Capítulo XII

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 Capítulo revisado/reescrito.



As mãos dele se emaranharam em meu pescoço e senti meu corpo bater contra a parede, seu hálito quente e de odor vibrante estava tão próximo que eu continha minha vontade de vomitar em quanto tirava uma de suas mãos que passeava pela minha bunda sem qualquer contimento. Queria apenas uma chance de me soltar de seu encalce e acertar esse babaca como merece mais suas mãos continuaram a passear, agora pelas minhas coxas em quanto eu urrava em desespero para que aquele sujo me soltasse.

— Me larga seu imundo! — tentei gritar mas minha voz foi abafada por sua mão aspera e podre.

Seu cheiro me dava ancia de vomito muito antes de chegar assim tão perto. A muito ninguém me tocara assim com tanta imprudência, alguns homens tendem a serem tão sujos, que só pensam em se divertir de um jeito estúpido se preocupando apenas com o próprio interesse, o próprio desejo. Da última vez que fui rebaixada a isso, a um simples instrumento com tanto descaso eu prometi ser forte, pois Hero não estaria toda vida a meu enlace para enfiar sua katana no coração de quem ousasse mexer com sua irmãzinha. Mas já chega, que a morte me levasse mas eu levaria o estúpido abusador junto comigo, mas nunca que seria usada por um qualquer sem meu próprio consentimento.

mordi sua mão ardilosa que ainda se contraía a tapar minha boca, senti seu sangue contra meus lábios,  ele deve ter urrado em desaprovação em algum momento, mas meu sangue fervendo me mandava ferrar com aquele imbecil sujo e desumano, eu soube que meu sangue era Hatzis no momento em que me vi ferrando a cara desse malicioso, não consigo descrever por quanto tempo consegui até que ele sacasse seu revolver pra mim e retornando com seu sorriso amedrontador me encarou como se estivesse no controle da situação. Não, eu não teria medo, eu seria uma covarde se chorasse ou implorasse num momento como esse, o encarei sem medo, mas com audácia e determinação, seu rosto se contraiu em ódio, ele não me mataria e eu sabia, me matar talvez fosse bom para dar uma desculpa ao rei e não ter aqui uma inimiga que sabe de sua traição, mas seria cavar o próprio tumulo e ser caçado por toda a Elite Hatzis e isso era demais pra esse metido a valentão, então ele fez pior...

Ouvi Foyet gritar quando guardas se aproximaram, o ouvi emitir voz de prisão para mim na cara dura se fazendo de vitima, se ele estivesse no forte Hatzis seria chacotado por tamanha falta de vergonha.

[...]

— Repita novamente pra mim o que aconteceu. 

Dake me encarava ainda calmo enquanto eu berrava para ele.

— Oque aconteceu? Sério? Ta me perguntando de novo? Arma! Uma arma na minha cara! Eu vou te falar o que aconteceu aquele filho da...

— Arthemis! Essa parte eu ouvi claramente, você só grita ela. Você precisa relaxar e se acalmar se não eu não posso te ajudar...

— Eu só o agredi porque ele encostou em mim... — falei meio atônita lembrando do momento tenebroso.

— Arthemis, você precisa se acalmar, não poder sair por ai batendo em todo mundo só porque esbarrou em você. — Disse Nora sem entender.

Estava na recepção da prisão real, essa droga tem a merda de uma recepção. Nora, Dake e Barbara me encaravam, foram os primeiros a chegarem e estavam tentando me entender mas meu nervosismo só me permitia gritar, não era fácil dizer em voz alta que alguém te tocou com más intenções, que sua vontade foi violada e que alguém tentou machucar você.

— Não foi isso que ela quis dizer Nora... Não foi mesmo. — disse Barbie se ajoelhando a minha frente me olhando com pesar.

— Mas o quê?... — Nora olhava de Barbara para mim já com seu olhar em desespero em quanto eu baixei o meu sentido a vergonha me invadir. Nem me lembro a última vez que me senti tão frágil e desprotegida.

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