Há no meu coração, uma grande opressão.
Esses dias tenho tentado me entender, saber quem sou, se é que sou algo, são dúvidas constantes. Chego a conclusão, que os humanos com toda intelecto, capacidade que tem, não costumam pensar, algumas questões são complexas, mas a maioria óbvias, é um dom não pensar, quando deveriam pensar? Eu não sei, mas me questiono.
Cada linha que escrevo, há contradição, eu sou uma contradição literalmente.
Há na minha alma, uma grande calma.
Eu não escrevi muito esses dias em você, as coisas estão acontecendo absurdamente estranha, mas mantenho minha alma quieta, o grito do mundo, não consegue mudar o estado dela, mas o silêncio, o doloroso silêncio, a angustia, a deixa dilacerada, com um grito constante por respostas, é errado amar, um tolo como ele? Eu não posso responder, ele é o meu tolo preferido. Talvez a tola sou eu, por amar, um humano igual a todos os outros. (Eu realmente acredito no infinito, aquele que todos são)
Há em mim, o que há em mim?
Eu não sei, me perdi no infinito abandono, sou uma perdida entre milhares, não sou nada, a sociedade tira de mim, o meu ser, tenho dois "eus" o que eu inventei, o que eu achava que era, aquele que as pessoas conhecem, aquele estranho eu, mas tenho o eu literalmente, que não existe em mim, que saiu quando deveria ficar, e todos os dias me faz companhia, quem sou, mas tenho medo de ser, e essa sociedade medíocre, me mostra que não vale a pena ser, "ser ou não ser? És a questão", eles me roubaram de mim, estou perdida.
Você há?
Amigos me deixam,
Colegas me deixam,
Estranhos me deixam,
Todos me deixam,
É natural, e sei que é inevitável, não existe quem fique, quem goste de ficar, sou uma incontável bagunça.
Uns duram dias, outros horas, outros segundos.
Mas eu compreendo, não sou uma pessoa legal, interessante, nem nada, eu não sou. Já me acostumei com o abandono, todos estão em uma caixinha, todas as histórias que vivemos, histórias de dias, minutos e segundos.
Eu não queria falar de mim, juro que não.
"A solidão é o aconchego, é."
(...)Take: 17
"Déjà vu"