Capítulo 3

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Noah Cooper  

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Noah Cooper  

Minha sala era simplesmente incrível! Através de uma enorme parede de vidro era possível ver todos os arranha-céus de Manhattan, fiquei parado por horas apenas os observando, refletindo sobre a nova vida que eu teria por aqui. As novas responsabilidades e a quantidade de pessoas que agora dependiam de mim. Não que em Nice eu não tivesse responsabilidades, mas eu administrava uma boate que andava praticamente sozinha, era mais um hobby que um trabalho, acho que por isso eu amava tanto aquele lugar. Já na corporação Cooper as coisas eram completamente diferentes, tudo girava em torno de mim. O meu consolo era ter encontrado a Arizona, talvez isso mude as minhas perspectivas e me faça querer ficar e administrar esses hotéis. Foi muita coincidencia tê-la encontrado naquele restaurante ontem a noite, e hoje em minha empresa. Bom, eu diria que isso é coisa do destino, obviamente se eu acreditasse em destino. Agora eu só preciso descobrir uma forma de fazer com que ela mude de ideia em relação a ficar com o seu chefe. Céus eu preciso senti-la de novo, nem que seja por uma ultima vez.

-Posso entrar? - me perguntou Brianna com sua cabeça para dentro da minha sala.

-Claro Brianna, entre. –me sentei na minha cadeira de escritório acolchoada em couro preto e fiz um sinal para que Brianna se sentasse a minha frente.

-Preciso ver com você algumas questões sobre o novo hotel que vamos abrir no Brooklyn. –falou se sentando.

-Bom, ainda não tive tempo de pegar os dados sobre os novos projetos da corporação.

-Eu imaginei isso, então resolvi adiantar alguns relatórios para você. –falou me entregando uma pasta branca.

-Resume para mim, depois dou uma olhada com um pouco mais de calma.

-Bom esse é o nosso novo projeto. Nós conseguimos com a prefeitura um terreno que a principio estava abandonado, ele fica em uma região central de Williamsburg, pelo fato de ser um terreno que havia sido dado como abandonado o preço de mercado caiu muito. O terreno que seria avaliado em dez milhões de dólares, vai ficar em sete. É um investimento alto, mas que vai nos trazer lucros maiores ainda, sem falar que Williamsburg é uma região bem habitada e com poucos hotéis de qualidade.

-Eu vou avaliar com mais calma, mas creio que não haverá problema algum com esse projeto. Vou conversar com a gerente financeira para ficar a par das nossas finanças e ver como está o capital de investimento. Mas te dou um retorno sobre os próximos passos desse projeto, obrigado por tê-lo adiantado.

-Não precisa agradecer. –disse colocando sua mão sobre a minha de forma insinuosa.

Brianna era bonita, morena, cabelos pretos e ondulados, era alta, tinha um corpo malhado, seios grandes e siliconados. Mas não fazia o meu tipo, e também não estava a fim de misturar vida pessoal com profissional, seria uma dor de cabeça dupla. Somente uma pessoa seria capaz de me fazer querer abrir mão dos meus princípios profissionais, e essa pessoa estava longe de ser a Brianna. Eu retirei a minha mão debaixo da dela, peguei a pasta que estava sobre a minha mesa e me levantei.

-Algo mais que posso lhe ajudar Brianna? Tenho que ir até a sala da gerente financeira.

-Por enquanto é só, se eu precisar de algo eu te aviso Noah. –falou saindo da minha sala rebolando.

Essa foi por pouco, entrei no elevador e me encaminhei até a sala da gerente financeira. A porta da sua sala estava aberta, ela estava tão concentrada em uma pilha de papeis que estavam sobre a sua mesa que nem me viu entrar.

-Atrapalho? –a perguntei. Ela levantou o seu olhar e ficou completamente pálida após ver de quem se tratava.

-Sr. Cooper, não... é... claro que não. -disse gaguejando, eu por minha vez não consegui conter o riso.

-Não precisa ficar nervosa, não vim atrapalhar o seu serviço, qual o seu nome mesmo?

-Justine, Justine Bernard.

-Bom Justine eu preciso da sua ajuda com o capital de investimento da corporação para um possivel investimento. –falei me sentando a sua frente.

-Claro! Você tem os relatórios do novo investimento?

-Sim, estão aqui. –falei lhe entregando a pasta branca que a Brianna havia me entregado minutos atrás. Enquanto ela avaliava os documentos, pude notar que havia um porta-retratos sobre sua mesa com uma foto dela abraçando a Arizona, não consegui desfixar meus olhos do enorme sorriso que a Arizona esbanjava na fotografia. –Vocês são amigas? –lhe perguntei.

-Quem? –me perguntou sem retirar seus olhos dos meus arquivos.

-Você e a Arizona... quero dizer, a Srta. Barker. –falei em uma tentativa em vão de aparentar profissionalismo na frase. A Srta Bernard colocou os arquivos sobre a mesa lentamente e me olhou tentando segurar o riso.

-Sim, somos grandes amigas.

-Então provavelmente ela já tenha te contado... -especulei.

-Provavelmente. –disse cautelosa.

-Então, talvez você possa me ajudar.

-Não Sr. Cooper, eu não vou te ajudar levar a minha amiga para cama.

-Você é mesmo uma pessoa muito direta.

-A Arizona é uma pessoa extremamente profissional Sr. Cooper, e essa corporação é muito importante para ela. Eu duvido muito que ela vá se arricar por um sexo casual com uma pessoa que troca de mulheres mais do que de roupa.

-Uau! Então é isso que vocês pensam ao meu respeito Srta Bernard. –disse fingindo estar ofendido.

-Bom, é isso o que dizem a seu respeito. E conhecendo bem a Arizona, ela é a pessoa mais decidida do mundo e não sou eu ou você quem vai fazer com que ela faça algo que não queira.

-O problema em questão é que ela quer, só precisa admitir. Talvez isso fique mais fácil com uma pequena ajudinha de uma grande amiga.

-Eu sou gerente financeira Sr. Cooper, não conselheira amorosa, sinto muito, mas não posso te ajudar.

-Nem se eu aumentar 5% do seu salário? –falei com aquela cara de cachorro sem dono.

-Eu ouvi 15%?

- Dez e não se fala mais nisso.

-Nesse caso eu posso abrir uma exceção e ver em que posso te ajudar, mas eu nao prometo nada ta bem? E eu vou logo te avisando, se você fizer a minha amiga sofrer, eu juro que chuto as suas bolas, e eu não me importo se você vai me dar uma justa causa por isso.

-Sempre bom negociar com você Srta Bernard. –disse apertando a sua mão.

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