Que sorriso lindo Jane

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Dinah acordou com alguém lhe balançando, abriu os olhos e encarou Camila ao lado da sua cama.
-Que foi Chancho? - Perguntou sonolenta.
-A Mani ligou, quer a gente mais cedo lá Cheechee. - Respondeu a latina.
Dinah pega o celular na mesa e vê que ainda são sete e quinze da manhã. Grunhindo palavras sem nenhum sentido ela se levanta e vai tomar banho.
Quando sai, se sentindo viva de novo, desce pra tomar o café que Camila já preparou. Desbloqueia o celular e vê uma mensagem que chegou depois que ela foi dormir:

Boa noite minha grandona.  A.

Um sorriso se abre no rosto de Dinah automaticamente. Minha. Ally lhe chamando de minha fazia Dinah se sentir feliz.
-Que sorriso lindo Jane. - Diz Camila. - Aposto que a causa é uma certa baixinha de cabelo loiro.
-Quanto te devo Chancho? - Dinah diz e as duas sorriem.
-Vamos logo, antes que a Mani mate nós duas Cheechee.
Elas saem juntas de casa, Dinah vai pilotando sua querida moto e Camila vai de carro. Dinah chega minutos antes de Camila mas espera pela latina pra entrarem na empresa.
Dinah cumprimenta todos por quem passa, sorrindo gentil, fazendo Camila rir dela. 
Elas entram no escritório que dividem, vendo a negra linda amiga delas sentada em sua mesa. Dinah recorda de como se derreteria em outro tempo, vendo Mani desenhar, com as mãos leves, uma apoiando o papel, a outra manejando o lápis, um sorriso de canto de boca, ao apreciar o que já havia feito até ali. Em outros tempos Dinah teria até babado diante da beleza de Mani, mas agora ela tinha Ally,  sua Ally.
Ela não percebeu que estava sorrindo até Mani levantar a cabeça e mandar a guisa de bom dia.
-Que sorriso bonito Jane. Fazia tempo que não te via dar um assim.
-Ah Mani. - Disse Camila rindo. - Esse sorriso aí tem nome e sobrenome.
-É mesmo? - Pergunta Mani.
-É. - Diz Dinah. - Allysson Brooke Hernandez. Nossa parceira comercial e... Minha namorada.
Ela termina a frase sorrindo.
Mani mantém a expressão neutra, enquanto se avalia pra saber se existe algum sentimento de ciúmes. Então é surpreendente pra ela e pras outras quando seu rosto se abre em um enorme sorriso.
-Caralho Jane. A Ally? Sério? - Mani balança a cabeça divertida. - Juro que achei que quem ia te dar jeito era alguém que a gente não conhecesse. Parabéns sua rapariga. Espero que logo possamos organizar o casamento de outra sócia da Vidas Entrelaçadas.
Ela havia se levantado e abraçado Dinah enquanto falava, lhe soltou e sorriu pra amiga. Era maravilhoso saber que sua amiga estava feliz e mais ainda que tinha superado seus sentimentos por Dinah.
A maior lhe olhou com carinho e sussurrou apenas pra negra lhe ouvir.
-Obrigada.
Mani lhe sorriu novamente.
-Vamos ao que interessa agora. - Diz Mani voltando a sua mesa. - Ariana me telefonou. Ela me fez um pedido que abriu meus olhos pra novos empreendimentos na empresa.
-Qual seria? - Perguntou Camila enquanto ela e Dinah sentavam.
-Ela quer que façamos o aniversário de um ano do pequeno Jonas. - Respondeu Mani. - Ela disse que sabe que nossa empresa não trabalha com isso, mas que estava me pedindo como um favor de amiga. Mas isso me fez pensar. Dinah tem uma mão incrível pra decoração, você trabalha em qualquer espaço com o que ela propor e eu consigo desenhar qualquer peça de roupa.
-Para Mani. - Diz Dinah. - Não precisa desdenhar nossos talentos.
As três sorriem com a ironia da maior.
-Falando sério. - Continua Mani. - Ariana me fez ver que podemos ampliar nosso campo de atuação. Uma ligeira mudança no nome, umas parcerias fechadas e podemos passar a organizar mais do que casamentos. Podemos organizar todos os tipos de eventos, de casamentos, que já é nossa área de atuação até...
-Festas de debutantes. - Diz Dinah.
-Isso. - Mani responde. - Um ótimo exemplo.
-Isso triplicaria a quantidade de trabalho que temos. - Diz Camila. - Não vai ser possível dar atenção total a esse número de eventos e isso nos faria perder nosso diferencial.
-Na verdade não Camila. - Diz Mani. - Além de termos funcionários competentes ao nosso dispor, nós vamos continuar com nosso foco em casamentos. Outros eventos podem ser organizados por funcionários. Podemos dividir a empresa em setores e nós três apenas iriamos auxiliar os funcionários com outro tipo de evento que não sejam matrimônios.
-Além disso, - ponderou Dinah - podemos nos dar ao luxo de aceitar eventos que teriam em seu total de convidados mais de quinhentas pessoas. Isso nos daria a liberdade de utilizar os espaços e parcerias que já temos.
Mani gesticulou com a mão pra Dinah, fazendo uma concordância muda com suas palavras.
Camila encarou as duas.
-Tá bem. - Disse a latina. - Eu aceito ampliar a empresa
Mani sorri e estende a mão, Dinah e Camila colocam as próprias mãos sobre a dela.
-A partir de agora, - Diz Mani - somos a Vidas Entrelaçadas Eventos.

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