Quero te beijar Ally

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Ela chegou a casa de Ally as nove da noite, bateu a porta e esperou.
Todos os seus pensamentos não haviam lhe preparado para a visão que teve com o abrir da porta. Ally estava short jeans curto e rasgado, uma blusinha de alças finas branca, seus cabelos em um coque frouxo no alto da cabeça, não usava nada nos pés e segurava uma colher de pau na mão direita.
-Pode entrar Dinah.
Ela entrou na sala confortável.
-Estou cozinhando, vem aqui pra cozinha. - Disse Ally e Dinah a seguiu.
-Onde está Lauren? - Dinah perguntou. - Soube que moram juntas.
-Moramos mesmo, mas ela saiu com a Camila.
-Ah é verdade, Chancho me falou.
O cheiro na cozinha estava maravilhoso.
Ela ficou observando a baixinha se mexer com agilidade enquanto terminava um tipo de carne com molho e servia em dois pratos.
-Sente-se e jante comigo Dinah.
-Claro.
Ela se sentou e colocou um pedaço da carne na boca.
-Meu Deus Ally, isso é maravilhoso. - A menor sorriu diante as palavras de Dinah.
Elas terminaram o jantar.
-Agora que estamos alimentadas podemos conversar. Antes, me dê esse contrato Dinah.
Dinah lhe passou o contrato e observou enquanto a menor lia e depois assinava.
-Agora vamos falar de outra coisa, aquela coisa. - Disse Ally olhando em seus olhos profundamente.
-Sinceramente não sei o que dizer Ally. Nunca senti isso com ninguém. E também teve o sonho...
-Sonho? - Perguntou a menor parecendo alarmada. - Que sonho?
-Bom... - E Dinah contou o sonho inteiro e o que pensou depois também.
Ally estava completamente arrepiada. Seu próprio sonho lhe passando pela cabeça. Aliás tinha sido o mesmo sonho, então decidiu contar. Quando acabou Dinah lhe olhava de forma intrigada, com os pelos também arrepiados.
-O que isso quer dizer Dinah?
-Não sei. Mas... Temos... Essa... Conexão. E esse choque quando a gente se toca... Nada disso é normal. E o fato de ser bem na minha marca de nascença fa...
-Marca de nascença? Espera. Marca de nascença?
-Sim. - E Dinah levantou a camisa, mostrando a marca que tinha logo abaixo do peito, quase encima do elástico do sutiã.
-Ai meu Deus. - Murmurou a menor.
-O que foi?
-Eu... Também tenho. - E Ally baixou a blusinha e o sutiã, não o bastante pra ver seu seio, mas o suficiente pra mostrar a marca, idêntica a de Dinah, bem encima do coração.
Por mais que estivesse nervosa com as coisas que descobriu, Dinah não pode deixar de observar a pele de Ally, parecendo tão macia, e a mão da pequena estava encima de seu seio esquerdo, que era exatamente onde ela queria pegar.
Ally nada percebeu, se levantou e começou a andar pela cozinha.
-O que será que isso significa Dinah?
-Eu não sei Ally.
-Será que... Mas eu não acredito nisso.
-Eu também não. Mas pensa bem Ally, é coincidência demais.
-Eu sei.
Dinah se levantou e se colocou em frente a Ally, a fazendo parar de andar.
-O que temos que fazer Dinah?
-Eu não sei.
-Porque isso tá acontecendo com a gente?
-Não sei.
-Que droga de Dinah. Sabe de alguma coisa?
-Sei.
-O que?
-Quero te beijar Ally.
Ela não sabia de onde aquilo tinha saído, nem se tocara de que queria aquilo, mas quando disse teve certeza de que era verdade.
A menor lhe olhava como se ela estivesse maluca, mas no fundo, sem saber como, ela também queria beijar Dinah.
As duas se olharam por muito tempo, cada uma perdida em pensamentos.
-Diga alguma coisa Ally.
-Não sei o que dizer.
-Se eu te beijar você vai me bater?
-Não!
-E vai tentar me matar jogando a panela em mim Ally?
-Não!
Dinah se aproximava aos poucos e Ally sentia seu coração se acelerar.
-E você vai sair correndo?
-Provavelmente não.
Dinah não fez mais perguntas, apenas segurou na cintura de Ally com uma não, a puxando pra si, colando seus corpos. O choque percorreu os corpos das duas, que ignoraram e se olharam. As mãos de Ally estavam no tórax de Dinah.
A maior baixou o rosto no instante em que a menor levantava o dela.
Quando os lábios se tocaram o choque pareceu se intensificar. Ally abriu levemente a boca, sentindo o sabor doce dos lábios macios de Dinah. As línguas se encontraram e começaram uma dança lenta e sensual.
A temperatura parecia subir rapidamente, alastrando um calor pelos corpos das duas que se beijavam cada vez mais profundamente.
As mãos de Dinah desceram para a bunda de Ally e ela ergueu a menor, a tirando do chão.
Sentiu Ally cruzar as pernas em sua cintura e os braços em seu pescoço. Começou a caminhar em direção a pia, onde colocou a pequena. Quando suas mãos deslizaram para dentro do tecido do short de Ally uma voz baixa e sonolenta veio de trás de si.
-Mamãe? - Ela se soltou rapidamente de Ally e se virou, vendo o menino parado a porta coçando os olhinhos com uma das mãos, já que a outra agarrava um ursinho.
Ally desceu da pia e o pegou no colo.
-Eu já venho.
A menor subiu com a criança deixando Dinah com seus pensamentos. Após algum tempo Ally retornou e as duas se olharam.
-Ally, eu...
-Não. Por favor não diga nada. Eu nunca... Pode... Só me deixar sozinha?
-Claro.
Ela pegou o contrato e saiu seguida por Ally até a porta, que a menor abriu. Dinah apenas deu um selinho em Ally e saiu dali, subindo em sua moto e indo pra casa. Tinha muito o que pensar.

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