Choque.

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Não, não, não e não. Isso não é meu! Não pode ser!

Tentei pensar sobre ontem á noite, sobre alguma coisa que possivelmente pode ter acontecido. Os drinques! Ela me fez ficar para mais um drinque! A filha da mãe me embebedou e me seduziu, e eu o idiota deixei. Mas como? Eu iria sentir. Já transei bêbado, mas com consciência, e senti cada toque e diversas posições que fiz. Será que ela me drogou? Tenho que fazer exames, e tenho que convencê-la a fazer também.

- Pai? - levo um susto ao ouvir a voz de sono de minha filha.

- Er... oi querida, bom dia. - sinceramente estou morrendo de vergonha por ter que encarar a minha filha depois desse provável ocorrido.

- Bom dia, tudo bem?

- Sim, porquê?

- O senhor está mais pálido e está com as mesmas roupas de ontem. - explicou. Olhei as minhas vestimentas e tentei pensar em algo.

- Er... hm...

- Esqueceu do bilhete que ele deixou ontem, filha? - essa voz, não gosto dela. Thayná aparece no meu campo de visão, com olhos inchados e vermelhos, assim como o o nariz. Ela andou chorando, e eu não fiz nada para acalmar a situação, e nem sei se transei de verdade com a Kate.

- Ah sim, verdade. - disse Hayley. - E como foi o trabalho, pai? - perguntou com um pequeno sorriso.

- Foi normal. - respondi e me levantei. Me senti tonto, mas consegui me equilibrar. Olhei para a minha esposa e ela percebeu o meu estado, e a vergonha veio mil vezes pior. Será que eu a traí?

- Melhor você ir tomar um banho, o trabalho foi exaustivo demais. - disse Thay e sei que naquele momento em diante, não seremos mais os mesmos um com o outro.


Banho tomado, advil engolido, café da manhã no estômago e mais calmo, resolvi procurar a minha esposa antes de ir para o trabalho. E a encontrei arrumando a bolsa dentro do carro.

- Oi. - disse. Ela me olhou e deu uma longa suspirada.

- Oi Henry.

- Podemos conversar?

- Agora é impossível. Tenho uma reunião, onde Travis quer conversar comigo. - é, as coisas serão difíceis. Assenti e olhei para o seu celular, onde mostrava uma mensagem de um número desconhecido.

- Essa reunião envolve coisas do trabalho? - pensei em voz alta.

- O que está insinuando? - perguntou sentindo-se ofendida. Me endireitei e travei o maxilar.

- O número desconhecido. - ela olhou para o seu celular e depois para mim.

- É o Phil. Ele mudou de número, e andamos conversando, pois ele virá na sexta para Londres e quer me ver. - explicou, mas algo estava deslizante nisso. - Satisfeito?

- Tenha um bom trabalho, Thayná.

- Pra você também, Henry. - com isso ela ligou o carro e se foi, me deixando com a sensação de estar sendo enganado.


Nesses dias tenho usado o carro de Hayley, mas consegui pegar o meu do concerto diário, e devolvi o carro de minha filha.

Cheguei no serviço as pressas, e comecei a procurar pela Kate. Nada. Aonde ela se meteu? Foi quando a vejo estacionando o seu porshe vermelho. Ando as pressas e quando ela percebe que sou eu, dá um sorriso sapeca e abre os braços.

- Olá, Hank!

- Olá porra nenhuma, o que você fez? - falei pegando-a pelo braço. - O que você fez, Kate?

Felizes para Sempre? - Livro 3 - O Recomeço.Onde histórias criam vida. Descubra agora