Vidas Entrelaçadas

Claro que vou ajudar

Dinah estava num momento bem quente com aquela loira bonita que conheceu na boate. Eram mais de duas da manhã e ela ficou extremamente irritada quando seu telefone começou a tocar. A princípio deixou cair na caixa postal, mas quando começou a chamar pela terceira vez a loira lhe empurrou.
-Melhor atender Dinah. Parece que é importante.
A de pele caramelo pegou o telefone com raiva, olhou quem era no identificador de chamadas.
-Que caralho, espero que seja importante branquela.
-Dinah. - A voz de Lauren estava trêmula e isso fez o nervoso de Dinah sumir. - A gente precisa da sua ajuda.
-O que aconteceu Lauren? A Camila tá bem?
-Tá, não foi nada com a Camila, foi com a Ally.
-Como assim? - Dinah se levantou e começou a por as peças de roupa que tinha tirado.
-O filho dela, o Harry. - Disse Lauren com voz de choro. - Ele fugiu. Ele nunca andou sozinho, não tem muito dinheiro e é super tarde. A Ally tá desesperada. Não deixamos ela sair, mas a Camila foi pro Central Park, a Mani pra perto da Vidas Entrelaçadas e eu tô indo rumo ao Brookes. São os lugares que achamos que ele pode se lembrar de como chegar. Ajuda a gente Dinah.
-Claro que vou ajudar Laur. Vou revirar cada canto da cidade. Alguém tentou ver se ele tá com o pai?
-Harry tá com raiva do Ogletree. E ele não atende o telefone.
-Eu já to indo Jauregui.
Ela desligou o telefone e pegou o capacete.
-Aonde você vai?
-Preciso encontrar meu filho.
-Filho? - A loira parecia surpresa.
-É. Desculpa. Tchau.
Dinah saiu as pressas da casa e subiu em sua moto. Ela se lembrava vagamente do menino que vira duas vezes, ele devia estar maior, mas ela saberia quem era se o visse.
Ela esquadrinhou cada quarteirão por onde passou, olhando atentamente cada beco e rua por que passava.
Era quase quatro da manhã quando chegou a rua onde ficava o apartamento que ela e Camila moravam. Ela viu de longe alguém sentado na calçada, com uma mochila nas costas e dormindo com a cabeça nos joelhos. Pelo tamanho era uma criança, então ela desceu da moto e se aproximou.
-Harry? - Ela chamou mesmo sem ter certeza que era o garoto.
Ele levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos, de chorar e de sono também.
-Quem é você?
-Você é o Harry?
-É amiga da minha mãe? - O garoto estava receoso, Dinah percebeu.
-Sim, eu sou amiga da Ally.
-Então vai embora. Não quero falar com você.
-Hey garoto. - Dinah se sentou ao lado dele na calçada. - Porque isso? Aliás é perigoso ficar na rua essa hora. Ainda mais sozinho. Porque você não volta pra casa?
O menino começou a chorar, lágrimas silenciosas caindo pelo rosto bonito, que lembrava muito o de Ally, tirando os olhos azuis.
-Meu pai não gosta de mim. Minha mãe odeia ele e eu também.
-Tenho certeza que sua mãe não odeia ele. - Dinah diz calma. - Se não fosse por ele ela não teria você.
-Mas ele não gosta de mim. Vai embora pra França e me deixar.
-Olha, eu sei que deve ser bem ruim. Meus pais me colocaram pra fora de casa sabia? Mas você tem sua mãe. Ela tá super preocupada com você. Lauren e Camila também.
-Elas gostam de mim não é?
-Gostam sim. E muito. Eu também. - Dinah disse séria e o menino lhe olhou.
-Mas você nem me conhece.
-Na verdade conheço sim. Te segurei uma vez quando você ia cair de uma mesa no restaurante da sua mãe.
O garoto franziu a testa de um jeito que lembrou demais Ally, fazendo Dinah sorrir.
-O que acha de voltar pra casa Harry?
-Eu... - Ele parecia envergonhado. - Eu queria voltar, mas não sabia como. Eu me perdi.
Dinah sorriu.
-Tudo bem. Eu te levo.
-Como você chama?
-Me chamo Dinah Harry. Mas todo mundo me chama de DJ.
-DJ... Minha mãe tá muito brava comigo? Eu não queria magoar ela. Pelo menos ela gosta de mim.
-Olha Harry, nesse momento ela tá muito preocupada. Mas provavelmente ela vai ficar muito brava sim.
Ele mordeu o lábio pensativo.
-Acho que tô encrencado. Vou ficar de castigo.
-Provavelmente. Mas estaria muito mais se não te achasse. A cidade é muito perigosa.
Ele suspira e se levanta.
-Me leva pra casa então por favor DJ?
-Levo Harry.
Ela mandou uma mensagem pra Lauren, Camila e Mani, avisando que achou o menino e estava levando ele pra casa. Ajudou o menino a subir na moto e devagar foi pra casa de Ally.

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N/A
Oi gente. Bom, eu deixei por três dias em aberto pra ideias sobre esse capítulo, mas só recebi uma sugestão, o que me deixou bem triste. Mas como eu honro com minha palavra usei a ideia que me deram e aí está o capítulo. No próximo vocês já vão pode ver o quanto isso vai mudar o rumo da história. Agradeço a todos que estão lendo e espero que estavam gostando. Comentem pra eu saber o que estão achando, e se não quiserem pelo menos deixem um oizinho pra me deixar feliz. Amo vocês.

Um beijo da Raay 💋💋