Nove: Futuro de fraldas!

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Estou vendo todos rirem há mesa, conversando sobre algo legal mais não consigo prestar atenção direito e mal toco na comida.

Como contar para meus pais?

- Mary?

- Hã?

Sou retirada dos meus pensamentos com a voz de papai para mim.

- Mal tocou na comida, está tudo bem?

- Ah claro, só não estou com muita fome hoje desculpa.

Recolho meu prato indo até a cozinha limpar e guardar tudo distraída em pensamentos carregada de bebês. Será que carrego apenas uma sementinha? Ou será sementes gêmeas?

Minha mão treme e a vontade de chorar aumenta.

- Mary, tudo bem?

A voz de Erick me faz afastar tais pensamentos para me virar pra ele.

- Sim sargento, tudo bem com você?

- Como foi na médica?

Ele vai se aproximando e a medida que o espaço entre a gente vai fechando sinto um queimar entre minhas pernas e a boca ficar seca.

- Uma saúde de cavalo!

- Que bom.

Sua voz agora está grudada em mim, sua mão passeando pela lateral do meu corpo enquanto a outra encontra meu rosto. Logo tenho sua boca na minha num beijo molhada, intenso e demorado.

- Senti falta disso! - sussurro ao que nos afastamos sorrindo.

- Eu senti falta desse sorriso.

Continuamos a nos beijar até Mika interromper avisando para gente se afastar, depois que todos foram embora assim como o sargento estou prestes há subir quando Oliver e Mark me chamam para me sentar com eles na sala.

- Está tudo bem pequena?

- Claro!

- Sei que deve ser difícil para você esquecer os últimos acontecimentos e ainda tem as audiências mais logo estará livre disso tudo Mary.

Agradeço a preocupação dos meus irmãos os abraçando forte, começo a imaginar um ser parecido comigo correndo pela casa e os dois atrás dessa pessoinha rindo e lhe fazendo cócegas.

Eles serão tios babões!

Mais o quê estou pensando? Dou-lhes um beijo de boa noite indo me deitar porque amanhã volto para escola com tudo pra recuperar o tempo perdido.

(....)

NO DIA SEGUINTE....

Levantei enjoada, vomitei o café da manhã antes de sair de casa e consegui disfarçar até chegar no colégio onde mamãe me deixou toda preocupada mais alegre por me ter em casa novamente.

Vou guardar minhas coisas no armário quando Mikaela aparece tagarela.

- Você não me parece bem amiga!

- Estou bem.

Tudo se apaga e quando noto estou indo pro chão com tudo. Minutos depois acordo na enfermaria com minha amiga ao meu lado sorrindo preocupada, me sento na cama mediana e lhe encaro.

- Chamaram meus pais?

- Não, eu disse que você só deu queda de pressão mais que vai ficar bem.

- Obrigada amiga.

Ela some com o sorriso levando a mão até minha barriga, encaro enquanto ela me encara de volta.

- Você está grávida Mary?

- O quê? Eu? Claro que não, ficou maluca Amiga?!

Tento fazer ela acreditar em mim, mais Mikaela já sacou tudo e não posso esconder isso dela por muito tempo.

- Mary?

- O quê eu vou fazer Mika? Eu não tenho um trabalho para poder sustentar há mim e esse bebê!

As lágrimas saem a medida que coloco meu desespero para fora.

- Como vou contar para meus pais? Meus irmãos vão pirar com toda certeza.

- Mary!

Paro lhe encarando.

- Você não vai passar por essa barra sozinha, estarei sempre aqui amiga.

Mikaela sorri para mim e não sei o que dizer, lhe abraço forte agradecendo seu apoio em vez de um julgamento.

Talvez esse bebê venha na hora certa!

O dia se passa e vamos para minha casa, estou deitada encarando e acariciando minha barriga que ainda não cresceu. Mika deita ao meu lado rindo.

- Pensa nas imensas fraldas que vai trocar amiga!

- Você vai me ajudar, acha que vou deixar você escapar dessa?

- Não meto mão na bosta de ninguém!

- Mais na bosta de seu sobrinho ou sobrinha você vai garota.

Rimos imaginando, começamos a planejar um futuro há frente com esse bebê onde vamos lhe ensinar a andar, falar e mostrar o lado bom da vida. Mika faz planos para ensinar o bebê há tocar algum instrumento musical com cinco anos, idade que os prodígios começam, diz ela.

As horas passaram e pego no sono.

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora