- Lutando. Saindo dessa nossa bolha cheia de hipocrisia e preconceito. - Sorri de volta.

Pela a primeira vez depois de muito tempo, descobri que eu e Clara ainda conseguimos conversar numa boa, sem brigas e dramas. E confesso que no fundo esse fato me deixou feliz.

Depois na nossa conversa, finalmente voltei aos meus estudos. Não o suficiente pra tirar uma nota boa mas também o suficiente pra não passar vergonha, até porque eu não poderia me dar o luxo de desempenhar um papel péssimo no quesito âmbito escolar em pleno ano de vestibular e sabendo que o Edgar só estava esperando um escorregão meu no Grupo pra encher a minha paciência novamente.

A Cura (Hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora