Capítulo 16

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Prendeu o último das dezenas de lençóis limpos que havia estendido sob o calor da manhã e olhou ao redor. Poucas pessoas estavam nas redondezas. O dia santo na província havia liberado grande maioria dos criados do serviço. Ela era uma exceção. Ela trabalharia em dias santos. Ela trabalharia mesmo se estivesse sem forças; enquanto eles mandassem, ela deveria obedecer. Quantas voltas o mundo deu para que ela chegasse ali? O quão irônico e injusto era o fato de que uma parcela de sua felicidade deveria estar no mesmo lugar em que estava a grande parcela de sua ruína?

A testa de Emma se encheu de rugas quando ela levantou os olhos para o céu que havia começado a se encher rapidamente de nuvens carregadas e escuras. Surpresa e contrariada a mulher bufou. Ainda estava longe do meio-dia, e a manhã estivera linda antes daquelas malditas nuvens aparecerem. Ela odiava chuva. Sentia-se limitada, e detestava olhar para o céu e não ver o Sol quando ele deveria estar ali.

Encarou seus lençóis recém estendidos e olhou ao redor para se certificar que poderia escapulir antes de... - Você só entra quando todos os lençóis estiverem a salvo da chuva. – Mormont, um guarda desdentado de quem ela não gostava muito, ordenou ali perto.

Com um suspiro de derrota, a mulher começou a refazer seu caminho por entre os varais.

A chuva despencou em menos de cinco minutos e Emma correu a fim de salvar os lençóis já recolhidos. Os deixou sobre um pequeno muro na lavanderia do castelo e voltou correndo ao campo aberto. Ensopou-se em questão de segundos e se sentiu enregelada até os ossos, batendo o queixo enquanto tentava segurar lençóis o máximo que seus braços permitiam.

Quando voltou ao abrigo da lavanderia, seu corpo inteiro tremia e ela dava suspiros entrecortados. Mais uma investida embaixo da chuva para recuperar o restante das roupas, e quando voltou à lavanderia quase foi ao chão ao escorregar sobre a água que pingava dela mesma.

- Emma! – ela reconheceu a voz de Jones.

Virou-se assustada e o viu confuso a observando. Com o pensamento rápido, Jones pegou uma grossa colcha de lã que estava ao seu alcance no meio das roupas estocadas e se aproximou, envolvendo-a na roupa quente.

- Porque estava lá fora? – ele perguntou com urgência enquanto esfregava os braços ao redor do corpo da mulher, a fim de esquentá-la. – Você está congelando! Você precisa de um banho quente...

Levou alguns segundos até que Emma conseguisse falar.

- Tive que retirar os lençóis às pressas por causa da chuva. Estavam todos limpos, já secando há alguns minutos. – ela lamentou e logo depois se assustou. – Jones, essa lã é dos aposentos do castelo! Não posso me enrolar...

- Shh, vamos sair daqui. Vou cuidar de você. – Jones murmurou.

Jones pediu perdão por trazer Emma de volta à chuva, mas em menos de cinco minutos sobre seu cavalo e embaixo do aguaceiro, o casal chegou à casa de Killian. Emma nunca havia ido lá, e embora já tivesse caminhado ali por perto em seus trabalhos, nunca havia tido consciência que era a casa de Jones.

Era mais afastada da província, e muito rodeada por árvores frutíferas, o que dava à casa um aroma muito agradável.

- Vou arranjar roupas quentes para você. – Jones avisou deixando Emma em frente a lareira e sumindo entre os quartos.

Assim que voltou, ele segurava roupas masculinas e se embaraçou.

- É única coisa que tenho aqui... Mas você já se passou por soldado, então não vai se importar... certo? – ele perguntou fazendo a mulher sorrir.

- Claro que não. – Emma se levantou e ele se adiantou para ajudá-la.

Desabotoou seu vestido nas costas, e a mulher escorregou a roupa sobre seus ombros, logo depois a retirando completamente. Jones deslizou suas mãos das costas frias de Emma até suas coxas, e subiu lentamente sua mãos, levando sua veste íntima junto, até chegar na área próxima aos seus seios, e a mulher ergueu os braços, deixando Killian retirar sua ultima peça de roupa.

If Tomorrow ComesOnde histórias criam vida. Descubra agora