Elegia da Beleza

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Ah! Malditos sejam!

Estes tiranos da beleza

Mercadores do monopólio do belo!

Vos odeio! Digo com clareza

Por eles não guardo alheio esmero!

Que morram! - Eu espero

Apodreçam no sepulcro de Narciso

Como? Como podem ser amados

Somente por sua beleza, somente por isso!?

Ah! Vos odeio! Aqueles que alienam o cantar!

Assassinos! Merecem o meu julgar!

Homicidas da nobreza da alma!

À você, que branda a beleza

Como? Como ousa ser tão belo?

Tirano, Ditador! incento de qualquer pureza

São! Da existência o próprio desmazelo!

Merecem. Sim! Merecem a morte

Fazendo-os valer maldita sorte

Demônios da tirana beleza torpe

Destruidores da alheia estima

Cirurgiões da felicidade, estigma

do feio foi a cirurgia cardiovascular

Que os tiranos neles fizeram!

Eram todos belos, eram!

E hoje não merecem alheio amar!

A beleza em qualquer coisa

É infinda maldição estética!

Ah! Pávida! Beleza quimérica

Sereias e tritões, armadilhas d'alma

Psicopátas, homicidas da calma

É isso. Sim, é isso o que são!

O Deus do belo implora,

Mas não, não merece

Não merece humano perdão!

Poesia: Para Quem Sabe SofrerOnde histórias criam vida. Descubra agora