Capítulo 20

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Esqueci que tinha uma fanfic, perdão.

*****

Emma sorri um sorriso de sol, que me aquece por dentro e faz meu coração acelerar, mas eu nunca ouço sua resposta, pois um estrondo alto e um grito infantil quebram a nossa bolha e trazem a sensação de pânico tanto para eu quanto para Emma.

Nos olhamos por alguns segundos e então Emma age automaticamente quando levanta e sai desnorteada em direção ao local que veio o grito, leva apenas um piscar de olhos para que a siga com o coração acelerado, sentindo a apreensão tomando cada partícula do meu ser. Estava obvio que algo de errado havia acontecido e o grito de uma das meninas fez uma angústia florescer no mesmo instante.

Saímos tão apressadas e assustadas que percebi que estávamos descalças assim que meus pés fizeram contato com a grama. Emma não parecia se importar nenhum pouco com esse fato, ela apenas andava olhando para todos os lugares possíveis em que nossas mães e as meninas poderiam estar.

Segui-a praticamente correndo e tropeçando de maneira desastrada, até que avistei o pequeno grupo perto de uma árvore próxima à mansão.

Mesmo de longe era possível ver que uma de minhas cópias estava chorando abraçada a avó loira enquanto suas irmãs estavam agarradas a avó morena. Minha primeira reação foi pegar a mão de Emma e praticamente arrastá-la até lá.

- Elas estão ali – ofereci fracamente enquanto a puxava.

Agora era a loira que estava tropeçando ao tentar me acompanhar e teria sido bastante cômico presenciar isso, mas o desespero pelo bem-estar das meninas era maior e então preferi ignorar.

- o que aconteceu?! – questionei assim que estávamos próximas o suficiente.

Quando as mulheres mais velhas se viraram para nós afim de fornecer explicações, Emma e eu ofegamos assim que vimos a pequena cópia nos braços de Ingrid.

Lauren estava uma bagunça completa com as roupas totalmente sujas e o cabelo bagunçado no estilo ninho de passarinho, sem contar que havia algumas folhas também, mas o que nos deixou surpresas eram os arranhões e ralados que ela tinha num lado da bochecha, braços e pernas. Ela choramingava de dor e esticou os braços para a mãe assim que chegamos perto o suficiente.

Emma não hesitou por um segundo quando soltou nossas mãos e pegou a filha cuidadosamente, aninhando-a em seu colo. Quando ela deu uma olhada melhor na filha pude perceber seu corpo ficar rígido, seu olhar ficou duro quando repetiu a minha pergunta de minutos atrás num tom cortante.

- O que aconteceu?

Quase me encolhi com a intensidade de sua voz. Tilly, que estava quieta esse tempo todo, se pronunciou:

- Enquanto Dona Cora e a vovó estavam organizando o nosso piquenique, as meninas sugeriram que deveríamos brincar de esconder e eu estava contando enquanto elas procuravam um lugar – explica e desvia o olhar para as irmãs – e não sei mais nada. Quando cheguei aqui, Lauren estava machucada perto desse tronco quebrado.

- Elas devem ter tentado subir na árvore enquanto não estávamos olhando – disse minha mãe – foi tudo tão rápido, assim que ouvimos seus gritos viemos ver o que havia acontecido.

As únicas vezes em que ouvi a angustia no tom de voz de Dona Cora foi quando eu, Zelena e até mesmo Margot estávamos seriamente doentes ou machucadas, o que não aconteceu com muita frequência porque ela sempre fez questão de que estivéssemos saudáveis, não foi muita surpresa que ela estivesse abalada com a queda da pequena, mas o que realmente me surpreendeu foi o seu olhar que era uma mistura de desculpas e frustração por ter deixado isso acontecer.

Sweetie BabysitterOnde histórias criam vida. Descubra agora