Queijo com presunto
Arroz com feijão
Isso não faz sentido
Me dê a sua mãoTire os sapatos
Mas coloque bem longe
Chegue mais perto
"Mas você tomou banho antes?"Você riu feito um louco
Igualzinho ao cachorro
A vizinha reclamou
E eu disse "é o amor!"Seu sorriso amarelo
Com uma sujeira no dente
Seu olhar divertido
Me deixa contente"Você está horrível"
Foi o que falei
Você olhou pra minha cara
E disse "eu sei"Seu beijo molhado
Com gosto de alho
Me faz abraça-lo
E pensar que tudo
Foi culpa do acasoObrigada, Destino
Nunca vou esquecer
Do quanto você me ajudou
A achar alguém
Que valha a pena viverPizza com cuscuz
Peixe com macarrão
Tenho certeza que sabe
Mas vou repetir entãoEu te amo mais que bolo
Do que torta de limão
Só não divido a salada
Porque você só come pão
De queijo ou de mel
"Não importa" diz entãoSeus olhos fechados
A boca entreaberta
O ronco irritante
Te fazendo mais brilhanteE mesmo com a baba escorrendo
E sentindo o mau cheiro
Eu te abraço de lado
Rindo tão alto
Que tu acorda sobressaltadoVocê pergunta assustado
Com os olhos arregalados
Passando as mãos pelo rosto
Murmurando um "Diabos!"Caio na risada
Dando de ombros como sempre
Abro a boca
Dizendo docemente
"Eu amo te ver assim
Tão natural e sem encanto
Prefiro um sapo real
Do que um príncipe teatral"Não demora muita
E tu me enche de beijo
"Eu também te amo assim
Sem maquiagem
Ou coroa na cabeça
Essa cara de sono
Que mais parece um anjo
Todo atropelado
Mas que vive bem
Como se fosse fácil"Rimos ao mesmo tempo
Abraçados no sofá
Olhando o filme na TV
Que dá pra assustar
Pois a cada gargalhada
Sai um grito de pirarÉ no momento de medo
Que nossas mãos unidas
Trazem paz e harmonia
Aquela cena de agonia"Eu te amo"
Atropelado, me escapa dos lábios
Um sorriso debochado
Acompanha teu abraço"Um minuto, por favor"
Você pede corando
Tira do bolso um anel
Tão simples quanto mel
De um plástico infantil
Que tem cor de papelSeus olhos divertidos
Me fazem a pergunta
"Princesa atropelada
Esquisita igual a mim
Quer ser minha esposa
Com cheiro de alecrim?"Faço que sim com a cabeça
Pondo a língua pra fora
Coloco o anel no dedo
Murmurando um "droga!"
Quando o bendito se quebra
E ele gargalha, olha"Não tem problema não
Eu compro um cordão
Aí não quebra não"
Franzo a testa confusa
Perguntando finalmente:
"Como assim, não se quebra,
Se tudo tudo tem seu fim?
Mesmo que a gente não queira
E achei que tudo é ruim?""Aí que você se engana"
Ri envergonhado
"A gente não se acaba
Como o povo tem achado
A gente permanece
No plural e bem colado"É verdade
Eu esqueci
Ele é meu príncipe sapo
Que mais parece um carrapato
Mas que ainda é encantado"Você é a rainha
Que prende meu coração
Pra sempre vai ser soberana
Da minha razão
E eu adoro dizer
Eu amo amar você""Eu também te amo de montão"
Repito entre o riso
Que ele esboça
Enquanto me olha
E fala que tá com sono
Enquanto me aninho a ele e digo:
"Eu também"
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Desculpa se ficou muito grande, mas a agnessazenath me deu a ideia de fazer um poema não deprê e acabou que me empolguei um pouquinho (acho que deu certo, hein? kkkkk).Espero que tenham gostado dessa coisinha doida que escapou da minha cabeça maluca!
Um beijo e não seu esqueça de votar e comentar e visitar minhas outras obras!

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Cativo |✔
Poetry[POESIAS] [L] __________________ Contos independentes que apenas querem mostrar-se para o mundo. E pensamentos que apenas querem ser desabafados. E alguém que apenas quer ser livre, mas ainda é um cativo do próprio mundo...