Dezenove: Minha decisão

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Os dias foram passando rápido desde minha briga pelo bebê. Decidi que o melhor era começar há tomar as redias da minha vida de uma vez por todas.

Sai do colégio e fui para casa, aproveitando que meus pais estavam e os chamei para conversar.

- Tudo bem querida?

- Eu queria falar algo para vocês algum tempo, como sabem eu havia mandado meu currículo para alguns lugares na esperança de um trabalho.

- Ah que coisa boa filha!

- Fui contratada para trabalhar numa floricultura, como há estou perto da maioridade e em breve vou pra faculdade decidi que era hora de ter experiências profissionais.

Minha mãe segura o choro, vejo seu orgulho.

- Venho conversando com Jared também nesse meio tempo, como o casamento vai ser em dois meses eles já compraram uma casa nova para criar sua própria família um pouco afastado mais bem aconchegante.

Respiro fundo para continuar.

- Então sua idéia principal era vender o apartamento, negociei com ele e o mesmo vai alugar.

- Que bom, ele vai lucrar bem com isso.

Sorrio sentado-me no meio deles, seguro suas mãos para contar então minha surpresa.

- Ele vai alugar o apartamento para mim.

- O quê?

- Mary Stoncold, o quê está dizendo?

- Daqui dois meses estou me mudando para minha própria casa, onde vou criar meu bebê. Sabíamos que isso um dia aconteceria!

- Mais e os estudos? Você não consegue cuidar de um bebê e de si mesma, ou de uma casa sozinha. Como vai pagar as contas, o aluguel, os remédios e coisas pro bebê?

Confesso que estou surpresa com tais palavras da minha mãe, pelo visto todos acham que não consigo fazer porra nenhum, mais eles vão engolir essas palavras. Levanto furiosa e decidida.

- Eu já me decidi, vocês me apoiem ou não está feito.

Subo para meu quarto pra tomar um banho, era minha decisão não deles.

(......)

Estou num jantar agradável com Henrique, conto para ele sobre minha mudança futura e do meu novo emprego.

- Você me surpreende!

- Como assim?

- Com tão pouca idade, mais um jeito de mulher adulta. Pelo visto ser mãe cedo tem lá suas vantagens!

- Preciso confessar que estou apavorada em sair de casa tão cedo, ter de cuidar de alguém além de mim mesma não vai ser tarefa fácil...

- Mas você aceitou o desafio e vai se dar muito bem!

Seguro sua mão sobre a mesa agradecida pelo seu apoio. Andamos um pouco depois do restaurante, ele me deixa em casa ao entrar encontro Oliver na sala e pela cara papai contou há nova.

- O quê você tem na cabeça? O que Jared tem?

- Vocês me amam, eu sei. Mais estou fazendo pelo bem do meu bebê!

- Indo embora? Acha que consegue cuidar de si mesma e dessa criança?

Perco a cabeça!

- Acha que eu não consigo? Qual é a de vocês? Pareço tão irresponsável e infantil que posso colocar a vida dessa criança em risco?

- Mary, eu não...

- Não quis dizer o que disse? Façam um favor para si mesmo, me deixem em paz e tentem ao menos confiar em mim uma única vez.

Subo para o quarto onde me tranco, troco de roupa para me deitar. Acaricio minha barriga falando com meu bebê que nem tem noção do que está acontecendo.

- Vamos ficar bem meu amor, você confia na sua mãe não é mesmo?

DOIS MESES MAIS TARDE...

O grande dia havia chegado, meu irmão estava se casando e a minha formatura estava perto. Ver e estar presente nesse grande momento estava sendo emocionante para toda há família.

Era há festa antes deles partirem para sua lua de mel, eu podia sentir meu bebê e logo, logo saberia o sexo. Confesso que não sei qual gostaria de ter, se for menino ou menina serão amados e pra mim já basta.

Estou pegando um pedaço de bolo quando vejo Erick e a sua noiva passeando pelo salão cumprimentando todos sorridentes, que belo e nojento casal.

Sinto meu bebê se mexer e sorrio porque pensa o mesmo.

- Você está deslumbrante!

- Obrigada.

Henrique me convida para dançar e não rejeito, dançamos e por um instante esqueci de tudo. Ao término ele me acompanhou até a mesa onde meus pais estavam sentados, mamãe logo fechou há cara.

Minha mudança estava quase concluída, ela não ajudou em nada apenas não falou mais comigo.

- Podemos conversar mãe?

- Querida, ficar sem falar com sua filha não é a melhor decisão. - papai lhe avisa e ela cede.

- Por quê está fazendo isso Mary?

- Ser adotada nunca foi fácil pra mim, desde que descobri sobre a gravidez confesso que no início estava apavorada e pensava que não conseguiria.

Seguro sua mão sorrindo.

- Mais venho sentindo coisas tão boas com esse bebê, que achei ser há hora de cuidar de mim mesma. Mãe, sei que não vai ser fácil e poderei contar com vocês mais um dia com ou sem esse bebê eu teria de crescer. Antes cedo do que nunca.

Ela chora me puxando para um abraço apertado, retribuo na mesma intensidade. Feito as pazes vou dançar um pouco com meu pai, depois com meu irmão.

- Estou feliz que esteja aqui!

- Por quê não estaria? E o casamento do meu irmão.

- Com tudo que anda acontecendo com Erick e você, seria compreensível se não quisesse vir.

O olhar de Jared era de preocupado.

- Eu entendo maninho, sei que você dos três e o mais compreensível nessas situações.

- Eu te amo e tenho certeza que você vai ser uma ótima mãe!

Seguro o choro me abraçando nele carinhosa. Depois de todos os discursos era minha vez de finalizar.

- Obrigada pela atenção, todos aqui estão felizes por esse casal apaixonado finalmente estarem juntos legalmente diante de Deus.

Alguns sorrio e olho para meu irmão e a minha cunhada.

- Quero dizer para vocês que os amo demais, desejo toda felicidade do mundo e espero ter um sobrinho logo.

Uma pausa antes de fazer o último brinde da noite.

- Há todo o amor e felicidade para vocês, um brinde.

Brindamos e todos sorrimos felizes pelo jovem casal apaixonado.

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora