capítulo 01

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Esses dias eu estava lendo uns livros de romance "água com açúcar" e pensei: por que não?

Espero que gostem, Boa leitura! 💋

(Repostando por pedidos)

***

São mais ou menos dois quilômetros do apartamento de Robin até o Centro de Trabalho e mais cinquenta passos do estacionamento até a sala do meu "Conselheiro" pessoal, Archie. Um caminho percorrido no tempo mínimo de vinte e cinco minutos se for contar com um trânsito relativamente bom ou até mesmo se o meu velho fusca estiver num bom dia. O que posso fazer se tenho um carro temperamental?

Ao longo das últimas semanas fazer esse trajeto tem feito parte da minha rotina de jovem desempregada.

Eu trabalhava em uma cafeteria e tinha salário o suficiente para pagar as mensalidades da faculdade e - com algum aperto - dividir um apartamento com uma colega de faculdade.

Estava satisfeita comigo mesma por conseguir provar aos meus pais que eu era autossuficiente o bastante para me sustentar sem o dinheiro deles e ao longo de três anos consegui com grande afinco, mas tudo desmoronou quando recebi uma remuneração de três meses da senhora Granny e a notícia de que ela iria fechar o estabelecimento pois iria se mudar para sua cidadezinha no Maine.

A partir daí tudo começou a dar errado: minhas economias estavam acabando, não estava conseguindo me adaptar a um novo emprego e já não estava dando conta de pagar as mensalidades e o aluguel. O que deixou Tâmara furiosa e ela acabou me colocando pra fora do apartamento, afinal, ela não queria um peso para sua vida.

Para minha sorte ou quase sorte, tenho Robin que, caridosamente, cedeu um pouco de espaço no pequeno apartamento em que divide com seus amigos.

O único problema é que já estou me sentindo farta...

Sinto falta da minha privacidade e se eu não conseguir algo rapidamente terei que voltar para a casa dos meus pais e escutar todos os "eu te avisei" que estão entalados em suas gargantas. Talvez hoje seja a minha última chance para arrumar um emprego, do contrário, adeus liberdade.

Archie está olhando atentamente para tela do computador a sua frente buscando algo para mim, acho que até ele, que tem um entusiasmo irritante para achar emprego para todos os tipos de pessoas, já está desistindo de mim. Veja bem, nas últimas semanas fiz algumas entrevistas de emprego: na primeira consegui um estágio numa fábrica de enlatados (não deu muito certo e até hoje tenho pesadelos), fiquei duas semanas numa rede de lanchonetes mas acabei causando um pequeno acidente com a fritadeira, também tentei ser telefonista mas acabei me estressando com alguns clientes e suas reclamações, como se fosse eu a causadora dos problemas deles.

E agora eu estou aqui sentada a frente do ruivinho analisando atentamente a careta que ele faz pra tela do computador, ele franze o cenho e aperta os olhos como se não estivesse enxergando e ele usa óculos!

- Hum... já pensou em trabalhar na indústria de entretenimento?

- Em que função? Assistente de mágica? - perguntei sarcástica.

- Não. Mas há vagas para dançarinas de poledance - sugeriu.

Arqueei uma sobrancelha.

- por favor, diga que está brincando comigo!

- São trinta horas por semana sem carteira assinada. Acredito que as gorjetas sejam boas - levei minhas mãos a cabeça e respirei fundo, negando - olha, Regina, não sobra muita coisa mais, a não ser as vagas no comércio de varejo, com horário flexível.

- Arrumar prateleiras? - perguntei desanimada.

Já estava perdendo as esperanças, não havia sequer uma vaguinha que me interessasse, tudo bem que eu não tinha muita escolha mas desfilar de calcinha para estranhos não estava em meus planos. E além do mais, eu tenho namorado, Robin com toda certeza me infernizaria.

Sweetie BabysitterOnde histórias criam vida. Descubra agora