Sete: Família - Parte 2

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Vomitei naquele estado e algo dentro de mim estava me alertando que isso não era nenhum pouco normal. Depois de Paola me permitir me limpar saímos até um carro, estou com as mãos na frente do corpo algemadas.

Durante o caminho ficava encarando meus pés até ela me chamar.

- Sabe, vai ser um prazer acabar pessoalmente com você!

- Eu não contaria com isso.

Então sem pensa e por um impulso absurdo, dou uma cabeçada nela depois avanço na direção do motorista com as mãos algemadas aperto seu pescoço e o mesmo perde o controle do carro o que gera uma derrapada e o carro capotando na pista.

Tudo passa em câmera lenta, meu corpo girando enquanto grito o rosto de Erick em minha cabeça e aquela noite que ficamos juntos, há noite em que ele me fez mulher.

- AH!

*Lembranças*

Quando minha mãe se senta ao meu lado, seu olhar logo pousa sobre a caixa.

- Ele apareceu na TV, de novo.

- Enquanto não for pego, vai continuar surgindo filha, eu sei que o ver te afeta ainda!

- Como posso ser filha dele? Um bandido, como mãe?

Não escondo a voz embargada, abraço minha mãe com força querendo esquecer de onde vim.

Sempre que vejo o noticiário e sua foto surge, tudo dentro de mim fica sem foco e um medo que desconheço toma conta de mim.

(...........)

- Ficou maluco?

Erick faz sinal para que faça silêncio e não entendo, me sento o encarando entrar e fechar a porta.

Ele caminha na minha direção, me faz deitar novamente com ele sobre mim agora. Não consigo o parar, nem conter as sensações que está me causando.

Algo ferve no pé da minha barriga e no meio das minhas pernas.

- O quê está fazendo? - as palavras saem como um sussurro.

- Apenas não se mexa.

Engulo seco quando uma de suas mãos descem pela lateral do meu corpo, sobe meu vestido devagar e depois...

- Ah!

Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás. Seu dedo estava dentro de mim, maldita hora que tirei a calcinha.

- Ah!

Eu gemia abafado, não conseguia conter como aquilo era bom. Erick apenas me olhava como se estive gravando aquilo com seus olhos, sua mão faz sua mágica e meu corpo reage.

- Você tem um gosto bom. - ele lambe o dedo e depois me beija.

(............)

Estou nos fundos do colégio quando a visto o carro do sargento se aproximar, quando ele desce e vem na minha direção eu simplesmente o abraço e choro.

- Hey!

Sua mão afaga meu cabelo e depois seus braços me envolvem num abraço apertado.

(...........)

Apesar dos ocorridos, não sentia perigo, o que era estranho.

- Onde você pensa que foi? - Oliver pergunta assim que passo pela porta toda suada.

- Fui correr pra esclarecer a mente, todos acordaram?

Me jogo no sofá e o mesmo me acompanha.

- Sabe dos riscos que correu sozinha lá fora Mary?

Estava claro que Oliver está grilado e preocupado, me aconchego nele ignorando estar suada.

- Estou bem, estou aqui.

- Tudo bem pequena?

Eu queria conversa com ele, abrir o jogo, ser clara e colocar as cartas na mesa. Mais era até difícil falar com minha melhor amiga, imagina com meu irmão.

- Vou ficar bem, agora me abraça que preciso de amor.

Brinco o fazendo rir.

(............)

Ele não diz nada, seu olhar desvia para os lados. Estou exausta de ficar pensando e tentando descobrir ou entender esse homem. Não essa noite, não agora.

Avanço sobre ele enlaçando emus braços ao redor de seu ombro, minha boca na sua num beijo quente e desesperado.

- O quê está fazendo?

- Quebrando as regras.

Erick torna a me beija e seguimos assim, o clima esquentando e logo me vejo dentro do seu carro na esquina de casa. Mãos rolando à solta, as sensações boas presente.

- Não consigo! - admito parando tudo.

- Foi um erro Mary.

Lá vem a muralha!

*Lembranças Off*

As lágrimas escorrem pelo meu rosto, ele fez parte da minha vida como minha família todo meu medo, minha insegurança foram amenizando porque todos estavam sempre comigo não importasse o que tinha acontecido.

Família é Tudo!

Preciso manter meu coração batendo por eles, minha verdadeira família e apesar de não lembrar de seu rosto e de quem ela era há mulher do meu sonho era o mais próximo da real.

Ela não apareceu por acidente e fico feliz em saber que ela zela por mim, onde quer que esteja.

(....)

Não sei quanto havia de passado, estava com os braços doloridos por estarem erguidos dessa forma e quanto mais me mexia mais as malditas correntes feriam meus pulsos.

A porta range ao ser aberta, Paola entra com dois caras que tratam de me soltar mais ainda estou impossibilitada de me mover devido a dor repentina ao abaixar os braços.

- Chegou à hora pirralha!

CONTINUA....

O Sargento Tatuado -- LIVRO DOIS (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora