Naruto e Sasuke - Caçadores de Monstros (+18)

Invasão

Acreditava-se que o vampiro podia mudar de forma comandando os elementos tempestade, nevoeiro e raio, e as criaturas como o rato, a coruja, o morcego, a raposa e o lobo.

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Naruto tentava inutilmente arrebentar as grades da gaiola, chutando e socando até seus punhos sangrarem, desistindo quando um último soco quase quebrou seu punho esquerdo. Era inútil tentar destruir algo criado pela magia negra de Karin, sem contar que não conseguia se comunicar com a Kurama de jeito nenhum. A única janela daquele lugar estava fechada, mas uma nesga de sol denunciava que ainda era dia.

Sentou-se para limpar o sangue, e naquele momento a porta do calabouço se abriu. Imediatamente se levantou e viu que Konan entrava no recinto com um pano, esparadrapos, pomadas e uma cuia com água em mãos. Veio até ele, depôs o que trouxe perto da gaiola e falou:

- Trouxe isto para os seus ferimentos.

- Por que está me ajudando? – perguntou desconfiado. A vampira o olhou fixamente.

- Alguma coisa em você me faz querer te ajudar. Acho que é por que você me lembra o seu pai – e passou um pano úmido para ele através da grade. Naruto pegou o tecido levemente intrigado.

- Conheceu o meu pai?

- Ele era amigo do meu pai, que foi líder de Amegakure trinta anos atrás – contou sem mudar sua expressão – Foi nessa época que Toneri-sama me transformou em vampira e me tornou uma de suas noivas.

- Por que será que não acredito em você? – disse seriamente enquanto limpava os ferimentos nas mãos.

- Você tem seus motivos, eu não fico ofendida – falou sincera – Afinal, o que fiz de ruim contra você foram por ordens de Toneri-sama e Karin-sama. Se os desobedeço, posso ser cruelmente castigada.

Naruto passou a fitá-la. Ela mantinha uma expressão distante e fria enquanto mexia com os medicamentos que trouxera, e parecia também um pouco melancólica.

- Você parece triste – comentou.

- Nem sempre a vida é como queremos – e entregou-lhe pomadas e esparadrapos – Você pelo menos é feliz, tem alguém que ama, mesmo com a falta dos pais. Eu não tenho mais ninguém.

- Você ainda pode se rebelar contra eles, ainda pode impedi-los de ressuscitar Kaguya – o loiro tentava convencê-la – Meus amigos e eu podemos ajudá-la a voltar a ser humana.

Konan fungou.

- Eu agradeço Uzumaki Naruto. Mas é tarde demais para mim. Eu vou viver para sempre, vendo pessoas comuns como você crescer, envelhecer e morrer. Mas você ainda tem alguma chance – baixou o tom de voz – Não posso ajudá-lo a escapar daqui, mas posso te dizer o modo de matar Toneri-sama.

- Estranho você trair o Toneri, mesmo sendo uma noiva dele – disse o loiro franzindo a testa. Konan olhou para o lado.

- Para um bem maior, sim. Escute: Karin-sama tem um laboratório nos calabouços do castelo, é fácil saber que é dela pelas ossadas humanas. Pendurada na parede, há uma espada cuja bainha e lâmina estão manchadas de sangue. Esta espada pertenceu à Uzumaki Nagomo quatrocentos anos atrás, é a única que pode matar Toneri-sama, já que o matou uma vez.

- E mesmo me dizendo tudo isso, acha que confio em você?

- Não precisa confiar, apenas escute. Estou traindo Karin-sama lhe dizendo isso, pois sou a única a quem ela contou seu segredo. Com certeza seus amigos virão aqui para salvá-lo, por isso estou lhe dizendo.