Noah é um assassino ou será que Alec?
Hayley. Hayley. Minha filha está com Noah num chalé!
- Sra. Cavill?
- Thayná?! - ao ouvir a voz de Henry não consegui controlar o meu corpo, e tombei para trás. - Amor! - gritou ele me amparando.
- Meu Deus! - exclamou o agente.
Depois de Henry me sentar na cadeira da cozinha e o agente Rodriguez me entregar um copo d'água, eu comecei a voltar a si e a chorar.
- Calma, amor. O que está havendo? O que o agente Rodriguez está fazendo aqui? - indagou as perguntas sem entender nenhuma delas.
- Calma Henry, a sua esposa me chamou aqui porque achou uma pasta suspeita.
- Pasta suspeita? Do que? De quem é essa pasta? - observei o meu marido e sei que ele estava quase a gota d'água. Será que algo aconteceu na empresa?
- É da Hayley, Henry. - murmurei. Ele olhou para mim sem entender ainda. Ficou em silêncio tentando raciocinar e fechou os olhos.
- São drogas?
- Não. - falei dando um meio sorriso.
- Gravidez?
- Também não. - meu lábio inferior tremeu e ele se abaixou em minha frente.
- Então o que é?
- Ela vasculhou sobre a vida de Noah e Alec. E acabou achando um assassinato. - Henry arregalou os olhos e logo ele estava de pé pegando o celular. - Henry?
- Vou avisar o Nik. - disse em desespero teclando com rispidez no celular.
- Não. - tentei me levantar, mas o agente pediu para eu ficar aonde estava.
- Sr. Cavill... temos que lhe explicar...
- NÃO! - gritou o meu marido para o agente Rodriguez. - Eles correm perigo.
- Como assim, nós sabemos que... - tentei apaziguar a situação, mas Henry me interrompeu com raiva.
- Alec é psicopata, Thayná! - falou entre dentes.
- Como assim? - perguntei. O agente parou em frente de Henry e tomou o seu celular.
- Vamos ter uma conversa civilizada, Henry. - deu uma pausa.
- Devolva o meu celular. - rosnou. Respirei fundo e ele me olhou.
- Tem peças que precisamos juntar, sr. Cavill. - murmurou o agente.
Cá estamos, nós três - agente Rodriguez, eu e Henry - pensando em como Alec Hatman pode ser tão sangue frio?
- Temos que ir atrás dele! - falei.
- E vamos. Vocês sabem aonde ele está? - perguntou o agente.
- Não sabemos, só sabemos que Hayley está com o Noah. - expliquei. O agente Rodriguez ficou pálido e pegou o celular, discando para alguém.
- Hill, desculpa em te incomodar na sua folga, mas lembra-se do desaparecimento que prestaram semana passada? - ele ficou em silêncio e depois assentiu em preocupação. - Obrigado, amigo.
- O que? - perguntou Henry.
- Más notícias.
- Fala logo, merda.- explodiu Henry levantando-se.
- Noah Hatman está desaparecido tem quase duas semanas. - Henry ficou petrificado no mesmo lugar, já eu, tomei uma atitude que nunca pensei em tomar.
- Vamos agora para essa porra de chalé! - passei por ele e peguei as minhas chaves.
- Sra. Cavill. - o agente me pegou pelo braço e me levou para a sala como se eu fosse uma aluna malcriada sendo levada á diretoria. - Temos de ter um plano?
- Um plano? A minha filha está com um psicopata que provavelmente deve ter matado ou sumido com o próprio irmão! - berrei na cara dele aos choros.
- Calma, respire. - pediu ele. - Irei ligar agora para os meus amigos e acionar a polícia. Vocês tem o endereço desse tal chalé?
- Sim, o Henry... - virei-me para não ver o meu marido ali. - Merda...
- Avenida única, florestal norte, área isolada. - falava mais uma vez o agente Rodriguez ao rádio de seu carro. Minhas lágrimas estavam secas em meu rosto contorcido de dor e medo. Minha filha está com um assassino, e o meu marido a beira da fúria foi atrás deles. Meu Deus... - Em 15 minutos? Tentem chegar antes disso, estamos lidando com serial killer. - desligou.
- Eu preciso ir junto! - disse mais uma vez.
- É melhor não, sra. Cavill. Estamos indo para um matadouro provavelmente.
- A minha filha tem 15 anos e meu marido tem 50. Como ver, estou grávida de gêmeos, não posso ficar desamparada! Eu vou junto. - disparei e ele fingiu em não estar abalado, mas sei que está, pois as suas pupilas estavam grandes cobrindo os castanhos.
- Irei trazê-los de volta, eu prometo. Mas tenho que deixá-la na casa de sua sogra.
- Eu sei me cuidar sozinha. - rebati.
- Sei...
Adentrei a casa dos meus sogros com dona Mary ao meu lado segurando a minha mão.
- Querida, você tem que pensar nos bebês agora. Os policiais irão trazê-los de volta. - sei que ela está no mesmo desespero que eu, mas está me transmitindo alguma paz.
- Eu só preciso de um chá quente. - murmurei.
- E depois descansar. - tentei sorrir, mas os meus pensamentos estavam em Henry.
Meu marido boca dura! Eu o amo demais, não posso perdê-lo, fizemos e temos tantas coisas, ele não pode me deixar aqui assim.
- Não mesmo. - sussurrei elaborando um plano.
Após o chá disse a dona Mary que iria para o quarto, mas menti. Caminhei para os fundos, descendo as escadas, entrando na garagem. Observei os carros um poucos luxuosos para os meus sogros.
- Sem chamar atenção, Thay. - murmurei para mim mesma. Olhei para a minha direita e vi uma pano gigante cobrindo algo. Caminhei até ele e o descobri por inteiro. Tossi e depois sorri com vitória. - Belo carro.
Arranquei com ferocidade garagem a fora, arrebentando o portão ao passar - claro, pedindo mentalmente desculpas para os meus sogros e a Deus. Olhei o retrovisor e vi Marianne gritar e chorar pedindo para eu voltar.
Sorte a minha, o trânsito estava calmo demais, dando-me a vantagem em sair em disparada com um Cadillac azul escuro brilhante. O motor ruge quando eu acelero, e me sinto em um filme de ação, mas nesse caso, é um terror.
Peguei a avenida sentido norte e não parei mais. Meus pensamentos foram em meu casamento durante esses 11 anos. Quando conheci Henry, quando nos beijamos a primeira vez, a nossa primeira noite, as nossas brigas, as nossas risadas, nosso casamento, o nascimento de Hayley, os primeiro passinhos dela, a primeira palavra - que não foi nem mamãe e muito menos papai, foi Kal. Minha família. Não posso perdê-los agora. Sinto um chute em meu ventre. Acaricio e fungo.
- Vamos salvar o papai e a maninha, eu prometo galerinha.
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Felizes para Sempre? - Livro 3 - O Recomeço.
RomanceSe passaram 10 anos, Thayná e Henry tem suas vidas evoluídas, com desafios do cotidiano. Mas será que algo pode abalar o casamento desse casal? Hayley, a filha do casal, está com os seus 15 anos, e com isso irá ter os seus primeiros sentimentos de a...