Hondrus

Capítulo I

Capítulo revisado/reescrito.

Houve uma reviravolta após tantas guerras, decidiram que armas com gatilhos que manuseiam balas, as atuais armas de fogo eram mais eficientes em combates, se eu pudesse quebrar a cara de quem intitulou isso uma regra no século XV eu certamente faria.

Então as espadas forjadas no fogo, aquelas obras de arte que chegavam a durar até 100 horas para serem moldadas foram deixadas de lado e agora servem para exibicionismo no palácio.

Mas eu não sou submissa de uma arma de fogo, minha adaga haladie de duas laminas de aço cravadas num único punho de cristal rajado, é minha descrição fiel, essa é a vantagem de ser membro da Elite "Hatzis".

Meu nome é Arthemis Hatzis, a caçula da família Hatzis, a família mais temida do Reino de Hondrus, mais temida porque Dorien Grecco, o Rei Dorien Grecco é o melhor amigo de infância barra inimigo mortal atual do meu pai Davenport Hatzis.

Bem pelo que sei, das histórias que meu pai me contava antes de dormir, dois amigos unidos cresceram juntos e foram separados por um trono, cresci aprendendo a odiar a tirania dos Grecco, a família Real mais engomada de Hondrus, imagino o ninho de cobras que deve ser aquele covil chamado de Palácio, e para o povo de Hondrus eles são a salvação dos perdidos, mas na verdade a Elite é que faz o verdadeiro papel heróico neste reino.

A Elite se constitui por mais de sete mil soldados, todos resgatados, escolhidos ou recrutados. A maioria são rebeldes renegados que nos procuram por vingança a coroa.

Meu pai é líder da Elite Hatzis, minha mãe Heloe é uma assassina que foi condenada a morte quando se conheceram. Tiveram três filhos, Havana, a mais velha, e melhor espiã, ela se infiltra nas missões e é treinada para matar com sua sedução, homens de todas as idades são alvo dela e de seu punhal, ela é a fotocópia do que minha mãe foi em seu auge na juventude.

Hero o irmão do meio, é treinado com uma katana, o lema dele é apenas cortar. Todo ódio do rei que meu pai implantou no coração Hero regou e fez florescer, ele está se preparando para ser general da elite e é um ótimo assassino e muito bom em liderar os pedidos de sequestros que recebemos.

E eu a caçula, empunho uma adaga, sou ótima em combate mas uma péssima assassina, pela simples razão de precisar de razões para matar, o que meu pai decidiu que é um erro, não precisamos de razões apenas matamos porque é necessário. E eu fui escolhida para ser sua sucessora, eu serei a próxima líder da elite e não posso falhar com meu pai, então obedeço, porque é necessário.

- Temos uma missão! - Ouvi Hero gritar do corredor. - E você é essencial hoje Arthemis.

Um sorriso se estampou em minha face. Há um mês meu pai me revelara que tinha uma missão especial para mim, mas só me informou isso, passei um mês esperando o dia de hoje para finalmente saber que missão vai me tirar do tédio desse forte. Sai trotando os corredores com minha haladie bem presa em minhas costas, atravessei os grandes rochedos do forte que separam os dormitórios do campo de armamento e treinamento. Até chegar a um grande ringue onde Havana se exibia lutando no mano a mano contra Lore. Meu pai estava em pé de braços cruzados com a face séria ouvindo algumas tagarelices dos novatos, segui até ele, mas não tive sucesso ao sentir os ágeis braços de minha mãe me alcançarem e me arrastarem.

- Você precisa conhecer alguém. - Minha mãe falou muito cheia de expectativas.

Ultrapassamos o campo de alimentação e também a sala de TV onde sabíamos de tudo que acontecia em Hondrus, até chegarmos ao escritório do meu pai, uma sala mediana com portas duplas de madeira onde se bem recordo é um simples escritório onde recebemos nossas mais bruscas missões. Ao se abrir a porta me deparei com a figura de um homem de cabelos grisalhos aparentando ter a idade de meu pai, tinha olhos verdes e era muito alto e de grande porte.