Vinte e Um: Ciúmes

4.2K 459 11
                                    

Fazia alguns dias que Henrique havia me pedido em casamento literalmente e não consegui lhe responder naquele dia. Conversava com minha mãe no quintal antes de irmos pra consulta.

- Você gosta dele?

- Acho que sim, Henrique me faz bem!

- Ele me parece um ótimo rapaz, te ajuda e está sempre contigo. Não vejo porque não lhe dar uma chance filha.

- Não sei se estou pronta para um relacionamento tão sério como esse de casar.

- Mary, quero que seja franca comigo.

Minha mãe me faz parar de dobrar as roupas e lhe encarar.

- Você ainda sente algo pelo Erick?

Era difícil dizer porque seu noivado está indo de vento em poupa, aquele beijo não sai da minha cabeça e pude sentir aquele sentimento que estava trancado há certo tempo.

- Tudo aconteceu tão rápido mãe que não sei dizer.

Deixo ela ali indo beber alguma coisa antes de sair. Erick veio nos buscar, assim que chegamos ao escritório encontram os com Henrique lá.

- Henrique, o quê faz aqui?

- Achei que lhe faria bem estar presente hoje. - ele sorri de lado e encaro Erick de lado notando que o mesmo não gostou de ouvir isso.

- Obrigada, mais não tem necessidade.

- Que isso, eu insisto.

Minha mãe fica na sala de espera enquanto entro com os dois, cada um fica de um lado da cama enquanto a médica faz o ultrassom.

- As coisas vão bem, pelo visto será um parto normal.

- Fico feliz em ouvir isso doutora.

O coração de meu pequeno me faz querer chorar toda vez, olho para Erick e seguro sua mão.

- Já escolheram um nome?

- Não, há gente vai discutir isso depois.

Me troco enquanto saímos Henrique abre a boca pra falar do pedido de casamento perto de Erick.

- Espero minha resposta logo Mary, sabe que posso fazer você e o bebê felizes.

Soltado a bomba ele bate em retirada. Erick não demora para abrir a boca furioso pelo tom da sua voz.

- Casamento? Isso é sério?

- Eu ainda não disse nada.

- Esta cogitando em casar com aquele cara?

Qual o problema dele?

- Erick, você vai se casar daqui um ano, não posso passar o resto da vida sozinha. Preciso de alguém que cuide de mim também.

Ando pelo corredor até encontrar com minha mãe, Erick não diz nada e vamos embora em seu carro.

(....)

ALGUNS MESES MAIS TARDE...

Os dias voaram e os meses passaram como um furacão. Falta pouco para eu finalmente ver o rosto de meu pequeno principe, resolvi dar uma chance para Henrique e ficamos noivos.

Erick não gostou nem um pouco disso e não me importo, ele logo vai estar casado enquanto eu crio nosso filho sozinha mais nem em sonho.

Tirei licença do trabalho já que podia entrar em trabalho de parto há qualquer instante, meus pais insistiram que ficasse com eles até meu filho nascer e não neguei há ajuda.

- Oi amor!

- Boa noite.

Henrique entra no quarto com meu remédio depois um copo de suco, tomo tudo em seguida ele se junta ao meu lado.

- Como se sente Mary?

- Vou ficar bem não tem com o que se preocupar.

Ficamos abraçamos na cama por um tempo, ele me ajuda há descer as escadas com cuidado até que a campainha toca. Quando Henrique atende a porta escuto há voz de Erick.

- Posso ajudar?

- Vim ver meu filho.

Erick entra e os dois se fuzilam.

- Logo o verá, por hora vá embora.

- Henrique tudo bem!

- Você nem casou com ela e já está assim?

- Erick?

- Olha aqui sargento, você pode ter um filho com ela mais sou eu quem vou dormir com ela toda noite e cuidar dela como ela merece.

Então eles começam a discutir e aquilo vai me incomodando demais, fico entre os dois para que parem.

- Você é um babaca!

- Não desça o nível seu idiota.

Em seguida sinto algo molhado entre minhas pernas e um dor horrível, então grito anunciando que meu filho está para vir ao mundo.

Eles param de brigar e me socorrem. Erick fica comigo no banco de trás enquanto Henrique dirigi há todo vapor até a maternidade.

Peço para avisarem todos incluindo minha médica que fará o parto do bebê.

- AH!

- Mary tente respirar e inspirar.

- NÃO ME MANDE RESPIRAR, DROGA.

Não demora muito para chegarmos na maternidade, estava deitada na maca sendo levada para sala de parto quando a médica perguntou quem era o pai. Henrique logo se manifestou mais o cortei firme apesar da dor.

- Erick, o sargento e o pai. Quero que ele entre!

As palavras saem enquanto estou gemendo, ao passarmos pela porta Erick vai se trocar. Eles me ajudam há me trocar também, me colocam numa boa posição para meu bebê nascer já que o parto normal seria.

- Erick! AH!

- Estou aqui, estou aqui Mary.

Ele aparece ao lado da cama segura minha mão e aquele processo era doloroso mais ele estava lá comigo, de alguma forma me fazia bem.

- Qual o nome do bebê?

Erick e eu conversamos muito sobre isso, decidimos que será Enzo Marshall Stoncold. Sorrio para ele apesar do suor e da dor horrível.

- Mary?

- Enzo, ele se chama Enzo!

- Belo nome, tenho certeza que ele vai nascer com essa beleza de vocês.

- Obrigada! - Erick agradece segurando minha mão.

- AH COMO ISSO DÓI!

- Vamos mamãe respire e empurre.

Faço força com todo incentivo de Erick e da médica mais era tão difícil e doloroso. O olhar dele sobre mim era de força.

- Erick!

- Fala.

- Eu...eu sinto muito!

- Mary, esse não é o momento.

Eu sentia que precisava dizer para ele agora ou nunca.

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora