Será que ele gosta de mim?

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Sempre me fiz essa pergunta.

Quantas e quantas vezes chorei por causa de um coração partido.

Não era uma menina feia, na verdade eu era até que cobiçada na escola, mas como eu sempre dizia um'' não'' de um jeito muito rude os meninos e as meninas ficavam apenas me observando, mas havia algumas vezes em que um menino criou coragem e falou comigo mais como sempre ele recebeu um não.

Nessa época eu era muito vaidosa, passava maquiagem pra ficar atraente e inventava altas história, como de sair e ficar com vários homens, era até engraçado porque eu falava com tanta convicção que as pessoas realmente acreditavam, e isso fazias os meninos gostarem de mim, mas diz quem não gosta de ser o centro das atenções, claro que por causa dessa minha popularidade, havia inveja, passava grandes apuros por causa disso.

Mas voltando ao foco principal.

Em um dia muito bosta eu fui toda radiante pra escola, me iludindo que seria mais um dia normal.

Entrando na sala eu me deparo com o amor da minha vida que está sentado do meu lado, eu era insegura e tímida, por mais incrível que pareça, eu era.

Os dias foram passando e nós finalmente começamos a conversar e eu estava parecendo uma boba apaixonada.

Depois de cerca de 3 meses eu e ele nos tornamos unha e carne, não tinha contado que eu estava apaixonada, mas queria e muito.

Numa sexta eu falei pra mim mesma é hoje, estava empolgada e muito animada, se pudesse eu até criaria asas de tanta alegria.

Quando deu o sinal para o recreio eu falei que tinha algo muito importante a dizer e ele disse o mesmo, nessa hora minha curiosidade estava a mil, já ouviram falar daquele ditado a curiosidade matou o gato acho que se encaixa perfeitamente nesse meu momento. Fui até a parte da escola que tinha árvores e mesas e nos sentamos, como eu era muito educada falei que ele poderia falar primeiro.

- Eu sou gay!

Porra, foi a primeira vez coisa que veio na minha cabeça.

-Como?!

-Eu sou gay, eu vou entender se você não quiser mais falar comigo.

Na época eu ainda estava processando se eu achava errado ou certo. Eles estava ali na minha frente me olhando como se ele uma pessoa doente, eu estava estática não sabia o que dizer, eu estava ali para dizer a ele que eu era apaixonada por ele, eu queria surta, sumir da face da terra, mas nada se comparava o que ele estava sentindo, ele estava com medo da rejeição, medo de ser diferente e medo de mudar as regras, mas mesmo assim ele foi capaz de me dizer o que ele realmente era.

Me levantei fiquei de frente pra ele e apenas disse:

- Estou orgulhosa.

Foi a única coisa que eu disse, o abracei e ele chorou até a hora de ir embora perdemos os últimos horários mais tudo bem era por uma boa causa.

Perguntei-me será que eu não era boa o suficiente para fazê-lo gostar de mim?

Sim, eu sei, sou uma pessoa horrível por pensar isso, mas eu gostava dele e saber que ele nunca gostaria de mim da mesma forma que eu gostava dele me doía.

Sim, eu era boa o bastante, ele gostava de mim, só não poderia o satisfazer.

Sete meses depois os pais dele o ficaram sabendo por alguma cobra que estávamos na casa de silva e Harry estava com o seu namorado (e para melhorar a situação era o sócio do pai de Harry, até sinto o gostinho da desgraça acontecendo) a família dele era muito religiosa e reservada gostava e presava por uma boa família imaculada de homens e mulheres fortes, harry era frágil e muito gentil tinha cabelos longos que me encantava, também tinha traços bem femininos que tinha puxado de sua mãe, mas continuando quando os pais deles descobriram que estava correndo um boato que seu filho era gay eles deram a loca. Os pais de silva tinham viajado então estávamos aproveitando a ausência deles. Quando os pais de Harry chegaram eles estavam com expressões nada boas. Se os pais confirmaram os boatos que corriam não posso dizer que os pais dele tiveram uma reação que a minha, eles entraram praticamente arrombando a porta, eu e silva entramos em pânico os pais dele estavam furiosos, Harry estava em um dos quartos da casa com o namorado e pelo que se escutava eles estavam em um clima quente, e isso nos deixou mais preocupadas ainda, o pai de Harry não era conhecido por ser um homem pacífico e nem sua mãe por ser uma mulher compreensível. Eu conversava com o Noah pai de Harry tentando o acalmar e silva a Patrícia mãe de Harry, quando estávamos quase os convencendo que Harry não era gay todos nós escutamos um gemido muito alto vindo de um dos quartos, o pai de Harry levantou e começou a vasculha a casa, olhando porta em porta gritando o nome do filho, corri atrás dele e silva segurou Patrícia há impossibilitando de ir junto, corri igual a uma louca, quando o alcançou ele abriu a última porta, antes dele sequer olha Noah eu fechei a porta, Harry recebeu a indireta e se arrumou as presas e eu empurrei o Noah até um quarto, não sabia o que fazer, mas não podia deixar o meu amigo morresse, aquilo traria consequências enormes para Harry, eu gostava dele e o protegeria.

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